Capítulo 23

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...Eu te amo, Vi.—Selei nossos lábios num selinho delicado.

—Não faz isso comigo Ana.—Vitória sussurrou, mas não ousou afastar seu rosto do meu.

—Isso aqui?—Aprofundei nosso beijo. E eu juro que nunca havia sentido aquilo, por ninguém.—Ou isso aqui?—Passei minha língua delicadamente até seu pescoço, e senti que ela se arrepiou por inteira.

—Na verdade eu acho que você deveria sim continuar—Vitória disse me puxando pra perto, cada vez mais.

Eu achei que ia ser aquele O MOMENTO, mas tudo foi por água a baixo quando alguém bateu na porta do quarto. Era meu pai com uma sacolada de pastel. Fiquei muito puta, mas só de ver a alegria dele de estar fazendo algo por nós, a raiva passou na hora. 

—Achei que as minhas meninas estavam com fome, aí trouxe uma das coisas que vocês mais gostam.—Meu pai disse enquanto puxava a mesinha do canto pro meio do quarto.

—Obrigada, pai. Não precisava.—Realmente não precisava atrapalhar o momento.

—E o que vocês estavam aprontando?

—Ahh—Dei um sorriso meio sem graça pra Vitória—nada demais, pai—espero que ele não tenha percebido minha cara de tacho.

Passadas 2 horas, meu pai resolve ir pro quarto dele, finalmente. Não que eu esperasse muita coisa nesse momento com Vitória, mas a esperança é a última que morre.

—Quer ir tomar um banho comigo?—perguntei na intenção que vocês bem sabem.

—Na verdade, eu acho que vou ficar aqui mesmo. Mas pode ir lá—deu um sorrisinho meio forçado.

Será que eu fiz alguma coisa de errado?

—Tudo bem.—espero que ela tenha sentido minha decepção.

Passei o banho todo me perguntando o que teria acontecido pra que ela do nada, não quisesse mais nada. Fiquei o tempo todo pensando em como perguntar o que fiz de errado, mas assim que sai da porta do banheiro, vi Vitória desmaiada na cama. Droga.

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

10:30 am

Oi—Vitória sussurrou assim que eu abri os olhos, talvez eu tenho achado meio estranho alguém me observando dormindo, mas tudo bem.

—Menina, que susto. Tu tá me olhando faz tempo?

—Não, acordei agora pouquinho.

Me espreguicei já pensando em descer logo pra tomar o café do hotel, vulgo o melhor que tem.

—Se a gente correr da tempo de pegar um pedaço de bolo—falei ja amarrando meu cabelo num coque.

—Tu não perdoa nada, né Naclara?

—Óbvio que não, Vitória. Vamo menina, levanta logo.—Falei indo pro banheiro pelo menos lavar meu rosto.

5 minutos depois já estávamos no elevador.

—E quer falar sobre o fora que tu me deu ontem? Ou vamos fingir que não aconteceu?

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