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Margot Baasch precisara da confirmação de seis diferentes testes de farmácia e de dois testes de sangue, feitos em laboratórios diferentes, para acreditar que estava mesmo grávida de quase três meses. Achava que estava com uma doença gravíssima pela quantidade de vezes que vomitara nas últimas semanas, entretanto, não movera um único músculo para descobrir o que podia vir a ser, até Steffi a obrigar a fazer os infelizes testes.

Como podia ela carregar uma vida dentro de si?

— Você tem um namorado e não me contou? — Appel perguntou claramente magoada, enquanto esperavam a quantidade de minutos indicada em um site qualquer da internet. — Achei que fossemos amigas!

— Eu não tenho um namorado, Steffi! — A loira respondeu entredentes, com as mãos sobre a testa aflita. — Eu não estou grávida! É impossível!

— Bem, a Virgem Maria você não é. — A ruiva deu ombros despretensiosa quando a outra a encarou mortalmente. — Qual é?! Você deve ter alguém. É jovem, bonita, bem sucedida, vai dizer que ninguém quer você?

— Você — Antes que pudesse soltar seus insultos em cima da colega de trabalho, ouvira o alarme do celular apitar. Era a hora de descobrir seu destino.

— Como eu disse: você não é a Virgem Maria. Parabéns, mamãe! — A aspirante a modelo sorriu largo, ignorando a expressão de terror da agora futura mamãe. — Margot, se acalma, não é o fim do mundo. Você tem opções.

— Como você pode me pedir calma? — Ela gritou sussurrado, não precisava que o escritório inteiro soubesse daquilo. — Eu.estou.grávida! Grávida! Sabe o que é isso? Tem uma criança aqui dentro! — Apontou raivosa para sua barriga.

— Ainda não é uma criança. — Steffi murmúrou. — Tudo bem! Olha, você tem um emprego estável, é super responsável, vai ser uma mãe incrível. Você sabe quem é o pai?

Porra! — Gruniu se escorando na porta e deixando a gravidade a puxar para baixo, colocando a cabeça no meio dos joelhos. — Eu preciso de um minuto. Estou sem ar.

— Se acalma! Respira comigo. — Appel ajoelhou–se em sua frente, mostrando–a como fazer. — Estou aqui com você, vai ficar tudo bem. — Afagou os cabelos da loira quando ela começou a soluçar.

— Eu preciso que você me faça um favor. — Baasch a olhou com temor, sabia que a jovem ficaria embasbacada. — Precisa que consigo uma coisa com aquele seu amigo fotógrafo.

— Jannis? — Perguntou confusa, a vendo assentir. — Você – você ficou com o Jannis?

— O que? Claro que não! — Lançou–lhe um olhar desmasiadamente indignado, antes de olhar para a pia a sua frente envergonhada. — Foi com o irmão dele. — Falou tão baixo que a outra quase achara ter imaginado.

Que? O Julian? Julian Brandt? O jogador de futebol, Julian Brandt? O camisa 19 do Borussia Dortmund? — Choque, era muito pouco para descrever como se sentia naquele momento. Appel, estava espantada, passada, pasma. — Não acredito que você vai ter um filho com Julian Brandt!

— Quantas vezes você precisa dizer Julian Brandt? — A confrontou.

— Foi por isso que vocês dois sumiram no meu aniversário! — Se antes desconfiava de que os dois haviam fugido juntos, agora Steffi tinha total certeza e a grande confirmação chegaria em apenas alguns meses. — É claro! Tudo faz sentido! Sua safadinha!

— Steffi! — A advertiu. — O que eu faço, Steffi? Eu não posso ter um filho com ele, eu nem o conheço. Como você diz uma coisa dessas a alguém que viu uma vez na vida?

SERENDIPITY | JULIAN BRANDT Where stories live. Discover now