Mustang Vermelho

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O trânsito na Ponte Niterói estava fluindo como qualquer outro sábado, Duda olhou pelo retrovisor depois de aumentar o volume do rádio e viu um Mustang GT vermelho ultrapassar os veículos em alta velocidade. Seu coração bateu violentamente no peito ao mesmo tempo em que calafrios de medo percorriam pelo seu corpo. Ela sabia que existiam poucos carros como aquele no Rio de Janeiro. Ela repetiu mentalmente: Não é o carro dele! 

Não é ele!

Duda acionou a seta para a direita dando passagem ao Mustang que se aproximava em sua traseira. Ela não se atreveu a olhar para dentro do automóvel que passou em alta velocidade enquanto os outros carros buzinaram em desaprovação. Duda reduziu a velocidade tentando respirar. 

Graças a Deus o carro sumiu na ponte, não era ele! 

Suas mãos escorregavam no volante. Duda mal sentia os pedais. Respirou mais uma vez repetindo mentalmente: Calma garota, não é ele... Você tem uma medida protetiva, esqueceu?!

Duda voltou para a pista do meio agora mais tranquila e deu uma olhadela para o rio Niterói para se acalmar, ele estava cor de rosa pelo efeito dos últimos raios de sol daquela tarde de verão. Mudou a estação do rádio e tentou seguir o caminho de casa. Em poucos minutos, saiu da ponte e entrou para o bairro de sua casa seguindo por uma avenida que levava ao seu condomínio. Foi então, que Duda ouviu o barulho de um motor ranger na sua traseira – era o Mustang vermelho.

Era Cayo Arvellos!

Duda não conseguiu acelerar. Pânico. Medo. Terror. A estrada a sua frente se tornado turva. Um baque! O Mustang bateu em sua lateral a jogando para fora da estrada.

Com a batida seu corpo golpeou violentamente contra o airbag que foi acionado. Duda sentiu o sangue invadir a boca. O carro colidiu no tronco de uma árvore, os vidros da janela estilhaçaram em cima dela. Depois de alguns minutos, Duda recompôs a consciência e olhou desesperada para fora. Uma fumaça preta saia pelo capô e havia sangue por toda parte. Cayo já estava em frente ao veículo dela, com um revolver em riste. Corra Duda, Corra!

Ela fez um esforço enorme para sair. Impossível, é claro. Estava presa.

Naquele estante, Duda não conseguiu ver o rosto do ex-namorado, nem o desejo de matar que explanava de seus olhos mas sabia que era o dia do seu fim.

Um grito de socorro.

Três tiros.

Uma garota morta na floresta.

Fim. 


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