Part XIV

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Ha, o amor...,

quanto tempo não o vejo,

lembro-me de uma época que ele existiu,

que os casais se respeitavam,

se doavam,

se tinham em cumplicidade.

Lembro-me, que os amiguinhos sabiam o valor de um abraço,

de um perdão,

de repartir o pão

de estender as mãos uns aos outros,

Lembro-me que os mais velhos não forçava a educação para os mais novos,

esses aprendiam o verdadeiro respeito nas ações praticadas por aqueles que eles deveriam honrar.

Lembro-me de um tempo, em que as pesquisas para sanar males e curar doenças, eram muito mais importantes do que a descoberta de novas armas nucleares.

Hoje tudo o que resta de nosso mundo e da nossa humanidade, é receio e medo...

mas não é medo de os ver,

ou enfrenta-los,

é um temor pelos caminhos que eles tem seguido,

são caminhos tortuosos,

caminhos sem volta,

caminhos de morte.

Pregam um amor que não existe,

amor que enoja,

amor sem fundamentos,

amor fingido,

amor que tira a paz,

amor que tira a vida e não te deixa viver.

Temo a raça humana,

mas não é um temor físico,

é receio de ver a falta de respeito estampado na cara de cada um que te bate nas costas e te chama de amigo,

ver que as crianças já não aprendem mais a arte de brincar,

mas de fazer guerra.

Temo no fundo, o nosso mundo, olhar pra ele daqui alguns anos, e não ver mais uma humanidade.

Olhar em cada canto e não ver mais seres humanos,

que de tão imbecis e irracionais, mataram-se!

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