Calor

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Estava quase amanhecendo quando Marco e Ace saíram da sede, a noite havia sido longa e perigosa, principalmente para o moreno de sardas que havia sido drogado durante a festa.
Marco olhava a todo instante para o moreno tentando notar qualquer mínima alteração no outro, depois do que Trafalgar dissera se sentia em total alerta para qualquer movimento de Ace.
-Ei, o que foi? Tem algo errado comigo? - perguntou Ace notando o olhar incessante do amigo.
-Não, nada, só estou de olho em você caso algo aconteça.
-Você é preocupado demais, eu estou bem, está vendo? - disse o moreno andando de costas olhando para o loiro - nenhum arranhão, nada fora do normal.
-Se sentir qualquer coisa me avise, Ace.
-Tá bem, pode parar de agir como se fosse meu vô?
-Eu não estou agindo como se fosse seu vô.
-Está sim, daqui a pouco vou ter que te chamar de velhote.
-Você está muito engraçadinho hoje.
-Obrigado, velhote - disse Ace em um tom sarcástico rindo alto logo em seguida.
-Se eu fosse você começaria a correr, te dou 10 segundos - avisou Marco levantando os dedos das mãos e começando a abaixá-los lentamente.
Ace riu e começou a correr ouvindo o amigo fazer a contagem regressiva, o moreno olhou para trás quando ouviu o loiro dizer o número 10 e o viu se aproximar rapidamente. Ace riu mais ainda e aumentou a velocidade, Marco quase o alcançava em velocidade. O moreno virou a esquerda rapidamente e pulou um pequeno muro sendo seguido por Marco. Os dois atravessaram o enorme jardim e depois subiram o outro muro.
Ace olhou para trás e mostrou a língua, sentia seus pulmões queimarem pelo exercício, mas não poderia perder para Marco de forma alguma, então voltou a correr, o que ele não esperava era que ele tropeçaria em seus próprios pés e cairia com tudo na calçada torcendo o tornozelo.
-Ace, você tá bem? - perguntou Marco preocupado se abaixando ao lado do amigo.
-Estou, só torci o tornozelo.
-Vem, sobe nas minhas costas, vou te levar pra casa - Ace obedeceu o amigo e se agarrou no pescoço do maior que o ergueu rapidamente.
Logo os dois estavam em frente a casa do moreno e entravam tranquilamente. Marco levou o moreno até o banheiro e o sentou na tampa da privada.
-Acha que consegue tomar banho sozinho?
-Eu torci o tornozelo, não fiquei incompetente.
-Não demore, também quero tomar banho antes de dormir.
Marco saiu e deixou Ace tomar seu banho rápido. Assim que o moreno saiu o loiro entrou e tomou uma ducha.
Depois de alguns minutos os dois estavam deitados na cama do moreno trocando amenidades sobre o que acontecera nos últimos tempos.
-Ace, quero te perguntar algo sério.
-O que?
-Você não acha que o Trafalgar está escondendo algo da gente?
-Como assim, Marco?
-Sei lá, tenho essa impressão de que ele sabe mais do que realmente diz.
-Não sei, acho que ele é um cara bem na dele, talvez seja difícil se abrir pra gente.
-Mas estamos juntos há meses e eu sinto que ele tem algum segredo que não quer nos contar.
-Bom, também temos o nosso segredo - comentou o moreno se jogando sobre o corpo do loiro e dando um rápido selinho.
-isso é diferente - disse o loiro abraçando o moreno.
-Diferente como? Continua sendo um segredo.
-Bem, você tem um bom argumento, não posso refutá-lo, me lembre amanhã que talvez eu tenha um contra-argumento.
-Bobo - Ace riu e deitou sua cabeça no peito do loiro - deveríamos contar para eles?
-Você quer?
-Não sei... Fico me perguntando se eles reagiriam bem...
-Luffy e Trafalgar sim... Zoro, Sanji e Mihawk eu tenho minhas dúvidas.
-Até agora pouco estava duvidando do Trafalgar, o que te faz ter certeza que ele aceitaria numa boa?
-Hoje ele insinuou que sabia da gente, não exatamente da gente, mas do que eu sinto por você.
-Hm, entendi, e o que exatamente você sente por mim, Marco? - perguntou o moreno enfiando a mão por debaixo da blusa do loiro arranhando suavemente a região da barriga.
-Ace, não começa com suas provocações - avisou o loiro mordendo o lábio inferior e encarando o moreno - você sabe muito bem o que eu sinto por você.
-Sei? Acho que não me lembro - Ace subiu com a boca para o pescoço do loiro e deu leves beijos e mordidas - acho que você poderia reavivar minha memória.
-Você é muito cretino, Ace - Marco segurou a cintura do moreno e o jogou para o lado ficando por cima do de sardas - se você me pedir com jeitinho eu posso gritar pro mundo inteiro ouvir o que eu sinto.
-Quero ouvir você gritar pro mundo inteiro, Marco, por favor - pediu o moreno fazendo um falso biquinho.
-Eu te amo, Ace - sussurrou o loiro no ouvido do moreno o fazendo arrepiar.
-Você não gritou pro mundo inteiro, tonto.
-Você é o meu mundo, Ace, sempre foi e sempre será.
-Como você consegue fazer isso comigo, Marco?
-Isso o que?
-Isso - Ace pegou a mão do loiro e colocou sobre seu peito para que ele pudesse sentir suas batidas rápidas e descontroladas - me deixar cada vez mais apaixonado por suas baboseiras melosas.
-Da mesma forma que você consegue fazer isso comigo - Marco repetiu a ação de Ace colocando a mão do moreno para sentir as batidas desenfreadas de seu coração.
-Marco... Eu quero você - pediu o moreno encaixando seus dedos na nuca do loiro o puxando para um beijo sensual e lento.

Amargo segredoOnde histórias criam vida. Descubra agora