capitulo 17

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Gênesis 2:18-24.

Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea

Samuel..

Pensei que seria um jantar tranquilo, fechando mais um dos milhares de contratos da empresa Valle, contudo obviamente estava equivocado, porque toda essa teoria caiu por água abaixo quando Alex permitiu que Marina fizesse sua participação especial nisso, e meu auto controle foi enterrado no fundo do meu inconsciente no exato momento que aquele cara começou suas insinuações e provocações a respeito dela.

__Anda você vai responder minha pergunta? Vai se retratar com ela? - Digo entre dentes enquanto Alex e meu pai tenta me afastar da vitima sem sucesso.

__ Samuel não vá fazer nenhuma besteira filho. - Meu pai alertou. Acredite se realmente não estivesse raciocinando direito, esse homem já estaria desmaiado de tanta pancada, uma das coisas sobre meu passado é o fato de ter participado de várias competições principalmente lutas clandestinas, precisava canalizar meu ódio e frustação em algum lugar afinal. Como alguns já soube; meu passado não foi um conto de fadas, sempre fui uma criança diferente das demais, era travessa e um pouco agressiva, quando as coisas normalmente não saiam do meu jeito quebrava tudo ao meu redor, meus país não sabiam como lidar comigo, e na realidade nem eu, porque sofria de um transtorno, onde minhas emoções eram amplificadas e perdia o controle de agir racionalmente. Quando digo que Marina é a culpada por eu ir embora; foi porque o pivô da briga mais feia com meu irmão foi ela. lembro de Alex vir defende-la pela centésima vez, porque graças a mim ela precisou cortar o cabelo. Saímos no soco e naquele momento eu não sabia, mas já era um garoto perturbado mesmo estando na igreja, lembro-me de ver um pedaço de tronco no chão com um prego pontudo e acertar sua testa. Assim como a mim ele tem uma cicatriz, só que diferente da que a Marina fez comigo, Alex quase morreu. Lembro-me do medo que senti ao ver o sangue escorrendo pelo seu rosto, naquele momento acreditei ter matado meu irmão caçula.
Foi então que meu pai me mandou ir morar com meus tios, e foi ai que começou meu inferno pessoal. Enfim, não é o momento de relembrar qualquer momento patético e doloroso da minha vida passada.

___Como quiser Senhor muller. Me desculpe se fui inconveniente. Não sabia que a garota era tão importante para o Senhor, vou me retratar imediatamente. - Respondeu com dificuldade para respirar e o solto subitamente.

___Faça isso. - Respondi indiferente e me retirei indo para dentro da casa. Subi as escadas e fui direto para o banheiro jogar uma água no rosto. Era a primeira vez que alguém me tirou do sério a ponto de pensar em partir para agressão, talvez seja porque esteja farto das injustiças desse mundo, ou simplesmente porque Marina está mexendo comigo afinal. Me olhei no espelho encarando meu reflexo.

__ Bravo, Bravo! - Bate palmas surgindo atrás de mim.

__O que foi agora Fernanda? Pergunto sem rodeios puxando a toalha ao seu lado e secando meu rosto.

__Samuel, pode me explicar o que foi aquilo? Como pode agredir aquele senhor por causa de uma simples empregada. - Respiro profundamente.

__ Marina não é uma simples empregada. É como se fosse da família.

__Faça mil favor! Talvez quando ela se casar com seu irmão, se é que ele vá se rebaixar a esse nível. Porque convenhamos Marina é uma pobretona, vocês são de mundos completamente diferentes. Riu irônica.

__ Você veio falar isso para mim ou realmente está preocupada com o relacionamento do Alex? Ergo o indicador na altura do seu rosto. __Porque deixe-me dizer uma coisa Fernanda, onde a Marina vive ou o que ela tem não faz a mínima diferença para mim. - Ela piscou os olhos em choque.

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