Capitulo 25

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Marina.

Pisquei meus olhos, e voltei a olhar em direção a porta do escritório, ela se abriu e o primo do Samuel saiu  atordoado passando as mãos sobre o cabelo, passou por mim como um furacão e lançou um rápido olhar de fúria na minha direção, fazendo assim um arrepio subir pela minha espinha.
Ainda não conseguia acreditar no que ouvi, Dylan estava mesmo ameaçando Samuel de morte? eu sempre achei que eles eram como irmãos. Alex disse que Samuel foi criado pelos tios, até reclamava que Samuel era mais próximo do primo do que dele. O que mudou de lá para cá então? Por que ele o odeia tanto? Ambos pareciam duas feras prestes a se atacar, espero que Alex tenha chegado a tempo.

___Eu sabia que isso não iria acabar bem, os dois juntos no mesmo ambiente. - Uma moça baixinha comenta ao meu lado. __Dylan odeia o primo com todas as forças. - Eu Sabia que sua intenção era puxar assunto, embora esteja bem curiosa para saber a respeito deles, isso não é assunto meu.

__Seja o que for que tenha acontecido. Espero que se resolvam logo. - A olhei de relance. __Meu nome é Marina e você quem é? Sorri abertamente.

__Sandra, prazer em te conhecer. Meio difícil não saber quem você é depois da sua chegada. - dá uma risadinha. Sinto meu rosto queimar.

___Meu Deus! Dou um tapa na testa. __Me esqueci completamente, tenho que levar o café para o Senhor Samuel, depois conversamos. - Saiu correndo desesperada.

Caminho até a cozinha novamente, fiquei tão em choque com que ouvi que até deixei a xicara de café cair no chão, olho para o lenço amarelo amarrado na minha mão e um sorriso involuntário cresce em meus lábios, de qualquer jeito isso acabou voltando para mim não é mesmo? O Senhor Samuel foi tão gentil e preocupado comigo. Balanço a cabeça despistando meus pensamentos. Não Marina! foco no trabalho, lembra que você não quer confrontar seus sentimentos agora? despejei a água quente na Xicara e abri o Sache com a tesoura colocando, quantas colheres de açúcar ele deve preferir? Será que gosta de café doce ou amargo? Talvez seja um pouco doce e forte? Coloco mais ou menos como preparo para mim e mexo com a colher cantarolando.

__Agora é só tomar coragem e levar o café até seu escritório. - Faço uma voz fina,  peguei a bandeja saindo da cozinha sorridente. Vou indo devagar para não derrubar o café no chão, quando cheguri rente a porta e elevo a mão para abri-la a voz do Alex impede meu ato.

___Você não pode estar falando sério. Vai mesmo ir embora de novo? Vai dar ao Dylan exatamente o que ele quer? - Sua voz sai desapontada.

__É o mínimo que posso fazer Alex, Dylan não quer ver meu rosto, e o compreendo, imagino o que sente quando vê que o responsável pelo acidente que matou sua mulher, está vivo e intacto bem na sua frente.  - Coloco a mão na boca chocada.

__Você não saiu intacto, você quase ficou paraplégico. - Alex falou angustiado.

__E o que isso importa? Fui eu quem estava na contra mão, era para mim estar morto, não ela. - A dor era palpável no seu tom de voz.

__Samuel isso é passado, achei que já tinha se perdoado irmão.

__Eu me perdoei, mas ele não, o que me dói não é a culpa Alex, é ver o sofrimento dele. Para mim é duro seguir em frente e ver ele tão destroçado, ele estagnou, e minha presença aqui só vai piorar sua situação.

___E a Marina? Alex disse meu nome e meu coração bateu acelerado.

__O que tem ela?

__Vai desistir de lutar por ela tão fácil? Mordi os lábios com um nervosismo repentino. Sei que é errado ouvir a conversa atrás da porta, mas não consigo evitar. Ele soltou um suspiro alto.

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