Pészinhos curiosos

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Após o 4° mês de nascimento de Chanwoo, Kyungsoo decidiu que faria um bolo para comemorar esse marco na vida do filho.

Com o pequeno dormindo serenamente no carrinho de bebê, colocou a mão na massa, sorrindo bobo sempre que escutava o moreninho suspirar em meio ao sono.

Com o passar do tempo, o pequeno aprendeu a dormir em horários específicos, o que era uma glória para o Do que conseguia fazer suas tarefas sem tantas interrupções.

Optou por fazer o mínino de barulho possível, então fez todo o processo a mão mesmo, sempre observando qualquer mudança vinda do filho que estava estrategicamente colocado entre a sala e a cozinha do apartamento.

Quando colocou a fôrma dentro do forno, escutou o pequeno resmungar, indicando que estava na hora de alimentá-lo. Havia sido esperto e deixado a mamadeira pronta para quando o momento chegasse e só teve o trabalho de regular a temperatura antes de pegar Chanwoo no colo e caminhar para a sala.

O pequeno não era do tipo que tinha sono regular, mas a sua fome vinha sempre como um reloginho, extremamente pontual. Poderia estar dormindo, mas resmungaria até que um dos pais o alimentasse.

Kyungsoo não pode deixar de sorrir com as lembranças, percebendo em como havia mudado e aprendido a lidar melhor com a situação mesmo com tão pouco tempo de estrada. Sabia que ainda não era o melhor dos pais, mas fazia o melhor para deixar o filho confortável.

Chanwoo ergueu as mãozinhas para pegar a mamadeira, encarando o pai com os olhinhos brilhantes como se pedisse sua total atenção. E claramente, foi o que Kyungsoo fez.

Dedicou-se única e exclusivamente àquele momento, que era tão rotineiro, mas parecia ser especial em todas as vezes.

Após colocar o filho para arrotar e trocar a fralda, voltou-se mais uma vez para o bolo, que naquele momento já deveria estar assado. Colocou o pequeno de volta no carrinho e entregou a ele um mordedor em forma de arco. Chanwoo mal havia recebido o mimo e já começara a mordê-lo, como fazia com qualquer coisa que visse pela frente.

Era um curioso nato e isso o Do atribuía como total característica de Chanyeol.

Com toda a calma e felicidade do mundo retirou a assadeira do forno, deixou-a na pia e separou os ingredientes para a cobertura. Sabia que o filho não poderia comer nada daquilo, mas somente o simbolismo de comemorar mais um mês de sua vida já o deixava animado.

Tentou não desviar muito a atenção do pequeno, pois sabia que as coisas mais estranhas e absurdas poderiam acontecer com crianças em um piscar de olhos.

Executou todo o trabalho sob os olhos curiosos do moreninho, que vez ou outra deixava o brinquedo de lado para saber o que o mais velho estava fazendo. Kyungsoo havia terminado de colocar a última parte da cobertura sobre o bolo quando escutou o pequeno resmungar, remexendo-se no carrinho de forma impaciente.

Praticamente correu ao encontro de Chanwoo, preocupado com o fato de que ele pudesse ter se machucado, no entanto, franziu o cenho ao aproximar-se e sentir o cheiro invadir o pequeno cômodo.

- Meu Deus, criança, o que você comeu? - Resmungou enquanto torcia o nariz, perguntando-se como um ser tão pequeno poderia expelir algo tão "explosivo", como Chanyeol costumava dizer. - É, acho que não tem jeito. Papai vai precisar te dar um banho. - Falou após observar a fralda cheia, constatando que essa era a melhor opção.

Voltou a cozinha brevemente apenas para cobrir sua obra de arte, deixando toda a bagunça para ser limpa depois. Levou Chanwoo no colo até o quarto, colocando-o na cama para que pudesse separar os itens necessários. O pequeno resmungava cada vez mais alto e isso fazia o Do se apressar cada vez mais.

Colocou a banheira para encher no banheiro que ficava em frente ao quarto e voltou praticamente correndo até o filho, que quase sorriu ao se ver livre de suas roupas sujas. Optou por levar a banheira até o outro cômodo, colocando-a sobre o suporte para que ficasse mais alta.

Checou a temperatura da água umas três vezes até que tivesse certeza de que estava adequada para o banho e finalmente colocou Chanwoo dentro da água. O pequeno soltou um breve suspiro, como se apreciasse a água quentinha.

Mesmo após meses, Kyungsoo ainda tinha todo o cuidado do mundo ao banhar a criança, mesmo que a fase mais "difícil" já tivesse sido deixada para trás. Lembrava-se com frequência de como tinha medo de machucar o filho nos 2 primeiros meses, pois o achava tão frágil que não duvidava de sua capacidade em quebrar algo sem querer.

Como sempre, a saída do banho foi seguida de alguns resmungos por parte do pequeno, que parecia sentir prazer em estar na água. Cantou uma música na intenção de acalmá-lo, o que parece ter funcionado já que o mais novo parou e ficou atento ao movimento.

Kyungsoo vestiu Chanwoo com um macacão azul marinho, de tecido não muito grosso, pois o dia não estava frio, mas claramente não esqueceu de calçar os pezinhos com meias quentes e uma camisetinha clara por baixo. Penteou os cabelinhos espetados do filho e sorriu para ele quando estava tudo terminado. Organizou as coisas dentro do quarto e voltou para a cozinha com o mais novo no colo.

Deixou o pequeno no carrinho mais uma vez e levou o bolo para a pequena mesa redonda no canto da sala/cozinha. Rapidamente, lavou a louça com o máximo de silêncio possível, pois percebeu que Chanwoo cochilava tranquilamente como sempre costumava fazer após um bom banho.

Com um perfeito timing, o filho acordou quando secava as mãos após terminar seu trabalho e não pode deixar de sorrir com a forma preguiçosa com que o menino apoiava os bracinhos ao lado da cabeça.

Pegou o pequeno no colo e sentou-se no puff diante da mesa. Aninhou Chanwoo em seu peito de forma que ele ficasse de frente para o bolo, decorado tão delicadamente que o Do sentiu-se orgulhoso de si mesmo.

Desviou a atenção para o lado por breves segundos para verificar quem havia mandado mensagem em seu celular e quando virou novamente para o filho, não pôde acreditar no que estava vendo:

- Meu Deus, Chanwoo! - Exclamou exasperado, observando o menino sorrir enquanto tentava pegar o pé que estava completamente sujo pelo bolo.

Kyungsoo, após o susto, não pôde deixar de rir da situação, que parecia totalmente improvável. Observou o bolo completamente destruído em um dos lados, deslizando o dedo sobre a cobertura de chocolate antes de levá-la a boca, apreciando o gosto levemente adocicado.

Chanyeol chegou minutos mais tarde, encarando a cena sem entender nada. Porém, não pensou duas vezes antes de se juntar aos outros dois quando foi chamado pelo namorado.

Puxou Chanwoo para seu colo e inclinou-se para beijar os lábios em formato de coração totalmente melados de chocolate de Kyungsoo. Somente percebeu que a ideia foi ruim quando, mais uma vez, o pézinho de Chanwoo atingiu outra parte do bolo, que já estava destruído o suficiente.

Kyungsoo riu, pensando que apesar de ser algo totalmente simbólico para o filho, valeu a pena ter todo o trabalho em fazer aquilo, pois momentos em que se divertia com sua pequena família eram impagáveis.

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Olha só se quem é vivo sempre aparece hahahahahaha

Eu estava com esse capítulo pronto há tempos, mas eu fico tão cansada todos os dias que não tinha nem ânimo para pensar nas minhas histórias #tristeza

Mas bem, esse é de fato o último capítulo porque não quero me estender com algo que não entendo muito (Meus filhos têm 4 patas, afinal rs)

Mas de verdade, espero que tenham curtido e se distraído com essa história toda inventada, mas ao mesmo tempo cheia de verdades ><

Até uma próxima história, pessoal 🖤

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⏰ Última atualização: Apr 29, 2023 ⏰

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