Assim que compram os sorvetes, Willie revela não gostar de comer em lugares fechados, fazendo com que os dois saiam do local.
Enquanto andavam pelas ruas de Los Angeles, Alex foi surpreendido com uma ideia um tanto estranha do moreno.- E se. – Willie lambe o sorvete. – Formos para a minha casa de metrô? – Sugere animado.
- Mas nós viemos de carro. – Alex o olha confuso.
- Eu sei, eu sei... Podemos deixá-lo ali e buscar amanhã, não seria um problema.
- Seus pais não vão ficar bravos? Os meus com certeza ficariam...
- Não, eu já fiz isso antes e deu tudo certo. Falando em pais, quando vou conhecer os seus? – olha para Alex. – Sabe, somos amigos agora, temos que conhecer os pais um do outro.
- Hum... Não sei... Eles são bem ocupados, sabe? – desconversa. Sabia que em algum momento o outro gostaria de conhecer sua família, só não sabia que esse momento chegaria tão rápido.
- Sei. – Willie suspira, percebeu que o loiro não desejava falar sobre, então apenas mudou de assunto. – Vamos de metrô, então?
- Você é maluco. – ri. – Vamos.
Willie comemora e Alex apenas ri do menino dançando atrapalhadamente. Os meninos caminham mais algumas quadras até chegarem na estação de metrô.
Felizmente os dois conseguem encontrar um lugar vago e se espremem para dividir o assento. Os dois estavam tão próximos que mal conseguiam se mexer.- Ei. – diz Willie, tentando se acomodar no banco. – Sabe o que eu gosto de fazer?
- O que?
- Imaginar as histórias das pessoas no metrô. – ele sorri animado.
- Ok... e como isso funciona?
- Olha só. – ele se vira na direção de um jovem negro que estava sentando próximo aos dois. Usava um grande casaco azul, calças jeans e um Vans surrado. Segurava um caderno no qual desenhava concentradamente. – O nome dele é John. – Willie aponta discretamente para o menino. – Ele sonha em ser um grande desenhista, mas a família não o apoia, por isso ele esta desenhando no metrô, porque não pode fazer isso em casa.
- E o que ele está desenhando? – sussurra, admirado com a imaginação do menino.
- A namorada. Ela se mudou para a França há alguns meses, por conta disso, os desenhos que ele faz são o modo que ele encontrou de tê-la sempre perto de si. – ele volta a olhar para Alex. – Agora é a sua vez, crie uma história para alguém.
- Mas eu não sei fazer isso.
- Só deixe sua imaginação fluir. Tente com aquela senhora. – Willie aponta com a cabeça para uma senhora que vestia um lindo vestido florido e um casaco de tricô.
- Ela parece tão triste. – Alex faz um bico.
- O sentimento dela depende da sua descrição. Tenta. – empurra o loiro com o ombro.
- Ok. Hum... Ela se chama Odete. – Alex começa a imaginar toda uma história para a senhora. – Ela está indo visitar seus netos, os quais não vê há algum tempo. Não está triste, está apenas cansada porque fez vários cachecóis, um para cada neto, que no total são seis. – Willie admira o menino enquanto ele fala. – Odete perdeu o marido no fim da guerra do Vietnã, por conta disso se mudou para Los Angeles, para ficar perto dos filhos e netos. Eles são tudo que ela tem agora.
- Ela trabalha ou é aposentada?
- É aposentada, mas dá aulas de tricô para algumas pessoas de sua igreja. Ela ama ver os rostos de seus alunos quando conseguem finalizar uma peça com perfeição. – ele sorri.
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Time after time - Willex
FanfictionAlex faz parte de pouca parcela da população a qual tem o dom de viajar para o passado, apenas mentalizando o lugar e época que deseja ir. Em um dia chuvoso de verão, Edward termina o namoro de quase um ano com Alex, que fica extremamente magoado e...