Capítulo 5, parte 2

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Continuando...

Logo depois que a Liesel beijou Rudy, ele se virou pra mim e disse:

- Será que agora eu também consigo um beijo da mocinha?

Oh Deuses. Só faltava eu morrer quando codifiquei que ele falou mesmo isso. Eu nunca tinha beijado ninguém, estava guardando meu primeiro beijo pra uma pessoa especial. Decidi rapidamente (todos esses pensamentos passaram voando pela minha cabeça em uma fração de segundo) que ele era especial e reuni toda a coragem que eu tinha para dizer...

- Só um?- falei com um sorriso travesso. Será que ele vai perceber que é o meu primeiro beijo?
- Aí depende - ele disse, se aproximando. - Se a mocinha quiser...

Nesse momento, meu mundo parou. Ele encostou seus lábios nos meus e me beijou. Eu nunca tinha beijado e aquilo tudo era maravilhoso. O momento completamente perfeito, parecia final de romance. Não romance do tipo Nicholas Sparks (AI QUE RAIVA EU TENHO DESSE CARA), romance tipo Paula Pimenta. Minhas amigas tinham me prevenido que beijar é normal e que todo mundo nasce sabendo, mas eu não acreditei muito no que elas disseram. Era como se nossos corpos se completassem, como se fôssemos um só. Aquela foi a melhor sensação que eu já tive. Quando terminou, nós nos olhamos e sorrimos ao mesmo tempo. Por um breve momento percebi a semelhança daquela cena com o beijo do Rony e da Hermione em HP 7 pt 2. "Exceto pelo fato de que nós não acabamos de destruir uma Horcux", pensei. Eu estava com um sorriso bobo no rosto, e então ele me beijou de novo. Só um selinho, e disse para nós irmos embora se quiséssemos tomar sorvete antes da minha mãe vir me buscar. Quando passávamos em frente a uma loja que tocava uma música lenta no caminho da sorveteria, ele falou.

- Vamos entrar nessa loja? - ele pediu.
- Mas pra que a gente vai...
- Pra dançar, ué! - Ele disse com um olhar de "é óbvio que nós vamos entrar nessa loja pra dançar" que me fez rir.

Ele me levou pra dentro da loja e nós fomos andando, contornando as araras de roupas, até que paramos embaixo de uma caixa de som presa no teto. Ele me puxou pra perto.

- Eu não sei dançar! - eu disse olhando nos olhos dele. Eu estava na ponta do pé, tentando fazer nossos olhares ficarem no mesmo nível. "Mission Failed", eu pensei.
- Eu te ensino! - ele respondeu fofamente. Essa palavra existe? "Fofamente". Deve existir... "Ele respondeu de um modo fofo" definitivamente não soa tão bem!
- Primeiro, beije a mão da moça - ele disse beijando suavemente a minha mão. Aquilo era mais do que fofo...- Depois segure e não deixe a moça cair! - ele falou enquanto segurava minha mão e eu encostava a cabeça no seu peito.

Nós ficamos girando devagarzinho, abraçados e de olhos fechados. Pensei por um momento que as pessoas que estavam na loja nos acharia loucos, mas logo substituí esse pensamento por "Foda-se! Eu estou feliz, e o que as pessoas pensam disso não me importa!". Meus pensamentos foram subtamente interrompidos quando meu celular tocou, junto com o final da música lenta. Ele ficou olhando pra mim, enquanto eu atendia e ouvia a minha mãe dizer que já estava na frente do shopping. Avisei a ela que ja estava indo e guardei o celular. Quando levantei meu olhar pro seu rosto ele tinha um sorriso travesso, que combinava perfeitamente com o sorriso bobo que surgia no meu rosto sempre que ele me olhava.

- O que foi? - Perguntei quando percebi que ele me encarava.
- Nada! - Ele disse levantando os braços, como se alegasse ser inocente. - Eu só estava te observando...
- Por quê? - eu perguntei com uma sobrancelha arqueada - não acho que tenha nada muito interessante pra observar em mim... - completei olhando pra baixo.
- Ei! - ele disse, se aproximando e levantando o meu queixo, olhando nos meus olhos. - Você é interessante! E linda! Nunca deixe ninguém dizer o contrário sobre você! Nem você mesma!
Agora ele me segurava pela cintura, e meus braços estavam sobre seus ombros.
- Interessante? Eu? - eu disse, rindo.
- É sim! Luna leite é a pessoa mais interessante que eu já conheci!
Eu ri.
- Sério? - eu indaguei.
- Sério! - ele respondeu.
- Então tá... - eu disse, enquanto ele me abraçava. Ele olhou nos meus olhos por um segundo, e depois me levantou do chão e me beijou. Eu sempre era levantada assim pelos meus amigos, mas aquilo foi diferente. Talvez a pessoa que te abraça muda o que você sente durante o abraço... Eu nunca ia esquecer daquele dia. Foram momentos mágicos que eu guardarei comigo para sempre. Quando ele me colocou no chão de novo, com o mesmo cuidado que se tem com uma boneca de porcelana, ele entelaçou seus dedos nos meus e nós fomos caminhando até a entrada do shopping. Ele tinha me avisado que iria encontrar uns amigos depois da sessão, e quando avistou o amigos ao longe se despediu de mim com um beijo e se virou.

- Até segunda, Luna linda! - ele disse, se afastando.
- Até! - eu disse, não conseguindo evitar pensar que hoje ainda era sexta feira.
Ele se virou pra me olhar, e piscou pra mim. Eu dei mais um daqueles meus sorrisos envergonhados pra ele e sai do shopping. No caminho de casa, contei tudo para a minha mãe, não com a riqueza de detalhes que eu contei pras meninas no whatsapp logo que cheguei em casa, mas contei o básico. Quando nós estávamos quase chegando, a minha mãe perguntou.

- Então, vocês estão namorando?
- Eu não sei! - Respondi com a maior sinceridade. E aquela dúvida permaneceu na minha cabeça o fim de semana todo.

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Oiii!! Particularmente, esse é o meu cap preferido até agora! O que vcs acharam? Espero que tenham gostado, de verdade. Obrigada por lerem ❤️

Eu e meu RomeuOnde histórias criam vida. Descubra agora