Jus Primae Noctis / O direito da primeira noite

Vol.1Cap.3(Parte.2)

Depois que tudo foi colocado em ordem, Wiltshire apoiou Walker, deixando-o encostar em seu ombro.  Desta forma, as duas pessoas caminharam juntas, rumo à orla do bosque.

"Se você acha que vou te perdoar só porque você está fazendo isso ..." Walker estava aparentemente muito perplexo e confuso com suas ações gentis e fez este comentário desagradável com uma voz rouca.

"Silêncio!  Não fale.  Isto é, se você não quiser que eu use essa coisa minha para amordaçar sua boca! "  Wiltshire agarrou a mão de Walker e pressionou-a contra sua própria virilha.

Quando ele tocou aquele órgão - ainda muito quente e duro - Walker imediatamente puxou sua mão, como se tivesse sido escaldado.  Fitando Wiltshire com o mesmo olhar que usaria para olhar para um monstro, ele disse: "Você é um cavalo ou algo assim?  Obviamente ... obviamente, você já ... "

Obviamente, ele já havia atingido o clímax inúmeras vezes em seu corpo, mas, incrivelmente, este homem ainda tinha uma ereção.  Mesmo sendo também um homem, Walker não conseguia entender como ele podia ter um apetite sexual tão insaciável.

"É por isso que eu disse para você não falar!  Agora, me guia para sua casa! "

Walker começou a gritar bem alto: "Você está louco!  Por que você quer ir para minha casa?  Meu Senhor Marquês, você deve acumular um bom carma [1]!  Meus irmãos mais novos não têm nem quinze anos ainda! "

"Quem disse que eu vou lá dar uma olhada nos seus irmãos!"  Wiltshire ficou seriamente ofendido por ele: "Caro Sr. Robinson, se você acha que pode chegar em casa com segurança sem a necessidade de qualquer ajuda, então pode rastejar de volta sozinho a partir deste ponto!"

Sabendo que em seu estado atual, ele realmente acharia impossível caminhar para casa sem ajuda, Walker só poderia escolher sofrer em silêncio.

Os dois lentamente saíram da floresta;  já era meio-dia e o campo estava deserto.  "Eles provavelmente voltaram para casa para fazer suas refeições [2]."  O rosto de Walker estava inexpressivo quando ele apontou para uma pequena cabana de palha não muito longe do campo, indicando que Wiltshire deveria ajudá-lo.  Nunca antes em sua vida o marquês cuidara de alguém assim, mas como essa bagunça fora causada por ele mesmo, Wiltshire foi obrigado a fazer o que lhe foi pesado .

Ao entrar naquela cabana simples e tosca, Wiltshire reconheceu de relance que as três pessoas que estavam reunidas ao redor da mesa fazendo sua refeição eram o velho e os dois meninos que ele tinha visto antes.  Quanto à mulher de rosto pálido que estava deitada na cama, ela não deveria ser outra senão a mãe de Walker.

Quando viram Walker e Wiltshire entrarem em casa, as três pessoas largaram as tigelas [3] que seguravam nas mãos. 

"Walker, você ficou fora por tanto tempo, para onde foi?"  O mais velho dos dois garotos perguntou enquanto curiosamente avaliava Wiltshire ao mesmo tempo - embora seu cabelo estivesse despenteado e suas roupas estivessem em desalinho-, ainda se podia ver claramente que ele era um membro da elite.

"Desculpe por impor a você!  Eu sou o marquês de Wiltshire, o dono dessas terras. "  Wiltshire disse ao velho, falando de maneira refinada e cortês.

O velho ficou evidentemente chocado com a declaração de identidade de Wiltshire e imediatamente se levantou da cadeira.

"Meu Deus, é o Senhor Marquês!  Por favor sente-se!"  Ele parecia estar totalmente desnorteado e perdido enquanto se ocupava carregando um banquinho para o marquês sentar-se.  Seu comportamento em pânico comunicou claramente que ele nunca tivera a oportunidade de estar na presença de um aristocrata tão importante [4], especialmente em tal proximidade.