complicated love - GaaLee

Prom Queen

Aviso: desculpa decepcionar vocês, mas o capítulo de hoje não tem foco nos GaaLee, como é o episódio dez, eu queria dar um pouco de foco para os outros personagens.

21:30 da noite.

Gaara estava no quarto escuro, não tinha levantado da cama desde mais cedo quando se trancou, já não estava mais chorando, tinha se acalmado, só estava indisposto para fazer qualquer coisa que fosse.

Bateram na porta, o ruivo só ignorou, mas voltaram a bater, eram toques calmos, ou seja, ninguém estava alí para brigar com ele. Gaara se levantou e soltou um suspiro, só queria ficar deitado. Destrancou a porta, e então viu... Kankuro.

— Você está bem? — O irmão mais velho perguntou calmo e baixo, Gaara tinha o rosto um pouco inchado, o cabelo bem bagunçado, e parecia sem vida. Não estava bem, obviamente. — Sei que ouviu a conversa do nosso pai com a Temari.

— Não é nenhuma novidade, ele já disse aquelas palavras diretamente para mim muitas vezes. — Gaara deu ombros sem nem olhar para o irmão, Temari e Kankuro não sabiam, mas Gaara já tinha vivido aquilo muitas vezes.

— Não é culpa sua. — Kankuro falou rápido, Gaara o olhou nos olhos por um breve momento. — Sobre a nossa mãe, você não teve culpa, você tinha apenas poucos minutos de vida, não tem como aquilo ser culpa sua.

— E você se importa? — Gaara tinha um pouco de angustia em sua voz, ia fechar a porta, mas Kankuro segurou com a mão.

— Não vou te tratar como uma criança, não vou passar minha mão em sua cabeça e dizer que vai ficar tudo bem, que você vai superar isso e essa baboseira toda. — Disse sincero. — Só não achei certo a forma que nosso pai vê as coisas, e queria que você soubesse que não é assim que funciona.

— Mas sempre foi assim.

— Não se afete, por mais difícil que seja, você sabe que não tem culpa. — Kankuro falou. — Não carregue um fardo que não é seu, eu sei muito pouco da história, e nem sei o que aconteceu com o Yashamaru, nosso pai nunca deixou a gente se aproximar muito dele, mas você o conhecia muito bem, e acho que seja lá o que aconteceu, não é culpa sua.

— E se... — Pensou e sua garganta trancou, não sabia se deveria falar ou não, tinha medo de se arrepender depois. Suspirou. — E se eu realmente for um tipo de demônio que atraí coisas ruins? Mesmo sem querer...

— Deixa de ser bobo. — Kankuro revirou os olhos. — Essas coisas não existem, não leve aquelas palavras a sério, você não é nenhum demônio, no máximo é um adolescente que nasceu sem sorte, e agora você está fazendo amigos, então talvez a sorte finalmente esteja vindo, então aproveite... — Fez uma pausa. — Eu não sei dar conselhos, mas se você precisar conversar com alguém, eu sei ouvir.

— Certo... — Gaara assentiu bem baixo, tinha muitas coisas que ele queria colocar para fora, mas não conseguia, nunca tinha desabafado com ninguém, e tinha problemas em falar, assim como Kankuro, que sabia que seu irmão mais novo precisava de ajuda, e não sabia como ajudar.

— Boa noite. — Kankuro acenou com a cabeça, e então saiu da porta do quarto do ruivo. Gaara fechou a porta, e se deitou novamente na cama.

Gaara sempre teve insônia, desde pequeno. Já tinha tomado remédio para dormir, mas não conseguia, isso fazia seu corpo estar estranho, era como se seus olhos quisessem dormir, mas sua mente não deixasse, e seu corpo estava mole, mas ao mesmo tempo seu coração estava elétrico. 

...

Algumas semanas tinham se passado, mas nada de diferente tinha acontecido, tirando o fato de que Gaara tinha começado a trabalhar. Ele comentou sobre estar em busca de um emprego, e Ino não pensou duas vezes antes de chama-lo para ajudar na floricultura. O ruivo gostava bastante do emprego, transmitia paz e era calmo, além de que ele e Ino começaram a ficar mais amigos ainda.