Capítulo 10

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Nos dias que se seguiram, Calliope ficou na investigação da empresa na qual Arizona havia feito a denúncia, sua chefe Grey já havia recebido carta branca dos superiores. Algumas vezes teve que parar para atender outro caso, sempre com a ajuda de Mark. Ela não voltou a ver a loira dos olhos azuis que habitava seus pensamentos, porém haviam trocado algumas mensagens, principalmente no dia em que a mesma foi fazer entrevista a onde sua amiga Addie trabalha. E claro, no dia em que Arizona recebeu a resposta positiva, a primeira pessoa a quem pensou para contar a novidade foi Calliope.

E esse sorrisinho aí? - Alex Karev apareceu ao seu lado tentando espiar o celular

Nada que te interesse curioso - ri escondendo o celular

Ah para vai. Essa é novidade, a agente Torres de bom humor e sorrindo em plena segunda-feira, deveria ser registrado com uma foto

As vezes não sei porque paro para falar com você - a morena revira os olhos e sai andando

Espera, espera - ele anda rápido atrás dela - hoje é aniversário da Jô, minha namorada e ela vai comemorar em um barzinho no centro, ela falou para eu chamar meus amigos, assim ela conhece todos e claaaaaro - ela sorri animado - que você não pode faltar

E desde quando sou sua amiga Karev? - ela para na frente dele e cruza os braços seria

Não é? - ele fica surpreso

Brincadeirinha - ela solta os braços e cai na risada

Idiota - ele ri - vou te mandar o endereço pelo whatsapp, o horário é depois das dez quando ela sai da residência dela

Eu posso chamar alguém? - ela pergunta receosa

Mas é claro. Já estou ansioso para saber quem é o motivo do seu sorriso - ele diz e sai correndo antes que a morena lhe dê alguns tapas 

{...}

Arizona ficou ansiosa com o convite da mais velha, para ir a um barzinho no centro com seus amigos. Não que estivesse criando expectativas mas, talvez ela querer que ela fizesse parte de seu ciclo de amizades fosse algo positivo.

Emilly é quem andava mais estranha que o normal, além de viver em cima dela para saber com andava conversando. Além de que quase todos os dias ia de carona com um tal garoto chamado Archie.

Era quase seis horas da tarde quando Emilly com a ajuda de Zac parou em frente a um prédio, os dois estavam do outro lado da calçada, escondidos atrás de uma árvore.

O que vamos fazer aqui?

Esperar ela chegar horas - diz como se fosse óbvio

Emy, o que você quer fazer afinal? Ir até ela e contar tudo?

Ah claro, vou chegar nela e dizer: Oi, lembra de mim? Então, sou sua filha - revira os olhos - tá maluco

E o que vai fazer?

Eu só... só quero me aproximar - diz sincera - quero saber mais quem ela é, quero saber se ela é esse monstro que me abandonou bebê em um orfanato - diz com lágrimas nos olhos

Aí Emy - ele toca o ombro dela - será que isso não vai te ferir ainda mais?

Não - diz limpando as lágrimas - eu preciso saber a minha origem e não vou desistir até descobrir

Calliope desceu do carro de Mark, afinal não havia ido com seu carro aí trabalho. Os dois se despediram mas se encontrariam mais tarde no barzinho, ele iria acompanhado da esposa enquanto uma babá cuidaria do pequeno Mark Júnior. A morena já estava subindo as escadas para a entrada quando sentiu alguém tocar seu ombro.

Aí que susto garota - disse colocando a mão na altura do peito

Desculpa - a menina diz sem graça - posso falar com você?

Claro Emilly. Aconteceu alguma coisa? - pergunta confusa

Não, não é só que… - coça a cabeça buscando alguma desculpa - é que sei lá, tava pensando em nossa última conversa, aquele dia na lanchonete e achei que talvez você fosse a pessoa certa para me ajudar

Olha não sei como posso te ajudar mas posso tentar - sorri sincera - vem, vamos subir para meu apartamento - diz abrindo a porta automática

Obrigada - a menina sorri e olha uma última vez por cima do ombro, fazendo sinal para que Zac fosse embora

Calliope comprimenta o porteiro e depois as duas seguem para o elevador até o andar do apartamento dela. A morena abre a porta e dá passagem para a garota entrar. A menina fica maravilhada com o luxo do apartamento, as coisas ali deveriam ser caras. Calliope lhe oferece algo para beber mas a menina recusa, a morena pega uma cerveja e as duas vão até a sala, onde a mesma aponta o sofá e Emilly senta com cuidado, observando as fotos que haviam em uma mesinha do lado.

É sua família? - pergunta curiosa

É sim - diz pegando um dos porta-retratos - essa era minha mãe Lúcia - diz mostrando 

Nossa que linda - a menina diz observando bem a foto

É sim - a morena olha para a menina e depois para foto ao sentir uma sensação estranha

Calliope nunca havia reparado tanto em Emilly como naquele momento, os olhos da menina brilhavam ao ver a foto da sua mãe e foi então que aqueles olhos lhe lembraram algo, fazendo seu peito arder.

Bem, não foi para ver fotos que veio aqui né - ri ao colocar a imagem de volta no lugar

Ah sim, verdade - a menina diz se recompondo - então...a minha irmã não sabe que estou aqui porque ela não concorda com isso mas é que… - ela arranha a garganta - eu estava pensando em arrumar um estágio e pensei que talvez pudesse me ajudar. Talvez onde você trabalha tenha algo - diz sem graça - não quero ser intrometida sabe, é só que eu acho muito interessante tudo o que você faz e bem, como diz minha irmã eu não posso viver pensando em skate e séries - ri

Olha sua irmã tem até razão, mas você acha uma boa ideia querer entrar para uma agência do FBI? Não acho que faça seu estilo - diz tomando um gole de cerveja - mas se quiser mesmo, eu posso te ajudar sim. Lá tem muitos setores administrativos e você poderia aprender muito - sorri

Sim, quem sabe assim eu decido o que fazer de faculdade - diz inventando tudo

Emilly nunca pensou em trabalhar para polícia ou em algo parecido, mas foi o único que lhe ocorreu para se aproximar da mais velha. Desde que a garota descobriu pelo pai de seu melhor amigo, que sua mãe biológica era Callie a agente do FBI, a menina vem tentando saber comia e aproximar, tudo começou no dia que quase esbarrou nela com o skate, esse foi seu primeiro contato com sua progenitora e agora queria conhecê-la cada vez melhor, até a hora de falar a verdade. A menina não fazia ideia de qual seria a reação da mais velha quando descobrisse que ela era a bebezinha que abandonou.

Destino ou Acaso - 𝑪𝒂𝒍𝒛𝒐𝒏𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora