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Se eu queria? Claro.
Mas não iria me entregar assim fácil. Significava muito pra mim o fato de eu ter me conservado até agora. 17 anos e ainda virgem era um modo de eu não ser igual as outras, porque a maioria das minhas amigas e do resto do mundo com essa idade já não é mais. Não é julgando, mas na minha opinião deveria ser um coisa importante, especial, e não uma guerra pra ver quem já fez mais sexo.

- Vamos colocar um filme? - ele disse ainda me beijando no pescoço E eu o empurrei e tentei me levantar rindo, então ele agarrou minha cintura se levantando e rindo também - Vamos juntos - ele disse ficando atrás de mim e me agarrando pela cintura com as mãos e quanto a gente andava ele me dava beijo no pescoço e no ombro me fazendo arrepiar e rir ao mesmo tempo.

- Charlie!! - falei rindo e jogando minha cabeça pra trás - Pare por favor!

- Desculpa! - ele disse se afastando e colocando as mãos pro alto - Perdão!

- Tudo bem!

- Mas você é irresistível - ele disse dando um sorriso de lado maravilhoso e me olhando de um jeito fofo - Só mais um por favor? - ele disse vindo em minha direção e então eu corri dele rindo

- Não! Coloca o filme primeiro! - Falei rindo e pegando um travesseiro e colocando na minha frente impedindo ele de me abraçar

- Ok ok, você venceu! - ele sorriu e foi ligar a tv

Ele arrumou um modo que a Tv ficasse bem a vista, pegou o outro traviassero que ele tinha e o colocou no sofá, ele deitou e me chamou pra deitar também.

- Vem pertinho, prometo fazer o bom moço. - ele disse sorrindo, ah esse sorriso sempre me matava

Deitei na frente dele no sofá e ele me abraçou a cintura, afundando seu rosto em meu pescoço me fazendo arrepiar.

- Qual filme você quer? - ele disse

- Ah, não sei.

Ficamos um pouco conversamos sobre qual filme colocar e no final colocamos um filme italiano que ele gostava muito e durante o filme ele me falava sobre as gravações desse filme, sobre o roteirista, produtor e tudo mais. Ele havia essa paixão por filmes, que encantava.

O filme foi muito bonito, e aprender mais sobre a Itália foi muito legal.

Não foi tão legal assim acordar no meio do meu sono com fortes batidas na porta.

Já eram 7 da manhã!
O peso de charlie estava todo sobre mim, ele tinha dormido abraçado na minha cintura e sua cabeça estava sobre meu ombro, eu não sentia mais meu braço.

- Charlie! - chamei ele balançando mas nada de ele se mexer e as batidas ficaram mais fortes.
Eu balancei ele mais forte, então ele abriu os olhos assustado escutando a porta.
Ele se levantou devagar me fazendo um gesto pra eu ficar em silêncio. Meu coração batia muito forte.
Charlie foi até a porta e abriu ela. E era tão óbvio que a pessoa que batia era meu pai.

Ele não esperou Charlie abri a porta e j entrou o empurrando.
O que mais me deu medo foi que ele fez tudo isso em silêncio. Sua boca não abriu em nenhum momento. Ele entrou empurrando Charlie, olhou pra ele com um olhar muito bravo e triste ao mesmo tempo. Depois veio até mim.

- Pai... - comecei a falar enquanto levantava, mas ele não disse nada só me abraçou forte, segurou minha mão e me puxou pra fora do quarto de Charlie.

O caminho todo foi totalmente em silêncio. E quando chegamos no quarto vi três passagens compradas em cima da cama.

- Não não não não... - comecei a falar - Eu não fiz nada eu juro! Você me conhece, você me educou!

- Nós vamos com Megan. Voltamos segunda feira. - ele disse com a voz de quem quisesse chorar e meu coração partiu.

Fiquei em silêncio também e Megan me olhava enquanto se vestia.

Não deu tempo de me despedir de ninguém, só de Kenny que estava lá em baixo explicando meu pai que durante esse fim de semana eu teria que do mesmo jeito partecipe de uma reunião por vídeo, e ele concordou os horários.

Pegamos o táxi e o avião e em pouco tempo já estávamos longe, assim como meu pai havia prometido: que ele iria me levar pra longe dali, e ele cumpriu.

Por trás das câmeras Onde histórias criam vida. Descubra agora