Olhei para as varias portas e tentei imaginar qual ficava virada para o jardim, pois qual fosse era possível que o Sr. Sprouse estivesse nesse cômodo, já que foi de onde eu vi o movimento mais cedo hoje, e todos os outros dias desde que eu cheguei aqui. Com certeza era ele me olhando e eu estava ansiosa para olhar pra ele também.
Depois de decidir qual porta ir, eu escolhi uma das maiores que tinha. Tomei algumas respirações e olhei para a enorme porta com curiosidade, sabia que mamãe ficaria irritada se soubesse que eu estava aqui, mas nada podia me impedir. E não faria mal eu dar só uma espiadinha... Encostei a orelha na madeira esperando ouvir algum movimente lá dentro, mas o silêncio era completo, talvez eu estivesse errada e ele não estava aqui. Deixando a curiosidade me dominar, o que não seria a primeira vez, empurrei a porta que para minha surpresa e alegria estava aberta.
Entrei na sala escura e silenciosa, não podia ver nada exceto os contornos dos moveis. Tateei a parede a procura de um interruptor, mas não consegui achar nada, bufei e notei que além de escuro as janelas estavam bloqueadas por cortinas de um tom escuro e pesadas, que ocupavam toda a parede das janelas, eu podia abri-las e descobrir o que tinha de mais na sala.
Caminhei cegamente até a janela e agarrei a cortina a movendo com dificuldade, mal a abri e uma pequena fresta de luz infiltrou pelo aposento...
– Pare. – alguém rosnou e engoli em seco ao sentir a presença atrás de mim, me virei para ver o homem alto oculto pela escuridão da sala.
– Eu.... eu.... – gaguejei nervosamente... Oh Merda.
A fresta de luz que atravessou a escuridão não iluminava muito e não conseguia ver muito dele, ele se escondeu mais nas sombras para evitar que eu o visse.
– O que faz aqui menina? – ele rosnou e me encolhi, eu não devia ter subido.
– Eu sinto...
– Saia imediatamente. – grunhiu, desesperada praticamente corri para fora da sala, mas em minha pressa tropecei em um tapete e antes que caísse no chão, braços fortes me rodearam e o calor do corpo alto e forte me envolveu completamente, arfei abrindo os olhos que nem notara que havia fechado e olhei para o meu salvador, não pude deixar de ofegar ao ver seus olhos de um verde profundo penetrantes me encarando.
– O ... obrigada... – muito lentamente ele me ergueu me colocando em pé, mas suas mãos grandes ainda estavam sobre mim, exceto por seus olhos penetrantes, eu pouco via dele, ele se moveu para mais perto de mim. Ofeguei quando a luz que vinha da fresta da janela pegou do lado de seu rosto, uma fina cicatriz cruzava seu rosto, começando sobre a sobrancelha e indo por toda sua bochecha.
– Você não devia estar aqui. – sua voz soou rouca me fazendo estremecer, eu só não sabia se era de medo ou... ok com certeza era medo. O que mais poderia ser?
– Perdoe-me... eu... – uma de suas mãos deixou meu corpo e ele a ergueu até meu rosto e afastou uma mecha do meu cabelo a colocando atrás da orelha.
– Você realmente não deveria estar aqui. – ele voltou a repetir e somente assenti, tentei me afastar para partir, mas ele me segurou firmemente.
– Eu vou sair se me soltar. – gaguejei bobamente e ele rosnou, e me soltou abruptamente quase me derrubando.
– Desculpe-me, não queria segurá-la. – ele pediu baixinho de costas para mim, e mesmo sentindo que eu não deveria me aproximar mais dele, eu sentia que precisava chegar mais perto.
Eu tinha que chegar mais perto dele.
Continua...
Hey, falei que teria fic nova. Não era essa, mas ele é maravilhosa por isso decidi adaptar essa.
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Quando menos se espera ~ adaptação Darbara
RomansaA fresta de luz que atravessou a escuridão não iluminava muito e não conseguia ver muito dele, e ele se escondeu mais nas sombras para evitar que eu o visse. - O que faz aqui menina? ele rosnou e me encolhi, eu não devia ter subido. - Eu sinto... ...