Arriscar

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Entro no estúdio que a algum tempo tenho evitado, sinto a aura gostosa e aconchegante que sempre me trouxe paz. Foram tantos anos e várias músicas composta aqui, sorriu e olho em torno vendo as várias fotos dos três jovens sonhadores.

Em um canto está o meu piano junto com a guitarra do Victor e o baixo do Lucas, vou até ali e toco cada instrumento. Quando chego ao piano me sento e deixo a música preencher meu coração, era uma despedida.

A despedida de uma garota que agora quer seguir sozinha, mas que sempre vai ser grata por tudo que a Moondust lhe proporcionou.

Fecho os meus olhos envolvida demais com a música que não vejo alguém se aproximar, mas não demora para mim descobrir quem é. O som do baixo está em harmonia com as notas do piano, Lucas o garoto forte e feliz toca nesse momento, abro meus olhos e vejo seu sorriso doce. De nós três ele sempre foi o mais centrado o mais correto. Lembro de anos atrás quando queríamos fugir ele foi contra, como fora difícil convencê-lo a topar essa ideia.

Tinha um motivo para mim está evitando vim no estúdio, vê-lo me machucava, pois em um outro mundo ele já não estava mais vivo. Assim como o Victor não andava mais e alguém parecida comigo se culpava por tudo que aconteceu. Era um acidente e ninguém tinha culpa, mas Ana a carregava sozinha.

Finalizo a música tentando não pensar nisso, quando contei sobre a lembrança para o Thiago, ele soube na hora o quanto isso mexeu comigo e me abraçou forte garantindo-me que nada nem ninguém tinha a culpa. Seu abraço transmitia calmaria, me deixando um pouco mais aliviada, mas ainda sim eu estava indignada, por conta de tudo isso ela não voltará para casa e para a família, Ana tinha tanto medo. Se era um acidente porque tanta culpa?

A resposta para essa pergunta veio na lembrança do Thiago. Ana dirigia e se considerava responsável por todo o sofrimento da sua família e da família do Lucas e do Victor. Como encara-los depois de todo o mal que ela fez?

A única coisa que eu queria fazer era ir até ela e abraçar e dizer que não havia culpados
Mas eu não podia....

Lucas: Helena? – olhei para ele tentando lembrar de que nesse mundo ele estava vivo – Parou de tocar e ficou perdida aí.

Helena: Desculpa Lucas esses dias estão tão estranhos.

Lucas: A estão mesmo, tem muita gente estranha a começar pela Pixie – ri da cara que ele fez – Acredita que ela me disse que iria ter que viajar e que não sabia se voltaria? – por alguma razão essa notícia não me surpreende – Sua irmã o Alex e sei lá, são tantas pessoas – ele deixou o baixo onde estava – Pixie disse que logo as coisas vão deixar de ser estranhas. Eu não entendi nada.

Helena: E alguém entende o que ela diz? – ele concordou e ficou me olhando – Tá me olhando assim porque?

Lucas: Tá com um brilho diferente – ri ele me conhecia – Lembra quando formamos a banda? – pensei nesse dia, fora um lindo momento – E os perrengues?

Helena: Passamos por cada situação – ele se apoiou no piano – Lembra quando a van quebrou e estávamos atrasados? – ele segurou o riso.

Lucas: Eu não sabia quem era o mais surtado – ele olhou nossas fotos na parede – Victor ou você – revirei os olhos – E acabou que foi um dos melhores shows que fizemos.

Ficamos em silêncio, cada momento vivido passou na minha mente, noites mal dormidas, os fãs gritando. Sonhos se tornando realidade.

Helena: Sem dúvida os melhores momentos da minha vida.

Lucas: Da minha também – ele me olhou – Tocar sempre foi o meu maior sonho assim como o seu – ele foi até o sofá que tinha na sala e se sentou – Eu sei o que se passa aí – ele sabia sobre a minha decisão – É a mesma coisa que se passa aqui – ele apontou para si mesmo.

Helena: Também sente que está na hora de viver novas coisas?

Lucas: A algum tempo – ele começou a rir do nada – Meu irmão vai ficar furioso – concordei negando com a cabeça.

Helena: Vai sim – Victor estava animado com a possibilidade de uma turnê mundial e não ia gostar nada disso – Mas eu não posso mais, se eu continuar assim...

Lucas: Se continuarmos assim vamos transformar o que vivemos em algo ruim – sim, era isso que aconteceria.
Helena: O que quer que fizemos nessa nova aventura, eu vou querer um colaboração com você em.

Lucas: Eu digo o mesmo – ele se levantou – Temos que falar com o Victor, mas faremos isso outro dia – Lucas foi até a porta – Até Heleninha.

Quando ele saiu do estúdio me levantei fazendo o mesmo, com certeza fora uma ótima despedida.
Ia para casa, mas recebo uma mensagem da Bia pedindo para ir a casa dos meus pais. Alguma coisa ela queria contar.

No caminho mando uma mensagem para o Thiago dizendo que mais tarde o encontraria, eu estava com saudades dele. A cada dia que passava eu sabia mais e mais coisas sobre ele, como por exemplo seu jeito organizado o que era engraçado já que desorganização era o meu segundo nome.

Pego minha chave e entro na casa dos meus pais e vejo minha irmã no sofá, ela parecia triste então fui até ela.

Helena: Ei o que foi maninha? – ela me olhou de lado – me sentei do no outro sofá.

Bia: O Manuel me chamou pra sair.

Helena: Isso é incrível – ela fez uma cara – A Bia não me diz que....

Bia: Eu disse não – o garota complicada – Era o melhor.

Não parecia não, eu não conseguia entender como que para algumas coisas ela era esperta e decidida e pra outras não.

Helena: Se era o melhor tudo bem – ela me olhou de modo estranho – Assim ele entende logo que o melhor é seguir em frente.

Eu acho que toquei na ferida porque ela me olhou com tanta raiva. Não consegui conter a risada.

Bia: Como assim seguir em frente? – ela estava brava – Para de rir isso não tem graça, é por isso que eu não te conto as coisas.

Helena: Maninha você sempre me conta – ela fez uma cara de tédio e pegou o suco que estava na mesinha ao centro – Se não gosta dele o melhor é dizer.

Bia: Eu não disse que não gosto dele – me arrumei no sofá – Eu estou com raiva, não consigo entender o que sinto.

Helena: É claro que não entende – ela ficou em silêncio – Não se dá nem a chance de sentir, tem tanto medo que foge como uma criança assustada.

Bia: Faria o que no meu lugar? – disse direta.

Fiquei a encarando, eu não tinha falado para ninguém sobre o Thiago. O que estava nascendo entre nós dois era especial demais.

Helena: Tenho que te contar uma coisa – ela me olhou interessada – No dia no show do restaurante eu conheci alguém, foi tão intenso maninha – ela sorriu – Tão único que eu achei que o conhecia.

Bia: E conhecia? – não nesse mundo, ri do meu pensamento.

Helena: O que importa era que eu precisava saber mais dele sabe? – ela fez que sim – E a cada dia eu gosto mais dele Bia.

Bia: Estão juntos? – fiz uma cara de mistério – Fala logo Helena.

Helena: Estamos nos conhecendo – sorri – E o que sinto está cada vez mais claro Bia, sabe porque? – ela sabia a resposta – Eu não vou fugir dos meus sentimentos e você não devia fazer isso.

Bia: Eu tenho medo – fui até ela e sentei do seu lado.

Helena: Todos temos – a abracei – Pode ser que não de certo entre vocês dois, assim como pode não dar certo comigo e com o Thiago, mas Bia. Se você só viver no “e se" vai perder tantas oportunidades.

Bia: E se não dar certo? – ri da sua fala, eu acabei de falar do “e se".

Helena: Bola pra frente irmã, o sentimento nasce, mas se não cuidarmos dele ele morre Bia – sorri gentil – Sei que tem medo, mas não acha que é melhor arriscar? Nunca vai saber no que isso pode se transformar se não tentar.

Fiz um carinho na minha irmã e fui para o meu quarto tomar um banho, eu queria ver o Thiago então não me demorei muito para me arrumar. O sair não encontrei a minha irmã, supus que ela estivesse no seu quarto.

Chamo um carro pelo aplicativo e logo estou na frente da República, passo pela porta e escuto uma melodia tranquila, encosto no batente da porta e vejo o Thiago concentro no seu violão. Meu coração se contorce no peito e fico lá a admirar suas mãos em contato com as cordas do violão, a voz rouca e baixa cantando uma canção desconhecida.

Thiago nota minha presença e para de tocar assim fazendo um silêncio gostoso, ele deixa o violão de lado e da um sorrio que parece ser capaz de iluminar o mundo e meu coração.

Thiago: A quanto tempo está aqui? – ele se levantou do sofá e veio até mim.

Helena: Acabei de chegar – fez um carinho em meu rosto – Estava com saudades.

Thiago me olhou charmoso e selou nossos sábios, sorri por entre o beijo e o intensifiquei. Nossas bocas travavam uma guerra atrevida, sua mão foi até a minha cintura. Tudo nele me levava a loucura. Aos poucos o beijo foi ficando mais calmo e se transformou em um carinho tão forte e tão puro.

Quando nos separamos ficamos nos olhando, estávamos tão entregues a esse sentimento que nascia entre a gente.

Helena: Falei de você para minha irmã – disse enquanto ele me abraçava – Estou tentando convencê-la a se arriscar pelo que sente.

Thiago: E deu certo? – olhei pra ele e fiz um bico – O que aconteceu?

Helena: Quando se trata de sentimentos a Bia trava, porque ter sentimentos significa não ter o controle – Thiago me puxou e fomos para o sofá – Espero ter ajudado.

Thiago: Tenho certeza que ajudou – sorri para ele.

Helena: Também fui no estúdio da Moondust – respirei fundo – O Lucas estava lá – ele me encarou.

Ele sabia que eu estava evitando ver os meninos da banda a alguns dias.

Thiago: Foi difícil vê-lo não é? – a sua voz soou baixa e seu olhar preocupado – Depois que falamos sobre as novas lembranças, você os evita.

Helena: É difícil saber que naquele mundo ele se foi – disse com a voz embargada – Que o Victor não anda e que a Ana....

Thiago: Se culpa – doía muito – Saber que ela se culpa é horrível – ele deixou sua raiva transparecer – Você viu “ Me culpam por tudo e eu os entendo”.

Helena: Isso me revolta – me levantei com raiva – Ela parece ser tão doce, tão carinhosa e mesmo com toda a dor e culpa que ela carrega, não se entregou a escuridão.

Thiago: Não deve ter sido fácil – seu olhar era sério – Não lembrar de nada e descobrir que é “Responsável” – fez aspas com as mãos – Pela morte de alguém.

Isso me entristecia de um jeito tão grande, não era eu ali isto estava claro a muito tempo, mas mesmo assim eu sentia que era outra história minha sendo contada em outro mundo.

Helena: Quem será que a culpou? – Thiago veio até mim e segurou minha mão.

Thiago: Talvez a família do Victor – apertei forte sua mão – Mas o que eu sei Helena é que ela não está sozinha – sorri pensando na amizade daqueles dois – Ele são unidos e cuidam um do outro e não podemos esquecer o principal – fiz uma careta – Eles se amam.

Explodi em uma gargalhada, se ele queria que eu sorrisse ele tinha conseguido.

Helena: Tomara que eles fiquem juntos – O beijei rápido – Tenho que te contar uma coisa – ele me olhou curioso – O Lucas quer sair da banda também.

Thiago: Sério isso? – voltamos para o sofá.

Helena: Sim – dei de ombros – Ele já tinha tomado essa decisão a algum tempo, agora temos que  falar com o Victor e ver todos os trâmites legais – suspirei – Ele vai ficar irritado.

Victor era do tipo de pessoa que odiava quando as coisas saiam do seu controle.

Thiago: Ele vai ter que entender – Thiago se levantou e foi para cozinha – Com fome? – dei de ombros dizendo que sim – Vou fazer minha especialidade.

Helena: Que seria? – o segui e me apoiei na bancada.

Thiago: Sanduíche e suco – comecei a rir – Vai ficar muito bom – eu não tinha certeza – Continuando, ele vai ter que entender que para você e o Lucas a banda agora vai ser parte de um lindo passado.

Helena: Eu acho que até hoje ele não aceitou que o que tivemos um dia acabou, quem dirá o fim da banda.

Thiago: Sério isso Helena? – ele parou o que estava fazendo – Estou curioso, vou querer saber mais sobre essa história.

Ele voltou a fazer os sanduíches e eu ri em silêncio, acabará de descobrir que ele era um tanto ciumento. Falar sobre um assunto como esse com o cara que você está saindo a pouco tempo, pode até ser estranho para alguns. Mas para mim não, essa história estava encerrada a muito tempo e o principal motivo para falar era que nós dois somos amigos e eu sabia que podia falar com ele sobre tudo.

Helena: Éramos jovens, eu achei que estava apaixonada e talvez eu estivesse - ele fez uma careta - Começamos a namorar e você sabe como é o primeiro amor – ele fez que sim – Uma loucura.

Thiago: Sei como é – ele colocou os sanduíches na bancada.

Helena: Achamos que tudo é pra sempre – fui pegar os copos – Foi bom por um tempo, até descobri que a paixão se fora.

Thiago: Ela morreu? – ele deixou aparecer todo o seu sarcasmo.

Helena: Thiago! – rimos – Morreu, na verdade se transformou em uma amizade, pelo menos da minha parte. Terminei com ele, mas ele não aceitou muito bem, foi uma época complicada na banda, mas resolvemos – Thiago colocou o sanduíche na minha frente – Vivi o primeiro amor, mas até hoje eu nunca senti o verdadeiro amor – ele me olhou - Quem sabe um dia.

Thiago: Tem medo?

Helena: Claro que sim, mas a graça é se arriscar e enfrentar os medos – experimentei o sanduíche que ele fez – Está muito bom.

Thiago: Eu disse – riu travesso.

Helena: Mas e você, como foi o seu primeiro amor?

Thiago: Ensino médio – ele começou a resumir meio entediado – Ela não correspondia, foi um desastre.

Helena: Com certeza um desastre – bebi um pouco do suco.

Ficamos rindo e conservando enquanto comíamos, não demorou para o Pietro e a Daisy se juntar com a gente, os dois eram bem legais. Um tanto peculiar mas ótimas pessoas.

A cada momento que passamos juntos eu tinha mais certeza que nossa ligação ficava cada vez maior e clareava mais e mais meu coração. Era uma ligação estranha que veio de um olhar trocado, mas era complemente única.

Depois do nosso primeiro beijo, decidimos só viver o que sentimos, o nome desse sentimento ainda era desconhecido, mas verdadeiro e não iria demorar muito para tudo se esclarecer. Até porque esse sentimento só crescia ainda mais.

Quando a noite chega me despeço do Thiago e saiu sorrindo e pensando em seu convite, um encontro.

Volto para a casa dos meus pais, hoje era dia de jantar com a família. Mamãe tinha cozinhado e o jantar transcorreu de modo leve, Bia parecia mais leve.

Depois do jantar fui até o quarto da minha irmã, ela parecia feliz.

Bia: Talvez você tenha razão e seja hora de arriscar.

Helena: Vai sair com ele? – ela fez que sim – Isso ai garota - oferecei minha mão - Toca aqui.

Bia: Maluca – rimos.

Ficamos conversando até tarde, contei mais coisas sobre o Thiago para ela que estava curiosa. E quando o sono bateu fui para o meu quarto dormir.

Eu estava feliz pela minha irmã e também torcendo para o meu casal do mundo al revés ficar juntos.
Mas parecia que o medo iria vencer.


Desço as escadas e vejo o Thiago mexendo no velho elevador, sorriu ao notar sua concentração e em suas palavras.

Ana: E desde quando você é serralheiro? – me encostei no batente da porta.

Thiago: A não – ele riu – Só estava solto – ele deixou o que estava usando perto do elevador – Eu estava arrumando.

Ana: E como foi o primeiro dia de treinamento?

Thiago: Um desafio, mas eu aproveitei muito e o pessoal me recebeu muito bem.

Ana: E o Victor como está? – Thiago se mexeu um pouco desconfortável – Imagino que depois do lançamento do disco ele não esteja nada bem.

Thiago: Está interessada em saber do Victor ou no meu trabalho?

Ok. Eu mereci essa, não devia ter falado dele. Mas eu estava sim preocupada, afinal tudo era minha culpa.

Ana: Desculpa – disse sem jeito – Sei que não quer falar dele e...

Thiago: Não se preocupe – seu olhar adquiriu um brilho novo – Mas prefiro falar de nós dois, afinal não terminamos a nossa conserva.

Falar de nós dois, só de pensar sinto meu coração bater forte. Thiago se aproxima um pouco de mim, minha cabeça era uma grande confusão e cheia de medo. Meu coração não, ele sentia e como sentia, eu o queria tanto. Tinha demorado tanto tempo para entender o que se passa em meu coração, mas bastou um beijo para que eu entendesse o que sempre esteve aqui. Eu estava apaixonada e com medo. Muito medo.

E se eu o perde-se? E se eu o machucasse? Era tantas coisas em minha mente, eu não podia perder sua amizade. Eu não podia!

Meu coração gritava em meu peito dizendo para segui-lo, como eu queria fazer isso. Como eu queria poder olhar para ele e dizer que eu também sentia o mesmo.

Mas eu não podia arriscar.

Então guardei no fundo do meu coração todo esse sentimento, fui egoísta e uma covarde por não tentar, por não ser forte e arriscar.

Ana: Eu te devo uma resposta a algum tempo – ele me olhava carinhosamente – Thiago, eu te amo muito, muito – como doeu fazer isso – Mas é melhor seguimos como amigos, o que me salva nesse momento é a sua amizade – segurei sua mão e foi nesse momento que experimentei umas das piores dores do mundo e olha que de dor eu entendia.

Thiago deu um sorriso triste e soltou sua mão da minha, vazio. Foi isso que eu senti, o olhei tentando domar a dor que dilacerava tudo em mim, mas não consegui.

Eu sentia Thiago, isso era o que meus olhos demonstravam.

Mas eu não conseguia lidar com medo de poder te perder.

E foi assim que o medo ganhará do meu coração mais uma vez....



A Ana. Sinto tristeza em meu coração e raiva também, todos os sentimentos estavam ali e ela não se arriscou. Não tentou, mesmo sabendo que ele também sentia o mesmo.

Vou até a minha cama e me deito, tanto amor e tanto carinho e medo. Maldito medo que a impedia de ir em frente e de amar.

Perder a pessoa que sempre esteve com ela? Como ela pode pensar assim? Sinto uma indignação tão grande em meu peito.

Eles se amavam tanto e mesmo assim não estavam juntos, a Ana se você soubesse como eu estou brava nesse momento.

Agora mais do que tudo eu esperava que desse certo, seu olhar para ele era puro e verdadeiro amor.

Tento não pensar nisso, daria tudo certo. Mas essa garota precisava de umas dicas.

Mas mais do que isso ela precisava tentar, então antes de fechar meus olhos fiz um pedido.

Pedi para ela ser forte e se arriscar.


Eu adoro o fato da Helena representar todas as stan Thiana Hahahahaha

Bjos





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