IX - Forbbiden Fruit - part.II

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Tudo estava uma loucura. A confusão estava feita, tanto na casa da Uzumaki quanto dentro de sua cabeça.

Suigetsu não havia voltado para casa naquele dia, sumindo por Konohagakure, e algo dentro de Karin sentia que aquilo era para instigá-la, provocá-la, tirá-la de sua zona de conforto.

Se a intenção do Hozuki de cabelos esbranquiçados era deixá-la daquele jeito, então dizemos que, certa forma, ele havia conseguido. Uma parte de Karin estava realmente instigada e curiosa sobre o desaparecimento de Suigetsu naquele resto de madrugada, pensando incessantemente naquele conversa e como todos os detalhes e palavras proferidos pelo homem a deixaram tão molhada, tão necessidada e pidona.

Mas sua outra parte queria estraçalhá-lo. Jogá-lo na parede e acabar com ele, mas não de um jeito bom.

O orgulho de Karin havia sido pisado de certa forma, e aquilo feria, ardia como brasas quentes, mas ao mesmo tempo uma sensação entorpecedora lhe subia, a deixando febril e em estado de frenesi, completamente eriçada por aquele idiota.

Decidira voltar para casa, mesmo sozinha. O dia se passou, e fora uma grande surpresa quando Juugo a vira fora do quarto. Correra para abraçá-la e até erguê-la do chão, e como Juugo era "do abraço", Karin se permitiu sumir dentro dos braços fortes e calorosos do amigo.

Juugo estava tão feliz que decidira servir a Uzumaki de todas as formas que podia, portanto fora o responsável pelo almoço daquele dia. Juugo cozinhava muito bem para um homem, em vista que a maioria mal conseguia fritar um ovo.

Almoçavam e conversavam, e a ruiva achava uma fofura o sorriso genuíno do amigo em tê-la ali consigo depois de dois dias deploráveis. Juugo instigava Karin comer as batatas picantes que havia feito, indicando carinhosamente que a mesma emagrecera bastante enquanto ficara ilhada em seu novo quarto.

Karin repassou para Juugo tudo o que havia acontecido na missão: os números, os códigos de endereçamento, a cabana nos limites de Konoha e o suspeito reverenciando Naruto.

- Hm... Uma reverência. - Juugo coçava o queixo levemente sujo com algumas sementinhas de pimenta. - Bem inusitado.

- Super inusitado. - Karin reiterava enquanto limpava o canto da boca com um guardanapo.

Juugo voltara a comer.

- Mas vem cá, como vocês fizeram para descobrir que os números da parede que o Sui transcreveu era exatamente aonde estava aquela cabana?

- Simples, entramos na biblioteca sem ninguém ver...- E nisso a voz de Karin se calara, sentindo o rubor subir-lhe ao rosto. A invasão na biblioteca havia rendido alguns vidros quebrados e uma enorme bagunça no andar que haviam investigado, sem ao menos se atentarem em organizar tal bagunça. Karin arregalou os olhos.

Esperou Juugo terminar de comer para que pudessem repassar todas as informações para Sasuke e Naruto o mais rápido possível. Juugo tentava manter a amiga calma durante o trajeto até a Torre do Hokage, mas Karin pisava duro e soltava muxoxos derrotados, temendo o pior para ela, e consequentemente, para Suigetsu.

Coincidentemente, ao adentrarem na sala do Nanadaime Hokage, Sasuke também estava lá, entregando uma pilha de relatórios. Karin suspirou aliviada pelos dois estarem juntos naquele momento, e logo começara a falar de toda a missão noturna que cumpriu ao lado de Suigetsu, e claro, pedindo clemência e cobertura para o Uzumaki loiro pela a "invasão" à biblioteca da cidade.

- Ah, que bom que agora eu sei quem foi. - Naruto coçava a nuca, com um meio sorriso. - A bibliotecária chefe veio feito uma maluca reclamar comigo que alguém havia invadido e bagunçado todo "um trabalho de quase quinze anos". Mas fique tranquila, prima, está perdoada.

celibatto {au suika}Onde histórias criam vida. Descubra agora