Perdida: Hogwarts Mystery

V. Sonhando Acordada

5368 palavras

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     Quando Luiza acordou, sentiu a leve brisa da manhã arrepiar sua pele, logo se encolhendo nas cobertas pelo frio e bocejou. Deixou seus olhos fechados por mais um tempo e recordou do maravilhoso sonho que teve na noite passada, do qual estava em Hogwarts, a melhor Escola de Magia e Bruxaria do mundo. Sorriu com a suposta lembrança. Podia dormir e sonhar mais um pouco?

   Abriu os olhos e se levantou em um pulo para se arrumar, logo acabou sentando na cama novamente. Suas sobrancelhas arquearam e seus olhos se abriram ligeiramente a mais que o normal. Sentiu-se confusa, percebendo o leve barulho de água correndo invadir seus pensamentos. As águas d'O Grande Lago de Hogwarts.

   Olhou envolta para a cena que havia a assustado e viu quatro outras camas além da que estava sentada. Rowan estava deitada na cama ao lado da dela, então podia observar sua nova amiga dormir tranquilamente. Tudo estava como na noite passada, no dormitório feminino da Sonserina.

   Levantou-se ainda confusa e com um baque se sentiu extremamente feliz, pois percebeu que não havia sonhado com tudo que acontecera em Hogwarts. Sorriu o máximo que pôde, até suas bochechas doerem, respirou fundo e se levantou, pegando suas vestes para começar um novo dia em Hogwarts.

   Ela teria um dia de aula em Hogwarts! Estava tão animada para começar! Começou se trocando, o que foi um pouco difícil, já que o conjunto do uniforme de Hogwarts era composto por muitas roupas. Colocou a camisa social branca e a saia, logo se vendo no desafio terrível de colocar a gravata do uniforme, pois ela desfez o nó perfeito que já estava pronto na primeira vez que a havia colocado. Como eles podiam ser tão cruéis com os alunos ao ponto de os fazerem vestir aquela quantidade de roupas?

   Já com o uniforme da escola, começou a arrumar sua cama, e logo que acabou, colocou seus materiais na bolsa, estava praticamente pronta. Logo percebeu com certa tristeza, ou até mesmo raiva, que as aulas apenas começariam às 9h e não passavam das 7h, arredondando — ela havia visto o horário no relógio de uma de suas colegas de quarto. Não fazia mal, mas claro estava chateada por acordar tão cedo quando podia ter ficado mais alguns minutinhos na cama.

   Estava com vontade de usar o banheiro, então desceu as escadas do dormitório para sair da sala comunal e, se desse sorte, acharia o banheiro em algum lugar da enorme escola. Estava subindo as escadas quando viu Félix, o monitor, em uma das mesas perto da lareira e de alguns sofás. Ele estava estudando.

   — Olhe só quem acordou. Bom dia, Descendência de Afrodite — ele disse com um tom um tanto debochado.

   Luiza ignorou o rótulo que ele a deu prontamente. Aquilo estava começando a ficar chato, mesmo que fosse emocionante saber que era descendente de uma deusa grega.

   — Bom dia, Félix. Dormiu bem?

   — Sim, eu acho. Por que acordou tão cedo?

   — Estou acostumada a acordar nesse horário.

   — Interessante. Se quiser usar o banheiro, os professores apressaram a construção de alguns — disse ele apontando com sua pena para uma porta entre as escadarias dos dormitórios. Luiza não percebera que sequer havia uma porta ali.

   — Obrigada, Félix.

   — Disponha — ele voltou sua atenção para os livros.

   Era uma pequena porta, apenas caberia uma pessoa ali, pensou ela. Abriu a mesma e viu um cômodo não muito grande, mas um pouco maior do que esperava. Haviam duas portas que diziam "feminino" e "masculino", então entrou na primeira porta e viu que o lugar era ainda maior, com cabines para os sanitários, pias e o que pareciam chuveiros mais ao fundo.