flower boy | minsung

" 🌺｡ﾟ🍥 " | rosas

Minho segurava o bilhetinho dobrado em um quadrado perfeito nas mãos, enquanto admirava a flor que tinha recebido, curioso para saber qual era o nome daquela e o que significaria, mas com medo demais de finalmente descobrir quem estava por trás de todas as mensagens de amor e quem era o responsável por fazer o coração do Lee bater um pouco mais rápido do que o normal.

Ele olhou para os dois lados apenas para garantir que não havia ninguém por perto, não queria que o vissem surtando que nem um maluco quando lesse o nome tão esperado no final do bilhete. Respirou fundo, prendeu a respiração por uns cinco segundos e com toda a força de sua curiosidade desdobrou o pedaço de papel sem muita pressa. Leu a primeira linha, depois a segunda, a terceira, tudo com muita calma e sem pular uma sequer palavra. E chegou lá.

Han Jisung. O Lee precisou reler aquele nome pelo menos umas dez vezes até realmente acreditar naquilo. Ele estava tão perto esse tempo todo, sempre o cumprimentava quando entrava na sala porque o garoto fazia parte de seu grupo de amigos. Como não percebeu antes? Como ele foi o único que nem chegou a passar perto de sua cabeça? Era tão óbvio.

Minho gritou internamente, guardou o bilhete no bolso e a flor de volta no armário, no copinho de água que ele já havia levado especialmente para ela. Se encostou por um tempo na parede e precisou inspirar e expirar algumas vezes até criar coragem para andar em direção à sala de aula. O que ele faria? Jisung estaria lá. Falaria com ele de uma vez ou esperaria que estivessem a sós?

Sua dúvida acabou quando entrou na sala e não viu o garoto no lugar de sempre. Claro que ele não viria, era tímido demais para isso. Mas Minho não podia esperar até o dia seguinte para se encontrar com o menor e finalmente poderem ficar juntos. E não faria mal matar apenas um dia de aula, não é?

-Bang Chan, eu sei que você sabe, onde está o Jisung?-O Lee parecia extremamente desesperado e fez o mais velho dar risada, esse era o amigo em comum que os dois tinham, Minho também não sabe como não percebeu antes, era só pensar um pouco. -Fala logo. Não adianta mais fingir, eu já sei que é ele. Me diz onde eu posso o encontrar, por favor.

-Calma, eu vou te falar. -Os outros garotos olharam curiosos para os dois, na verdade a sala toda parou para prestar atenção no escandaloso do Minho. -Está na floricultura com a mãe dele, mas não sei se deveria ir até lá, porque...

-Claro que eu vou. Qual é?

-Minho, presta atenção, se você for lá e ele não quiser...

-Me diz onde infernos fica essa floricultura.

-Aish, se der errado não diz que eu não te avisei. Vou te passar o endereço por mensagem.

-Já deveria ter passado. Anda.

Minho saiu correndo da sala de aula para não ser pego pelo professor, o portão de entrada ainda estava aberto então foi fácil sair, enrolou um pouco na frente do colégio e esperou seu celular apitar indicando o endereço da floricultura que ele tanto esperava. Olhou novamente o aparelho depois que recebeu a mensagem e quase morreu ao saber que era a floricultura que ficava no seu bairro, Jisung estava lá todos os dias e ele nem sequer reparou?

Se o garoto corresse conseguiria chegar lá pelo menos em uns vinte minutos, já que o próximo ônibus levaria no mínimo trinta minutos para chegar valia mais a pena se ele corresse um pouco, até o ajudaria a sair um pouco da sua vida de sedentarismo. Ele respirou bem fundo, fechou os olhos e se preparou para começar a correr. Em menos de cinco minutos teve que fazer uma pausa para descansar, o que acabou o atrasando mais um pouco. Porém lá estava ele meia hora depois de corrida e suor.

Encanto das Flores, o letreiro na cor verde era bem grande e visível para qualquer um que passasse ali, obviamente haviam flores logo na entrada do local e mais um mundo delas lá dentro. Minho já havia visitado a floricultura uns meses antes junto com sua mãe, que queria presentear sei lá quem com girassóis, segundo ela eram as flores para ajudar quem acaba de abrir um negócio, mas o garoto estava tão entediado e frustrado que nem reparou no par de olhos o encarando atrás do balcão.