XV Capítulo

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Qui, 3 de dezembro de 2020

Imagino-me deitada, sobre as ervas frescas de um campo, numa noite escura, onde a única luz é a das estrelas.
Fico assim durante um tempo, a respirar fundo calmamente, apenas com o piar de corujas lá ao longe na floresta.
Olho para o céu e percebo o quanto sou insignificante, talvez como uma migalha no meio de um campo de futebol.
Nessa imensidão infinita, onde não há espaço para tristeza, onde os problemas ficam à porta, onde a felicidade tem sempre lugar.
Os meus olhos dirigem-se ao céu, porque não querem olhar em frente. Não querem ver o mundo onde vivemos, rodeado de tristeza e injustiça.
Preferem refugiar-se na harmonia que permanece a milhões de anos-luz, enquanto que se tentam convencer de que tudo ficará diferente.
Respiro fundo... e as corujas deixam de piar. Levanto-me para ir para casa e, aos poucos, toda aquela imensidão abre as portas à tristeza.
Porquê? Não sei.
Todos temos dias assim.
Mas também é verdade que, todos temos dentro de nós um pedacinho de infinito.
-" Há infinitos maiores do que outros" -A culpa é das estrelas

XOXO

Kinda Crazy - teen's diaryOnde histórias criam vida. Descubra agora