》Dean Meyer- P.O.V《
É simplesmente perturbador pensar no quão a sua vida pode desmoronar de uma hora para a outra. Há exatamente oito meses atrás, eu estava em casa com meus pais e meus dois irmãos, vivendo os desafios da vida como um adolescente comum, não fazia nada pelas boas condições dos meus pais e por não saber o que eu queria para a minha vida, o único que eu fazia era curtir, ir para festas, fazer amigos... Foi estão que eu conheci Vicent Hernandez, meu atual namorado.
Eu nunca tive dúvidas em questão da minha sexualidade, sempre reparei mais em meninos do que em meninas, confesso que me forcei a ser heterossexual, o que os meus pais pensariam disso? Mas infelizmente não consegui fugir do que eu sou de verdade e sempre me escondi, temendo o julgamendo da sociedade, isso até conhecer Vicent. Ele me deu confiança, amor, me trouxe alegria e me fez apaixonar por ele ao ponto de querer assumir um relacionamento sério.
Quem me dera poder ter sido alertado naquela época sobre o que eu teria que passar quando resolvi chegar aos meus pais e dizer "Eu sou gay e esse aqui é o meu namorado, Vicent". Creio que nunca fui tão maltratado e humilhado em toda a minha vida, meu pai só não bateu em mim porque Vicent não deixou, naquele dia eles me disseram coisas horriveis, me deserdaram e me expulsaram de casa com apenas as roupas do corpo.
Vicent não me abandonou em um momento como aquele, ele me ofereceu carinho, abrigo, amor, ele foi simplesmente tudo para mim, ele é tudo para mim! Não sei nem explicar o quão o meu namorado é incrível, estamos morando juntos há oito meses e namorando há nove.
Logo quando me recuperei do sofrimento que passei com meus pais, arrumei um trabalho, eu não podia e nem queria ser dependente de Vicent, eu me sentia inútil e o trabalho me ajudou muito nisso. Era começo de ano, eu prestei vestibular em diversas faculdades e consegui passar em uma, pelo menos a inteligência não me falta. Fiz a primeira coisa que me veio em mente: direito. Serei advogado e denfenderei o meu cliente com o máximo de dedicação que puder.
Hoje é apenas mais um dia cansativo da minha rotina, estou retornando do meu trabalho, apressado porque não tenho muito tempo para ir à faculdade. Para "ajudar", chove muito, estou tão molhado e com frio, que mesmo após um banho quente, continuo tremendo.
Já trocado, estava arrumando meus cabelos, quando Vicent entrou no quarto com sua maleta e roupa social, acabou de chegar do seu consultório, ele é psiquiatra e, sem querer puxar saco, é um dos melhores que conheço.— Oi, amor, como foi o seu dia? Tudo bem? — o recebi com um sorriso contente, este caminhou até a cama, tirando a gravata e seus óculos.
— Foi tudo ótimo. Vou jantar com alguns amigos do trabalho hoje, vamos comemorar o desenvolvimento da nossa clínica, não me espere acordado, ok? — caminhou para o banheiro e foi tirando suas roupas com a porta aberta, eu parei de me arrumar.
— Tudo bem, você vai indo agora? Eu queria uma carona para faculdade. — me sento na cama, o mesmo já estava dentro do box com o chuveiro ligado e acho que não me escutou, pois não respondeu, então fiquei mexendo no celular enquanto espero.
Estava tudo bem até que comecei a espirrar sem parar. Que merda é essa?
— Saúde! Você tinha falado alguma coisa? — Vicent saindo do banho com uma toalha na cintura.
Que homem maravilhoso eu tenho como namorado! Vicent é bem musculoso, seu rosto é quadrado e sua barba bem feita, ele é sete anos mais velho que eu, ou seja, tem 29 anos.
— Eu queria uma carona para faculdade! — me levanto, caminhando até ele que vestia uma calça jeans clara.
— Por que não vai com a minha moto? Pode ir, eu vou demorar um pouco ainda e você vai se atrasar!
— Eu queria que você me levasse, está frio para andar de moto, amor! — abraço ele todo manhoso por trás antes que ele colocasse uma camisa.
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Três Formas Diferentes De Amar
RomanceDean Meyer, um jovem de 22 anos e estudante de direito que, após ser expulso de sua casa ao assumir sua sexualidade, passou a morar com seu namorado, Vicent Hernandez que, por sua vez, é bem sucedido em sua carreira como psiquiatra. Não bastass...