Capítulo IV - A profecia

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After Winter
Por tommosassy
Fairytale/mpreg



AU para para o projeto dezdrarry

O príncipe fada observa de joelhos, sob a camada transparente de gelo através da barreira mágica, se sentindo aliviado por saber que o Harry estava seguro. Lágrimas escorriam por suas bochechas pálidas ao ouvir o som dos cascos dos cavalos em contato com a terra, pensou em voar, mas suas asas não funcionavam, e tudo que fez foi esperar o seu destino com o coração acelerado, ao ponto de não sentir que ele estava partido.

— Achou mesmo que eu deixaria você fugir, estrelinha. — Levantou o rosto ao ouvir a voz do rei Lucius que o encarava superior e os lábios esboçavam um sorriso de divertimento.

— Minhas asas — o loiro sussurrou ao se dar conta do que o pai tinha feito.

— Estão encantadas por um tempo — o rei respondeu um pouco chateado. — Achei que atrasaria você e o humano.

— Ele está a salvo agora. — O loiro sorri vitorioso.

— Eu não me importo com ele. — O pai do Draco sorriu soprado. — Vamos para casa! — ordenou.

— O que? — O garoto olhou para o homem mais velho esboçando uma expressão confusa.

— Você vai fingir que isso não aconteceu — o Lucius explicou ao filho. — Você se casa com quem eu escolher e tudo está resolvido — afirmou.

— Não — o príncipe falou convicto.

— Não? — O rei negou com a cabeça se divertindo com aquela situação. — Você me faz tomar as decisões mais difíceis — suspira. — Coloquem ele no cavalo com cuidado — ordena a um dos guardas.

— Pai! — o garoto loiro reclama ao ter seus braços agarrados por um soldado do exército real.

— É para o seu bem, estrelinha. — Acariciou os cabelos do filho antes que ele fosse colocado em um dos cavalos contra sua própria vontade.

O príncipe Draco estava preso numa gaiola de vidro e ouro. Era assim que ele se sentia depois de ser levado ao palácio e trancado em seu quarto. As barreiras mágicas impediam que ele pisasse fora do castelo, nem sequer para ir às aulas. Os pais do loiro garantiram que o mestre Snape ministrasse aulas particulares para ele.

O pior para o garoto fada não era ver os dias passando através das grandes janelas do quarto. Era ouvir escondido seus pais procurarem alguém para casar com ele. Os governantes de Fairy foram envergonhados em frente ao povo e agora eles queriam o acordo mais vantajoso para reparar aquela situação.

A sorte do príncipe era que os criados acreditavam na velha profecia e faziam de tudo para que ele estivesse bem, principalmente, quando começaram a notar algumas mudanças que passaram despercebidas pelo garoto, mas logo seus pais iriam descobrir.

— Ainda deitado. — A Madame Pomfrey, governanta do palácio, observou ao entrar nos aposentos do príncipe no meio da tarde. — E mal tocou na comida.

— Não me sinto bem, Pompy — reclamou o garoto, sem drama dessa vez. — Não consigo comer nada sem colocar para fora e me sinto cansado o tempo inteiro. — Não era como das vezes que ele queria fugir das aulas.

— O que será que você tem, meu menino? — Tocou a testa pálida do príncipe com a palma da mão procurando sinal de febre. Reparou os olhos cinzentos cada vez mais prateados e sua pele perdendo o brilho que costumava ter.

After Winter (Drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora