Quando há quase nove meses, Maria Eduarda, descobriu que estava grávida de seu noivo e talvez, depois de tantos anos o enrolando, pudesse o chamar de marido, Júnior, em momento algum achou que estaria tão ansiosa, igual está nesse momento. Claro que ela sabia que a ansiedade daria as caras quando estivesse chegando perto de concluir os nove meses. Deveria ela saber as exatas semanas iguais todas as mães em seu redor? Não importa. O que importa é que a ansiedade é mais intensa do que ela achou que seria e toda vez que abre a porta do quarto, que ela fez questão de organizar sozinha, com a ajuda de sua afilhada, Jade, sente vontade de adiantar as semanas para enfim, finalmente, poder pegar a sua primeira filha no colo.
Abre o armário de roupa da cor branca e sorri passando as mãos por algumas roupas minúsculas que estão penduradas em cabides e sorri. Finalmente vai poder vestir sua filha como a princesa que ela vai ser e como uma boneca. Os sapatos de marcas variadas mas que ela gosta estão organizados por cor. Maria Eduarda sente a filha chutando e não ver a hora de dali alguns meses usar todas as combinações que pensou. E ela perdeu as contas de quantas foram.
Sempre gostou de crianças e por muito tempo sonhou em ter um quarto com o cheiro agradável e doce dos perfumes infantis. E agora ela tem, no quarto de sua filha, uma gaveta enorme, recheada desses perfumes que ela ama. Maria ri com a ideia de que havia se tornado uma boba. Porém, ela nunca disse que não seria, talvez, apenas não se lembra disso, não é algo que importa agora. Isso é algo que ela pode mudar.
Maria se senta na poltrona branca e fecha os olhos. Estava proibida de fazer quase tudo. Isso inclui andar pela enorme casa quando estava entediada. Junior havia praticamente implorado para que ela evitasse circular pela casa depois dela ter passada mal algumas semanas atrás mesmo que optasse por descer de elevador. Se fosse em outro momento ela negaria só para deixar o noivo irritado mas ele pediu com tanto afeto e preocupação que ela resolveu acatar.
— Finalmente eu te achei! – o camisa dez do Paris Saint-Germain exclama enquanto entra no quarto.
— Não existem muitos lugares que eu possa ir. – Maria exclama enquanto empurra a poltrona para poder deitar.
— Para de reclamar disso porque meu sonho é poder ficar em casa junto com você. – fala enquanto se senta com ela e a beija.
— E meu sonho é essa garota nascer logo. – diz enquanto se aconchega nos braços do marido. Noivo. Amor da sua vida. Ou todos os apelidos referentes a ele.
Junior admite que a noiva ficou mais reclamona no final da gestação. Principalmente quando fora proibida de viajar , ele admite que perdeu a conta de quantas vezes ela reclamou de saudades de Jade e até mesmo de Thiago, mas claro, não ficou entediada o suficiente para falar que está com saudades dos pais das crianças, isso não. O tédio não é tanto assim. Não que ela fosse admitir em voz alta se sentisse tanta falta dos amigos assim.
— 'Tá pensando no que, nena, em mim, ou na Gaia? – questiona enquanto passa o dedo indicador pelo braço dela. – agora que reparei que você 'tá sem óculos.
— E sem calcinha e sutiã porque estão apertados mas você não repara nisso mais e também usando sua camisa do seu clube. – rola os olhos enquanto se levanta. – Neymar eu acho que vou dormir.
— Maria Eduarda, pelo amor de Deus, você ficou brava com isso, cara? – exclama enquanto ri da noiva. – vida, eu quero ficar com você, juntinho, quietinho.
— Realmente estou cansada hoje e nem esse apelido me convence a ficar mais nessa poltrona apertadinha com você. – ela beija rapidamente os lábios do noivo. – te amo, vida, falta pouco pra nossa princesa nascer, vou poder voltar ao normal.
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Best Part
FanfictionOnde Neymar percebe que por mais que se sentisse completo, com Maria ele transborda de amor.