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Já passava da meia-noite e não havia nenhum sinal de Charles, meu marido e de Claire, nossa filha. O imenso castelo, ou melhor o Instituto em que vivemos estava com um terço dos alunos que costumamos abrigar, os outros alunos estavam em casa, com seus pais, aproveitando as férias de verão.
"Charles Francis Xavier, onde você está?" — o chamei mentalmente.
Não era do feitio de Charles sumir à noite. Algo estava ocorrendo e eu não podia contar com a ajuda de ninguém, a maioria estava no décimo quinto sono agora e eu não me atreveria a acordá-los.
Droga, era para Charles estar ao meu lado, dormindo, em nossa cama. E não fazendo sabe-se-lá-o-quê no meio da noite.
Vasculhei todos os corredores, salas de aulas e nada. Até mesmo a Sala de Perigo, eu verifiquei. Seja o que for que Charles e Claire estiverem fazendo, eu iria descobrir.
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O barulho de algo caindo na cozinha chamou minha atenção. Era um dos último lugares que eu ainda não havia olhado. Havia a garagem, mas nenhum dos dois sairia de carro. Charles não dirigia a anos e Claire não sabia dirigir
Sorte a nossa que Claire não podia se teletransportar como Kurt, pensei.
Praticamente voei escada a baixo e segui pelo corredor lateral com o coração na mão, temendo o que poderia encontrar.
― Filha, você não pode mais fazer isso. ― era a voz de Charles, mais suave possível.
― Ela nem vai saber, pai. ― retrucou Claire.
― Não subestime sua mãe, Claire. Ela sempre sabe de tudo.
Ao adentrar no cômodo, quase tive uma ataque no coração ao ver Claire coberta de farinha e o chão igualmente sujo. Seu pijama azul do Scooby Doo estava mais branco que o cabelo de sua bisavó Susana e todo o entorno estava igualmente branco.
― Charles? Claire? ― os chamei, os surpreendendo.
― Oi, mamãe.
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― O que vocês fizeram aqui? ― indaguei, furiosa. ― Claire, era para você está no seu quarto, dormindo. E não aqui, suja e coberta de farinha!
Encarei meu marido que parecia ter medo de me encarar.
― Você não tem nada para me contar, não Charles?
― Err...
― Foi culpa minha, mãe. Eu fiquei com fome e vim pegar alguns biscoitos, mas eu calculei mal e acabei derrubando o pote de farinha...
― E eu vim socorrer ela, Penny. ― finalizou Charles.
Olhei de Charles para Claire e depois me voltei para Charles, e declarei:
― Lugar de criança fujona é na cama. E você, Charles querido vai limpar a cozinha e você ― apontei para nossa filha. ― Vá para seu quarto, tome um banho e troque o pijama, e pelo bem de todos, durma.
Mais rápida que um raio, Claire saiu de nossas vistas e sumiu corredor a fora.
― Vai me ajudar? ― perguntou Charles, esperançoso.
― Não. Se vira, queridinho. ― soprei lhe um beijo e o deixei sozinho.
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➥ Talvez não tenha ficado do jeito que você queria, mas está ai.
