Capítulo 5 - Dor do passado

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- Mama! A Himawari quer comer minhas maçãs...

Quem é você? Onde eu estou?

Obviamente era um campo, com pequenas montanhas e uma grama verde cheia de flores.

- Por que o sol está brilhando tanto? - olho para a enorme estrela, mas seus raios ofuscava minha visão.

- Como assim mama? É verão! - uma pequena garotinha com olhos perolados e cabelos longo e escuros falava animada.

- Verão? - não estamos no outono, o que está acontecendo? - quem é você?

- Como assim mama? Sou eu sua filha - fala chegando perto, mas eu acabo me afastando - tá tudo bem?

- O que está acontecendo? - uma garotinha de olhos azuis e cabelos escuros e curtos chega.

- Himawari! - chego mais perto e abraço minha filha, então olho em seu rosto e suas marcas havia sumido - onde estão suas marcas? - toco em seu rosto mas estava liso, sem nenhum arranhão

- Mas que marcas mama? - ela olha confusa.

- A suas marcas Hima, suas marca no rosto! - falo meio alto.

- Mama está tudo bem? - a outra menina chega perto aos poucos - Himawari nunca teve marca alguma - ela toca em meus ombros.

- Quem é você? - essa garota, eu a vi em algum lugar, mas onde? - Hima quem é essa menina? Sua amiga?

- Mama essa é a Hikari, sua filha - ela olha confusa.

- Mas como? - vou para toca- la, quando falatava apenas um centímero a menina que está em minha frete vira fumaça, fico em choque olhando minha pequena desaparecer - Hikari! Hikari! Volte para mim! Por favor! - sento no chão chorando, não conseguia para, e a dor no meu peito só almentava - por favor! Meu raio de sol volte! Eu... eu...

- Hinata?! - uma voz grave ecoa atrás de mim, era familiar, poderia reconhecer em qualquer lugar, então viro o meu rosto em sua direção.

- Você... o que faz aqui?! O que fez com minha filha?! - tento me levantar mas acabo perdendo o equilíbrio e caio novamente em meio aos choros, então o homem chega mais perto.

- Sua filha? - ele me olhava com nojo ou era só o seu jeito de ser, nuca entendia aquele olhar ou qualquer outro - você... - ele abaixa e seguara meu rosto forte fazendo que eu o olhe encarando aqueles olhos azuis - você não merece ser chamada de mãe - solta o meu rosto.

Não pude aguentar as lágrimas, choro e choro naquele chão, e o homem continua a olhar despresivelmente para mim.

- Mama? - era a doce voz de Hikari, ou pelo menos a que eu imaginava que seria - mama? - a menina andava procurando pelos lados, mas ela não me via.

- Filha! - assim que ela escuta minha vóz ela para.

- Onde você está mama? - a pequena fala em meio ao choro - estou com medo, por que se esqueceu de mim?

- Me desculpe meu amor - também choro - eu nunca te esqueci.

- Então por que não vai me visitar? - ela senta no chão e abraça suas pernas - a senhora sempre levou flores e a Himawari, mas depois de um tempo vocês sumiram, eu... eu... - começa a soluçar - eu fiquei esperando e esperando, mas não vi sinal algum, e a Hima pensei que ela saberia de mim, mas até ela se esqueceu, estou tão sozinha.

- Meu amor - as lágrimas não parava de cair ‐ perdoe a mama, eu não fui mais te ver pois... pois... - exito mas logo sai o que estava preso em mim - pois não tive coragem, não tive coragem de contar para a Himawari, de ir te ver daquele jeito... eu queria ter te mostrado o mundo, ter visto seu primeiro paço, levado vocês no primeiro dia de aula, ter visto você brigar comigo por causa de um namoradinho eu queria tudo tudo mesmo, mas eu não pude - começo a engasagar, não sei o que estava acontecendo só que minha respiração começou a falhar.

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