"- Oh, ma chérie, já fui presenteado com jóias caras, acessórios refinados, perfumes de edições limitadas... Mas essa é a primeira vez que alguém me dá um poema."
Paris, 1925, no lugar mais apreciado de Montmartre, Taehyung era famoso pelas suas pe...
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"[...]Were almost passionate sometimes —
And by strange alchemy of brain
His pleasures always turn'd to pain —
His naivete to wild desire —
His wit to love — his wine to fire —
And so, being young and dipt in folly
I fell in love with melancholy [...]"
"[...] Eram quase apaixonantes às vezes —
E pela estranha alquimia do cérebro
Seus prazeres transformaram-se em dor —
De sua inocência até tornarem-se desejos selvagens
Sua sabedoria para o amar — seu vinho ateado fogo —
E por ser tão jovem e tão imerso na loucura
Eu me apaixonei pela melancolia [...]"
(Edgar Allan Poe, Romance, 1831)
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Taehyung acordou com um gosto amargo na boca, os olhos pesados e costas doendo. Aos poucos, lembrava-se de onde estava ao observar o quarto luxuoso e sentir seu corpo deitado sob lençóis chiques e brancos. Imaginou o quão ridículo provavelmente seu cabelo se encontrava, era uma característica sua dormir e perder toda a sua compostura elegante, mas tudo bem, afinal de contas, ele era só mais uma pessoa comum.
Agradeceu aos céus por estar sozinho na cama, mas ficou se perguntando onde estaria Edgar, o magnata que adorava ser extravagante e não se importar em ceder aos luxos de quem lhe seduzisse, e Taehyung, ou melhor... Vante, era uma de suas pessoas favoritas.
Levou mais alguns segundos até notar que seu corpo todo estava dolorido. Seu quadril latejava e suas pernas pareciam cansadas, como se ele tivesse subido a maior ladeira de Paris. Estava nu, então pegou o robe de seda dourada e o vestiu antes de levantar-se à contragosto. Prostrou-se de frente ao grande espelho que tinha no quarto e começou a observar o próprio reflexo abatido.
— Vamos ver os estragos feitos... — disse para si mesmo enquanto observava algumas manchas roxas no corpo, no pescoço e algumas no dorso. — Argh... Que merda. — Virou-se de costas e levantou o robe, expondo suas nádegas que ainda estavam um pouco marcadas também. — Que ódio. — Revirou os olhos.
