Obsessão, possessão, submissão.
Ao mudar para aquele novo lugar, não imaginaria que seria alvo da obsessão de alguém, ainda mais alguém tão insana. Disposta á tudo, ela faria até o impossível para tê-lo.
"Ele vai ser meu!".
*+:｡.｡ ｡.｡:+*
plá...
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RENGOKU
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Suspiro desconfortável enquanto rolo na cama. Já era quase uma da manhã e eu não consegui pregar os olhos. A sensação de estar sendo observado me sufocava. Abro os olhos e me levanto. Visto um conjunto moletom e saio do quarto de fininho, fui até a entrada, calcei um par de tênis e saí de mansinho pra caminhar.
A noite estava gelada e silenciosa, havia dado uma chuva forte no início da tarde e acabara agora à pouco, então as ruas ainda estavam úmidas, me trazendo o conforto do aroma de terra molhada...finalmente um alívio.
Suspiro sentindo o ar frio entrando por minhas narinas. Estremeço mas continuo caminhando.
— Fazia tempo que eu fazia uma caminhada dessas... — sussurro abobado.
— Rengoku? — ouço a voz de Hoshi atrás de mim. Me viro, completamente surpreso.
— Hoshi?!
— Acordado e na rua, uma hora dessas?
— Eu que digo. — sorri fraco — Estou com insônia, e você? — falo enquanto ela se aproxima.
— Caminhada. Sempre faço nesse horário por causa da escola, mesmo nos fins de semana. — ela sorri e me estende sua garrafa — Quer um pouco? — oferece e eu fico curioso.
— Aceito! O quê é?
— Suco de laranja. Só costumo tomar água quando faço caminhada pelo dia, quando vou de madrugada, tomo vitamina C.
— Hmmm! — dei um bom gole. — Bem docinho!
— Né? — ela ri e eu a entrego a garrafa de volta. — Quer dar uma caminhada comigo? Eu já tava voltando, mas posso dar mais uma.
— Te acompanho até sua casa! — sorri gentil.
— Mesmo?
— Uhum!
— Vamos, então. — ela sorri e sai andando na frente.
Fico ao lado dela, me deixando ser guiado. Em meio a caminhada, comecei a me sentir mole e sonolento. Balanço a cabeça, espantando o cansaço repentino. Quando chegamos em sua casa, ela disse algo, mas parecia um eco distante.
— Ren...está...ei...bem...? — ela me olha preocupada, com a mão em meu ombro.
— Eu não sei...tô meio tonto...posso entrar e beber uma água?
