Amanaci passara as últimas horas pensando nos seus próximos passos para aterrorizar àqueles que a machucaram tanto.Ela estava obcecada por sua vingança sangrenta.
Ressurgir em forma transcendental e onisciente traria a Amanaci grandes responsabilidades mas ela sempre partilhara da opinião que se acovardar nunca seria uma opção vigente. Ela sempre encararia os problemas valentemente sem nunca hesitar.
— Cainã, precisa me ensinar o caminho até Piatã — Amanaci disse em tom de autoridade; no mesmo instante Amanaci teve a ideia perfeita de cada atalho da trilha até Piatã após Cainã ter considerado sobre o assunto.
— Para que explicar se você já sabe o caminho um segundo depois de eu pensar nela?
— Obrigada — Amanaci disse sem sorrir.
— Forasteiros, Banana! — Geovana levantou um cacho de bananas vistoso; maduro em sua maior parte.
— Ninguém está com fome aqui, geração Z — Cainã disse em tom irritadiço.
— E quando eu te ofereci alguma coisa? — Geovana disse em tom afetado.
— Piatã não vai querer recebê-la.
— Mas a você, sim. Vocês são próximos, né?
— Mas nós não somos e eu não vejo motivo para levar vocês até ele.
— Amanaci, eu sei que você consegue fazer isso sozinha.— Geovana disse.
— Careço que Cainã mostre-me o caminho por qual seguir.
— Eu sou um inútil para você, Amanaci. Me deixe ir.
— Você quer ir? Vá. — o rosto de Cainã se iluminou, a única coisa que ele fez foi correr desvairadamente não demorou muito para Cainã voltar perdido e tristonho, embora ele conhecesse todas as rotas da floresta e atalhos para voltar à aldeia preferiu voltar para o lugar onde nunca devia ter saído. Ele teria mais chance de vencer a batalha contra Jurupari caso estivesse com Amanaci a qual era superdotada.
— Ainda aqui, Cainã? — Amanaci perguntou-lhe em tom atrevido.
— Sim, decidi te ajudar.
— Fico feliz que tenha tomado tal decisão. — Amanaci disse tentando esconder o sorriso brincalhão que insistia em escapar. — Seguiremos para o norte, haverá tempestade durante essa noite portanto a primeira local para nos mantermos secos, passaremos a noite lá.
— Não é inteligente fazer isso, prefiro ir pelo o Rio Paranoá. O Rio Paraopeba transborda facilmente — Cainã sugeriu.
— Tudo que nos leve até Piatã. — Amanaci concordou.
— Trabalho em equipe — Geovana ergueu os braços e comemorou. — Amore, pra quê trabalho em equipe? — Enquanto Amanaci pensava em uma resposta simplória, observou Cainã pensando em dois adolescentes com muito carinho.
— Cainã, pode me dizer em qual direção seguir?
— Claro, por aqui — Cainã indicou o caminho apontando com a mão esquerda, Amanaci reprimiu a curiosidade que tinha pelos pensamentos nevoados de Cainã porém continuou atenta a cada pensamento dele. — Geovana, como veio parar aqui? — ele perguntou docemente.
Cainã sabia que um traço da personalidade de Amanaci não iria permitir que ele a inundasse portanto preferiu ser discreto ao mostrar suas reais intenções.
— Foi em uma maldita excursão, eu não queria nem vir. Deveria ter ido no show da Billie Elish.
— Bill? Ash? — Amanaci perguntou confusa — É algo para comer... Industrializado?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amanaci - Deusa da Chuva
Proză scurtăAmanaci teve seus sonhos roubados logo quando criança, aos 9 anos foi forçada a trabalhar para Guaraci, o principal pajé da aldeia, Que se encantou pela menina amorosamente, apesar das várias demonstrações negativas de Amanaci, e acabou sendo brutal...