Capítulo Nove

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Estamos andando á dias desde que saimos da casa do lado do grupo de Charlie. Eu queria ter morto todo mundo, mas Daryl me impediu, dizendo que eu era ótima de arco, armas e facas mas que mesmo assim era louca e não calculava o perigo.
Assim que chegamos perto da nossa casa vejo fumaça. Aponto e Daryl fica olhando. Caminhamos até conseguir ver os muros e eu pulo em uma árvore, espreitando para o interior. Volto para junto de Daryl.
- Nada mas...
Puxo Daryl e paramos, olhando em frente completamente chocados. Aquela parte do muro foi destruida. O Celeiro ainda fumega, a casa toda quebrada. Tem sangue no chão, por toda a parte.
Caminho em frente, chocada com tudo aquilo e piso algo. Olho o chão e vejo um brinquedo da Judith, no meio de sangue. Não, penso. Continuo a caminhar, de arco na mão. Não tem ninguém ali.
Cadê meu grupo? Minha familia? Carl, Judith, Rick, Beth... Todos eles? Sinto vontade de chorar mas sei que não posso.
Daryl se aproxima de mim e tem na mão as cordas que prendiam os pulsos de Charlie.
- Fugiu, com toda a certeza. - Diz.
Olho para ele.
- Eu quero voltar lá. - Digo. - Quero matar todo mundo! Quero torturar todos eles!
- Malia...
Daryl me abraça, me apertando forte e é ai que começo a chorar.

Me recusei a sair dali e sentei nas escadas, olhando toda aquela destruição enquanto Daryl foi dar uma olhada.
Ele senta do meu lado.
- Tem marca de carro lá nos fundos, e o portão está aberto.
- Podem ter sido os idiotas que entraram aqui.
- Malia, quem foi, estava saindo.
Levanto e coloco as mãos na cabeça.
- Odeio esse mundo! - Grito. - Odeio errantes! Odeio grupinhos que só sabem matar a familia dos outros! Odeio o Charlie! Odeio o Jim! Odeio o curso de medicina que me impediu de ficar na fazenda o tempo todo! Odeio agentes infiltrados! Odeio tudo! - Respiro fundo. Mais calma.
Sinto uma mão no meu ombro e me volto, vendo Daryl, mas tem algo estranho.
- Quem é Jim? Agentes infiltrados?
Mexo no cabelo e depois encaro Daryl.
- Tem algo que não contei pra você...  - Mordo meu lábio. - A razão de eu ser assim, de fazer tudo o que sei fazer... Fui ensinada por um agente infiltrado, dessas coisas de espionagens aí... Ele foi despedido e virou assassino profissional, era chamado por várias pessoas para fazer coisas que elas não podiam. - Mordi minha lingua. - Ele... Me treinou desde os cinco anos.... Daryl, eu fui treinada para ser uma assassina.
Daryl me olhava.
- O quê?

A História de Malia Mason - 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora