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Pedir ajuda

"Merda, merda, merda cacete!"

"Hyung!!!" - Jisung choramingou. Não reprimindo Renjun pelo palavreado, mas externando seu estado interior: completamente perdido.

Haechan tinha trancado o carro, num ato de autoproteção e preocupação para com o grupo, antes de respirar fundo três vezes. Jaemin estava estático, totalmente atônito. Jeno piscava sem parar, enquanto Chenle e Renjun falavam tanto e tão alto que as vozes se confundiam numa cacofonia desesperadora. E Minhyung olhou para o namorado, como que tentando entender o motivo do Fullsun tê-los confinado ali.

A verdade era que Donghyuck estava morrendo de medo do velho aparecer na janela de repente, querendo não olhar para lá, mas tendo seus olhos vacilando e a mente lhe traindo o tempo inteiro.

"Vamos pedir ajuda" - disse com mãos trêmulas, tentando passar uma calma que não refletia como realmente se sentia. Mas a fala funcionou para fazer o canadense engolir em seco, recobrando a postura, e pegar o celular de forma apressada.

"Gente!" - o líder chamou, sério - "Vamo tentar ligar para os hyungs e eu e Hyuck tentar os managers, ok?"

Mais que prontamente, Haechan, Chenle e Jeno obedeceram o pedido, enquanto o Huang gritou de volta:

"Você acha que eu tô fazendo o que?! Tá sem sinal!"

Claro.

Os outros garotos confirmaram o fato ao olhar para os próprios aparelhos, que pareciam uma imagem torturante de impotência naquele momento.

"Vamo tentar lá fora"

Sob a sugestão de Jeno, ambos os maknaes se encolheram. Toda a animação de Chenle tinha se substituído por uma fragilidade que costumava ficar bem, bem escondida. Só não estava chorando porque estava com seus hyungs, se sentindo seguro ali de vido às memórias em um lugar inconsciente de seu cérebro.

"Eu vou com você" - Mark disse, fazendo um contato visual significativo com Haechan, como que lhe afirmando que ficaria tudo bem e que o Fullsun deveria cuidar dos que ficariam na van. Então abriu a porta e saíram.

Os respingos finos não eram o problema, e sim o fato de o vento fazê-los parecer cair muito de lado, se misturando de forma a deixar a visão embaçada.

Andaram um pouco, tomando o cuidado de não se afastarem demais da van em que vieram, mas a estrada parecia estar deserta. Os únicos ocupantes eram eles próprios, a grama molhada e o som das gotas atingindo a folhagem das árvores que ocupavam o terreno que cercava os dois lados do asfalto.

"Tá vendo alguém?" - Minhyung perguntou, girando para verificar que tinha olhado para todos os lados, um tanto temeroso do que podia aparecer de repente em seu campo de visão.

"Nada"

Assim que a palavra saiu da boca do Lee mais novo, escutaram passos.

Os garotos travaram no lugar, se aproximando mais um do outro por instinto. Seus punhos estavam fechados, lamentando-se por estarem vazios, sem nada para se defender.

E então uma silhueta apareceu, se acercando deles.

Ouviram cochichos exasperados, como uma discussão, e o que era uma forma humana acabou por serem duas, altas demais, intimidadoras demais.

Permaneceram completamente calados, como se o fato de não se moverem pudesse fazer quem quer que fosse ir embora.

Não fez, entretanto.

"Tem alguém ali!" - uma das vozes disse, antes dos passos se apressarem.

E os rapazes soltaram a respiração forte, emitindo sem querer grunhidos esganiçados.

Estavam aliviados, porque conheciam aquela voz.

"Mark? Jeno?"

Não responderam Johnny de imediato, entretanto, ambos ocupados demais em se recuperar da sensação de perigo eminente.

"Oi, hyung" - foi o Lee mais novo que disse, num sorriso fraco.

"Nem preciso perguntar, aposto que foi a mesma coisa que fizeram com a gente" - O americano falou, torcendo os lábios.

"Os dreamies tão todos bem?" - Sungchan perguntou ao aproximar-se, olhando-os de cima à baixo com preocupação.

Fizeram um sinal positivo com a cabeça, deixando-os mais tranquilos. Então, mexendo nas mãos nervosamente, o mais novo dali prosseguiu:

"É horrível isso ter acontecido gente, mas... se o carro de vocês também parou... O do WayV também deve estar por aqui"



































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