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▷ guardar o celular e voltar para a van ◁
O reencontro foi nada menos que caótico e, mais uma vez, o Dream viu a prova irrefutável de que nada na situação poderia ser realmente algo bom, ou algo normal planejado pelo tal programa de televisão.
Quando ninguém apareceu para ajudar com o machucado de Yangyang.
No momento que o carro do WayV tinha freado de repente e começado a girar, a posição que estava fez o garoto bater a cabeça na janela com tanta força que sangue agora lhe manchava os cabelos.
Por sorte, não havia sido nada profundo, apesar de incômodo. Ten logo havia passado água ali e limpado como podia, sob as reclamações constantes do maknae.
"Ok, isso não é brincadeira, isso é sério!! Cadê os staffs? Eles não deviam estar seguindo a gente?" - Xiaojun perguntava, ora roendo as unhas e ora bagunçando os cabelos, sem saber o que fazer.
Jeno olhou de relance para Mark e tocou-lhe o ombro, passando a mensagem de conforto mesmo em meio à situação difícil. E tomou a frente.
"Gente, nenhum staff vai vir." - disse, resoluto, fazendo todos o olharem.
Por alguns instantes, ouviam apenas o vento. Os que sabiam do ocorrido anterior sem ousar perguntar o porquê da fala ter sido feita com tanta vêemencia e os que não sabiam ficando calados pelo clima tenso que havia se instalado ali.
Então, com uma expressão cansada, Jeno suspirou fundo.
"Achamos um bilhete."
O anúncio foi o suficiente para todos o encararem atentos.
"Eu e Mark vimos enquanto procurávamos o WayV e... e eu imagino que seja melhor irmos decidir o que fazer todo mundo junto"
Taeyong tinha os braços cruzados e o rosto fechado, mas percebeu que o Lee o olhava, bem como os demais, como se esperassem que ele, enquanto líder, desse o aval.
"Vamos lá então"- disse, quase em derrota.
A partir daí andaram juntos, mas em silêncio, até onde os garotos mostravam que estaria o tal bilhete. Vira e mexe olhavam para trás e para os lados, jurando ter ouvido algo. Alguém.
Qualquer coisa.
Chenle buscava inutilmente algum sinal de câmeras olhando para cima, mas não conseguia distinguir nada além das irritantes copas das árvores e das folhas molhadas sob aquele véu cinzento que era o chuvisco fraco persistente.
"É melhor cobrir as bolsas embaixo de casacos. Não deixem molhar o lado de dentro. Vamos precisar." - Haechan anunciou de repente. Estava irritado e tudo o que queria era simplesmente cruzar os braços e ir batendo os pés em revolta até o maldito lugar que estavam indo.
Mas não podia se dar esse luxo. Sabia.
Assim, os membros seguiram seu conselho, tentando não parar de andar enquanto se ajeitavam.
O clima era digno de um enterro, se os perguntasse. Parecia que estavam indo em direção à morte. Ninguém queria dar as mãos, por mais que Jungwoo tivesse tentado. Ninguém queria conversar, por mais que Hendery tivesse perguntado baixinho o que estava acontecendo para Kun.
Ninguém queria estar ali.
E de repente ouviram um barulho alto de alto quebrando, que fez todos se sobressaltarem.
Renjun rapidamente empurrou quem estava perto de si para trás, assim como Ten, que foi quem agarrou o braço de Lucas com força antes que este fosse atingido.
Nenhum grito foi ouvido, entretanto, todos com as gargantas fechadas pelo susto e petrificados pelo medo enquanto tentavam entender o que era aquilo.
E respiraram aliviados só quando notaram que o galho de árvore que se partira não tinha caído em cima de ninguém por um triz.
"Mas que susto!" - Tail exclamou sem nem perceber, pondo a mão na altura do coração. O restante apenas engoliram em seco, compartilhando do sentimento.
"Vamos continuar, é logo ali na frente" - Mark chamou a atenção dos demais. Percebeu o olhar de Haechan sobre si também, mantendo o contato visual por alguns momentos, em uma conversa muda, antes de voltar a andar.
Minhyung sentiu seu estômago revirar ao se aproximarem da árvore que tinham achado. Aquela que tinha um inconfundível bilhete azul envolvido em plástico.
Igualzinho os que tinha recebido da última vez.
Vendo o canadense travar no lugar, Jeno passou por ele, retirando o papel do tronco e o lendo por um momento.
Sua expressão, infelizmente, não denunciava nada. Apenas quem estava perto pôde ver como o Lee travou o maxilar antes de Taeyong lhe estender a mão, como que pedindo para ver o que estava escrito.
O líder então passou e repassou os olhos pela mensagem, antes de erguê-los para os vários outros que lhe imploravam boas notícias.
Mas que não receberiam.
Tinha em suas mãos uma ordem. Uma que não lhe agradava nem um pouco.
Uma que pedia para que se dividissem e entrassem na mata.
