Ela tinha olhos e me escolheu.
— Otelo
Jonas foi para a cama sem reclamar. A ameaça de o Papai Noel não
aparecer é suficiente para fazer as crianças se enfiarem debaixo das
cobertas, e Jonas não era exceção. Ele escovou os dentes, vestiu o
pijama de boneco de neve e depois pendurou a meia nos pés da
cama antes de saltar para o colchão e fechar os olhos. Ele mesmo
recusou a oferta de Kitty para ler um livro. A véspera do Natal não
era rival para sua mente impaciente.
Ela esperou uma hora antes de entrar no quarto e encher sua
meia. Uma variedade de presentes, embrulhados com papéis
brilhantes, caía do alto de forma satisfatória. Mia e Everett podiam
falhar em muitas coisas, mas a generosidade não era uma delas.
Era quase meia-noite quando finalmente subiu as escadas para
seu quarto. O casal ainda não tinha chegado em casa. A neve tinha
começado a cair de novo, os flocos batendo no vidro da janela e
girando no feixe das luzes do lado de fora. Ela esperava que os dois
chegassem logo e que a neve não os impedisse. Que Jonas não
despertasse no dia de Natal para perceber que os pais não tiveram
escolha a não ser passar o dia em Washington.
Entrando no quarto, ela estendeu a mão para acender a luz.
Uma figura estava sentada em sua cama. Ela pulou, apertando o
peito com a palma da mão, os olhos arregalados.
Adam. Era Adam.
Respire, Kitty.
— O que você está fazendo aqui? — ela sussurrou. — Quase me
matou de susto.
— Quem você estava esperando, o Papai Noel? — Ele abriu um
sorriso largo. — Você demorou pra caramba, por sinal. Quase
cochilei.
— Eu estava ocupada — ela falou. — Tive que ter certeza de que
o Jonas estava dormindo para poder colocar os presentes na meia.
Ele ainda acredita em Papai Noel, você sabe.
Adam piscou.
— Você é um Papai Noel sexy pra caramba. Da próxima vez,
quem sabe você possa usar a roupa vermelha.
Ela levantou uma sobrancelha, gostando desse Adam
brincalhão.
— Você tem uma queda por velhinhos gordos?
Adam a agarrou, puxando-a para a cama com ele. Enrolando a
perna ao redor do quadril dela, ele a segurou.
— Eu tenho uma queda por você, baby. — Ele passou o nariz ao
longo da mandíbula de Kitty, pressionando os lábios em seu
pescoço. — Gorda, velha, não me importa. Só quero te abraçar.
Ela passou os dedos nos cabelos dele, abraçando-o.
— Essa pode ser a coisa mais legal que alguém me disse.
Os lábios de Adam se moveram contra o pescoço dela.
— Então você está falando com as pessoas erradas, linda.
Parecia errado todos os momentos que passava com outra
pessoa. Era como se os dois estivessem em um globo de neve —
droga, toda a família, se você quisesse —, apenas eles e seu mundo
de maravilhas do inverno, protegidos do mundo lá fora. Talvez
houvesse algo na necessidade de Adam recuar. Algo concentrado e
precioso. Ela não podia deixar de pensar que desejava que essa
bolha durasse para sempre.
— Você vai passar a noite aqui? — Era errado, ela sabia, mas a
ideia de ele ir embora parecia pior.
Seus lábios chegaram à clavícula. Beijando, mordiscando,
lambendo, ele fez da carne dela a sua própria.
— Não posso deixar o cachorro sozinho.
Droga, ela havia se esquecido do cachorrinho. Seria bom pensar
que ele não seria problema dela depois de amanhã, mas isso seria
mentira. Estava só começando.
— Então você simplesmente passou para dizer oi?
— Algo assim. — Ele alcançou o seio de Kitty. Desabotoando a
blusa, moveu os lábios para baixo até encontrar a borda da renda
do sutiã. — Eu precisava te ver.
Ela perdeu o fôlego enquanto ele puxava a taça para baixo, até
que seu seio estava exposto.
— Isso é bom.
Ele traçou uma linha quente com a língua. Pelo seio, ao redor
da aréola. Ela sentiu a pele formigar.
— É bom — ele concordou, a ponta da língua mal tocando seu
mamilo. — Muito bom. — Os lábios de Adam se fecharam ao
redor dela, sugando-a, e todas as palavras em que ela poderia
pensar escaparam da sua mente.
Quando ele pegou o outro mamilo entre o polegar e o dedo
indicador, o aperto a fez jogar o corpo para trás. Cada toque
enviava ondas de prazer. Cada mordida a fazia gemer suavemente.
— Eu quero te fazer gozar assim — ele sussurrou.
— Não tenho certeza de que consigo...
— Quero tentar. Um presente de Natal para mim. — Ele sorriu
contra seu peito. — Um presente contínuo.
Mas ela não estava dando, estava recebendo. Sugando prazer
dele centímetro por centímetro, até que seu corpo parecia estar
flutuando, vibrando, as células cantando uma música silenciosa
enquanto ele a beijava e a amava até que ela não era nada além das
sensações.
Um orgasmo a atravessou como um tornado, deixando a
devastação em seu rastro. Por um minuto seu corpo era uma
tempestade, então ela estava gozando. Cada vez mais forte e nos
braços dele.
Adam a segurou forte, os lábios macios contra os dela.
Experimentando o prazer de Kitty e o devolvendo. Seus músculos
relaxaram, exaustos, as pálpebras pesadas enquanto ela se curvava
em seu abraço.
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Um Amor de Inverno - As Irmãs Shakespeare Vol 02
RomancePode estar nevando lá fora, mas, em uma cabana de madeira no meio da floresta, as coisas estão definitivamente quentes... A estudante de cinema Kitty Shakespeare está determinada a aproveitar ao máximo seu novo emprego como babá. Pode não ser exatam...