Disobedience -(Satzu)

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Dentes escovados, pertences guardados, esmalte de unha esfregado, Tzuyu sentou-se na beira da cama com um pijama de algodão fino, observando uma pequena aranha rasteja pelo chão de seu quarto.

Enquanto ao redor dela as outras meninas em seu dormitório riem e brincam e se arrumam para dormir, ela tenta seriamente relembrar cada pedaço do diálogo trocado entre ela mesma e Sana.

Ela tinha ido longe demais - isso é óbvio. Foi olhando para a blusa dela ? Ou fazendo aquela estúpida piada sobre denunciá-la por pisar na linha?

Qualquer que seja a falha que provou ser a última, a disposição de Sana tinha feito uma rápida transição de cento e oitenta de um flerte casual a uma austeridade tensa em um piscar de olhos.

“Uck!” Ela sacode o pé descalço, jogando para longe a aranha,
Respondendo à sua declaração de repulsa, uma cabeça surge sobre o parede adjacente do quarto. Um corte indomável de cabelos curtos emoldura uma pele pálida, olhos castanhos brilhando de excitação juvenil ao ver uma nova amiga em potencial.

"Qual o seu nome?" A menina sorri, apoiando os cotovelos no parede divisória.

"Tzuyu."

"Eu sou Nayeon. Nay, se você quiser. "

A menina empurra a mão direita a parede. "Por que você parece triste? É a primeira vez fora de casa? "

Tzuyu balança a cabeça e a mão estendida.

"Eu acho que aborreci senhorita Minatozaki"

"Mas já?" Nayeon bufa. "Como você conseguiu isso?"

"Nem sempre penso antes de falar."

"Parabéns, você é uma adolescente." Nayeon ri com vontade. “Eu acredito que a nossa boa e velha Senhorita está bem acostumada com isso, no entanto. "

Ela olha por cima da parede do quarto nos pertences de Tzuyu, inclinando-se tanto para a frente que ela quase
cai. "De onde você é?"

"Taiwan."

“Caramba! Você está muito longe de casa! Mamãe e papai estão ansiosos para se livrar de você, não é?"

"Estão ansiosos para me colocar em forma"

"Ooh." Os olhos de Nayeon se arregalam. "Você é uma pessoa má?"

Tzuyu ri. “Sim, eu sou uma má influência. É melhor você ficar bem longe. Minha intolerância com as besteiras dos pais pode ser contagiosa. "

Encurtando a conversa, Sana retorna ao dormitório - como prometeu, em quinze minutos em ponto - seus braços cheios de livros. Ela começa no lado esquerdo da sala e desce a fila, verificando cada um, certificando-se de que tudo está em ordem antes de sinalizar sua aprovação com um aceno de cabeça e um boa noite.

Ela fala em inglês até chegar a uma estudante alemã de intercâmbio, então ela desliza perfeitamente para a primeira língua da garota e instrui ela para pendurar o uniforme da escola antes de ir dormir.

Depois, dois quartos abaixo, Sana encontra uma calcinha rosa rendada no meio do corredor. Ela o engancha na ponta do sapato e o pendura no ar.

"Sua?" Ela o oferece para a garota do quarto mais próximo.

A roupa íntima é rapidamente retirada.

Sana chega ao fim do corredor e desce o outro lado da sala, oferecendo apenas uma bronca por algum  esmalte de unha derramado, expressando grave desaprovação por a bagunça não ter sido limpa.