O que o mundo seria, se tudo nele fosse construído, se a todo momento, a realidade fosse refeita, repensada e reeditada. As raças teriam chance de se readaptar, sobrescrever e reagir?
A criação e sua estrutura, mutáveis e fluidas, podem ser sentidas pelos mortais? qual a necessidade de uma mudança, se esta demora milênios para se consolidar, se seu mero movimento necessita de eras, onde os indivíduos ao menos sentem suas ondulações. Onde está guardado todo o conhecimento, e se existe, como este sobrevive a mudança estrutural da própria criação?
O entendimento que falta às raças, é a concepção de realidade, o que seriam os deuses e quais suas razões na criação.
O mundo se torna o que é, mas o que ele foi um dia? A realização do questionamento, possibilita a conclusão da ideia proposta pelos deuses, a descoberta do universo.
A particularidade da realidade vem de sua criação, de seus criadores.
O mundo, em sua criação, pensado e estruturado com seus sistemas mutáveis, unificado e reestruturado, perpetua a maior de todas as mentiras, a concepção de que a força, o poder, pode ser herdado.
Todos sabemos, a força é merecida, conquistada e usurpada, a concepção de herdeiros, interrompe a corrida pelo poder, a conquista e a bravura.
O mundo tende a permanecer estático, suas mudanças, predominantemente no movimento das sociedades, a mudança estrutural de como o mundo funciona, seus sistemas e sua física, imutáveis pelos milênios, moldáveis no esquecimento.
A realização da construção do mundo, mesmo que bela e enigmática, pode ser atribuída a concepção de divindade, de entidades atribuídas aos respectivos aspectos do próprio mundo.
O multiverso, mesmo que atribuído a uma entidade brilhante, não pode ser desvinculada de suas divindades, fundadores de suas raças e criadores da proposta universal de desenvolvimento de poder, o sistema de espíritos, profissões e principalmente, hierarquia funcional, onde o poder rege a vida e o mundo deve se impor sobre o indivíduo.
O que um ser nascido com uma lâmina pode aprender, unicamente habilidades de corte? um elemento? ou a estrutura única do funcionamento do mundo? Qual seria o mais poderoso, o Espírito Alpha, Progenitor ou qualquer nome que ele tenha pelos mundos.
Pensamos que o mundo pode ser identificado pela prerrogativa do indivíduo, de seu saber, mas qual seria possibilidade de um intelecto vencer uma bomba? qual capacidade um estrategista teria na frente do maior usuário de chamas?
A concepção de divindade, algo que sobrepõe a necessidade mortal, falha quando idealizamos o "ser perfeito", o que seriam necessidades mortais e como as classificaríamos, o que uma existência, o ser, precisaria ter, ou abandonar, para ser classificados como divindades.
A divinificacção de um ser, possível pela ascensão, abominada por parte do panteão, nada se iguala a eles, então por que algo pode chegar aos seus pés? A ascensão nada mais é que a resposta da vida para a divindade, se algo é divino por nascença, então tudo pode se tornar, basta subir ao palco da divinificação.
O que o ser perfeito pode demonstrar quando identificado sua falha, sua incapacidade de identificar a mortalidade como um dom, como um fundamento da passagem do tempo e sua necessidade de apreciação.
O mundo criado a sua maneira, permite a ascensão e a queda, assim a vida possibilita sua interação. A vida sempre em suas nuances, permitindo ao indivíduo, transpassar a mortalidade, sua fraqueza estrutural, a forma da criação os diferenciar de seus criadores, assim contam os antigos, os que escutaram os deuses, suas vozes e proclamam serem seus condutores do reino acima, o reino divino.
À força reivindicada, torna o campeão, à arma de destruição e salvação, o destino escolherá qual destes será premiado com o poder que oprime um mortal, um semideus ou mesmo um deus, apenas depende do indivíduo ter vontade para conquistar aquilo que deseja, mesmo que tudo ao seu redor queime, junto com todos que o apoiam, à força vem com o sacrifício. Assim ensinam os antigos, aqueles que falam pelos deuses, ou deveriam falar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Tales about Worlds
FantasiaEm mundos criados e destruídos, alguém deve carregar o manto dado pelo Grande Deus, um de muitos.