P.O.V Collin Sugg.
— Ultimamente você tem estado bem fora do ar, Theo. — Comento ao ver o menino parado na porta da casa desde que chegamos.
— Uh? — Sorrio e me aproximo, beijando seu rosto.
— O que foi? — Passo os braços em volta de seu pescoço e ele ri, abraçando minha cintura.
— Nada importante. O que vamos fazer? — Ele finalmente sai da porta, andando lentamente comigo até a sala.
— Não sei. — Ele senta no sofá, me puxando para seu colo. — Não precisamos fazer algo, precisamos?
— Não vai ligar para o Eli? Ele já deve ter chegado. — Nego lentamente.
— É tardezinha, ele e o Sky devem estar fazendo algo juntos, já que teremos que sair amanhã. — Faço carinho em seu cabelo e deito a cabeça em seu ombro. — É, eu nem avisei, não é? Temos que aparecer lá pela manhã, quanta falta do que fazer. — Suspiro e ouço Theo rir.
— Já que estamos só nós dois, pode me explicar por que disse aquilo para o Eli?
— Aquilo o que?
— Sobre não sabermos quem é o que, na relação. — Olho para ele e sorrio.
— Isso realmente tem importância? — Theo nega com um sorriso convencido no rosto.
— Não, mas não respondemos, ele pensa que é você. — Balanço os ombros.
— Não seria incrível se ambos fossemos? — Deixo um beijo em seus lábios e levanto, indo para o quarto do garoto.
— Não, não seria. Estou feliz como estamos. — Theodore me segue e, quando ele entra no cômodo, eu o empurro de volta para a porta, porém fechando-a.
Faço o garoto encostar nela e sorrio para sua expressão surpresa e confusa.
— Tem certeza? Aliás, lembra quando eu disse ser um péssimo namorado? Eu não estava brincando. — Beijo seu pescoço exposto e o ouço rir.
— Eu sabia que esse rosto inocente era só fachada. — Ele murmura e eu ataco sua boca, impedindo-o de falar mais.
No momento em que Theo segura a barra de minha camisa, levantando o tecido, batidas na porta da frente soa, fazendo o garoto grunhir extremamente frustrado.
— O que foi, Bear? Qual o motivo da raiva? — Sorrio e o afasto da porta, saindo do quarto.
Vou para a sala e, assim que passo pelo sofá, meu telefone toca.
Pego o aparelho e atendo uma chamada de Elijah, seguindo meu caminho para atender a porta.— Ei, bebê. Algumas coisas aconteceram aqui e o Sky acabou de sair. Me avise se você o ver, tudo bem? — O garoto parece desesperado e eu fico confuso ao abrir a porta.
— É… ele está bem aqui. O que foi que aconteceu? — Dou espaço para Skyler passar e ele sorri, mesmo estando com uma decepção bem aparente.
— Se ele está aí, você poderia vir aqui? — Ouço um grito agudo no fundo me deixando preocupado.
— Theodore está no quarto, eu acho. O que aconteceu? — O moreno deitado despojado no sofá apenas nega.
— Vá lá, ele realmente precisa de sua ajuda. — O garoto murmura e volto minha atenção para meu amigo.
— Eli?
— Anda logo, Lin. Eu não sei o que fazer com essa coisa. — Um choro soa alto.
— Está bem. Bear, estou indo em casa. O Sky está aqui, entretenha ele. — Desligo a chamada e pego minha chave. — Sky, não o deixe ficar no quarto. — Saio da casa e caminho em passos apressados.
Leva menos de uma hora para eu chegar na minha casa, onde Elijah está aparentemente passando por uns problemas. Quando me aproximo da porta, o choro que ouvi pelo telefone se torna mais audível, juntamente com a voz desesperada de meu amigo.
— O que está… acontecendo… Eli… — Paraliso ao ver uma criança deitada em um carrinho de passeio e meu amigo ajoelhado ao lado do mesmo.
— Collin! Até que enfim. — Ele levanta e se aproxima. — Faz isso parar. — Ele aponta para a criança e eu me aproximo, mesmo estando confuso.
Pego o garotinho no colo, ninando-o cuidadosamente enquanto o mesmo continua chorando.
— Pode me explicar? — Balanço o bebê em meus braços e aos poucos seu choro cessa.
— Bem… na verdade eu não posso, porque nem eu sei o que isso significa. — O menino suspira aliviado ao ouvir o bebê parar definitivamente de chorar.
— De quem é a criança? — Ofereço meu dedo para que o menininho brinque e ele aceita, levando-o a boca. — Ei, isso não!
— Uma garota deixou ele aqui dizendo… ser… meu. Como pode ser meu? — Seguro a risada enquanto tento evitar que o pequeno suje meu dedo.
— Por que você aceitou a criança, então?
— Na verdade, ela o deixou e foi embora, enquanto eu tentava explicar ao Sky que eu estou tão confuso quanto ele. — O menino se deixa desabar no sofá. — Onde ele está, falando nisso?
— Na casa do Theo.
— Espero não ter atrapalhado nada. — Nego sorrindo, sem prestar atenção no meu amigo.
O bebezinho continua segurando meu dedo com suas pequenas mãozinhas e sorri, quando eu evito que ele o coloque na boca.
A risada doce do garoto soa quando eu acaricio levemente sua barriga.— Ele com certeza não é seu, Eli. — Murmuro balançando-o levemente. — O que vai fazer? — Olho para o garoto e me surpreendo ao vê-lo sorrindo. — O que foi?
— Você realmente parece bem, agora. Onde aprendeu a cuidar de crianças? — Reviro os olhos para o garoto.
— Você não lembra que a Ani sempre quis um filho? Ela queria adotar uma criança desde que descobriram que o Matheus não pode ter filhos próprios. — Percebo que o bebê começou a fechar os olhos. — Então, eu sempre ia com ela em orfanatos e passamos um tempo num local só com nenéns, ela precisava aprender sobre vários nenéns diferentes.
— E você não teve medo de pegá-los no colo, derrubar ou algo assim? — Seguro minha intensa vontade de rir para não acordar a criança que acabou de dormir.
— Na verdade, não. Bebês são frágeis e podem ser facilmente machucados, mas é como tocar em uma borboleta. Ninguém toca em borboletas de maneira agressiva, certo? — Meu amigo assente concordando e eu coloco o menino de volta no carrinho.
— E agora?
— Eu quem te pergunto, o que fará agora? Essa criança pode ser sua, como pode não ser. Para nossa sorte, teste de dna existe. — Sorrio quando Elijah tapa a boca para abafar seu grito.
— Ele não é meu.
— Certo, certo. Mas está em nossa casa, ou seja, vamos ter que cuidar até provarmos isso. — Sento ao seu lado e pego meu celular. — Mas espera aí, quem é a mãe? Você lembra quem foi que trouxe? — O menino nega e balança os ombros. — Elijah!
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I Found Myself in You
Teen FictionQuando Collin começa a fazer parte de um grupo de universitários amigos de seu melhor amigo, ele se vê muito próximo de um deles. Ele só não imaginava que sua mente seria tão bagunçada por um único garoto. Iniciada: 15/11/20 Finalizada: 24/02/21