All that jazz

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Hey gente, recadinho aqui:

Vi que deixei os leitores confusos sobre o motivo do Jeon não ter sido citado no prólogo, as teorias correram soltas até 👁👄👁
Mas eu não ter falado dele ou dos demais personagens foi completamente proposital, já que não queria dar um spoiler do final logo no começo, onde todo mundo está hoje em dia será algo contado só lá na frente
Não se preocupem, o JK de 2020 está bem huahsuahsuas e o Jiminie não é alguém solitário, ele apenas teve motivos para ter que estar sozinho durante a quarentena 

Boa leitura ^u^

~♥~

28 anos antes

Fevereiro de 1992

Jimin's POV

Fazia quase cinco anos que não retornava a minha cidade natal, mas enfim ali estava novamente, desembarcando na rodoviária com minhas duas malinhas, cheio de ansiedade e com resquícios de medo correndo por minhas veias, afinal eu não sabia como as coisas estariam, o quanto tinham mudado, e de certa forma eu queria que todos ali já tivessem me esquecido.

Quero dizer, não todos, mas aqueles que motivaram o meu pai a me mandar ir morar no sítio dos meus avós sim.

No portão de saída, avistei minha mãe me esperando, e não pensei duas vezes antes de correr até ela, soltando as malas no chão para poder a abraçar cheio de empolgação, estava com tantas saudades que até parecia que a gente não se via há séculos, mas duas semanas antes daquele dia, ela tinha ido me visitar, como de praxe.

Senhora Park havia ido me ver dezenas de vezes naqueles cinco anos, quase sempre pedindo para eu voltar para casa, mas a residência onde ela morava com meu pai já não era mais o meu lar há muito tempo, eu não me sentiria confortável estando debaixo do mesmo teto que ele mais uma vez, então mesmo sabendo que traria lágrimas aos olhos dela ao negar seus pedidos, eu não estava pronto para retornar antes.

Mas os anos se passaram, e o Jimin de vinte aninhos se preparou para retornar à sua antiga cidade, algo que o Jimin de dezesseis não teria conseguido. E sinceramente eu também sentia falta dali, não negaria isso, entretanto não era por causa da saudade que eu estava voltando, e sim para iniciar a faculdade de engenharia, a qual eu teria feito no município dos meus avós mesmo se não fosse uma pequena cidade interiorana, que não possuía nenhuma universidade.

Não que minha cidade natal fosse uma metrópole naquela época, estava em crescimento sim, porém ainda não tinha chegado perto de se tornar a grande cidade que ela é hoje. No início dos anos 90, algumas indústrias tinham se mudado para a cidade, o que aumentou o interesse da população vizinha para o nosso município, e isso fez crescer o número de habitantes, afinal as vagas de emprego surgiram aos montes por conta das novas empresas.

A necessidade de construção de novos bairros se fez presente, e assim a cidade pequenininha e super tradicional começava a ganhar novos moradores, e essa expansão que andava lentamente também estava trazendo novos comércios. Lojas famosas que antes só existiam nas cidades grandes estavam vindo para a minha pequena cidadezinha natal, e juntamente a isso, o tráfego de visitantes ascendeu.

Mas não era por causa das novas lojas ou fliperamas que eu havia decidido iniciar a faculdade ali, eu também não queria mais viver tão longe da minha mãe, e mesmo que eu não fosse voltar a morar na mesma casa que ela, estaria próximo, no bairro vizinho para ser mais exato.

— Você está tão bonito, querido. — Foram as primeiras palavras que minha mãe disse assim que quebramos o abraço, e eu me recordo bem delas até hoje, pois aqueceram o meu peito.

The 90s and My Soul ||ji•kook||Onde histórias criam vida. Descubra agora