Capítulo 13

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Wen Tai saiu dos braços de Zhou Kun e se sentou na beirada da cama

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Wen Tai saiu dos braços de Zhou Kun e se sentou na beirada da cama. Ele fechou os olhos e começou a pedir perdão a Qiang Shi em pensamentos.  
 
“Diga que me ama, por favor!” 
 
“Você sabe que eu amo Qiang Shi”, Wen Tai estava se sentindo um traidor miserável.  
 
“Diga apenas para confortar o meu coração!”
 
“Eu...eu te amo”, Wen Tai disse de maneira seca. 
 
“Eu também te amo”, Zhou Kun sorriu muito feliz. 
 
Wen Tai nem conseguia acreditar que foi tão covarde de fazer isso. Se deitar com outro homem na mesma cama em que dormia com Qiang Shi foi a pior traição que poderia cometer contra seu amado. “Saia, agora”, ele virou o rosto para evitar olhar para ele. 
 
“Posso passar a noite aqui com você?”, Zhou Kun se sentou ao lado dele. 
 
“Eu já dei o que você queria, agora vá embora”, Wen Tai está sentindo muito nojo de si mesmo. 
 
Zhou Kun ficou sentado ao lado dele por um tempo e percebeu que não iria conseguir convencê-lo, então ele se vestiu e foi embora com uma expressão de insatisfação.
 
“Qiang Shi, me perdoe”, Wen Tai começou a chorar se sentindo o pior dos traidores.  
 
Yuga levou Qiang Shi para uma aldeia abandonada para descansarem um pouco. “Essa aldeia foi invadida por bandidos alguns anos atrás e é por isso que não tem mais pessoas aqui”, ela apontou para algumas casas. 
 
“Eu estou com fome”, Qiang Shi passou a mão sobre a barriga. 
 
“Vamos achar uma casa segura por aqui e depois vou caçar alguma coisa!” 
 
“Isso seria ótimo”, Qiang Shi sorriu. 
 
Havia apenas uma casa em bom estado, pelo menos não iria molhar por dentro caso chovesse. Yuga acendeu uma fogueira e deixou Qiang Shi perto dela. “Não vou demorar, fique com issso”, ela entregou uma adaga a ele. 
 
“Tudo bem”, Qiang Shi segurou a adaga com firmeza.  
 
Yuga saiu para caçar na floresta atrás da aldeia e Qiang Shi ficou sozinho com uma adaga e uma fogueira para aquecê-lo. Não demorou muito para alguns barulhos serem ouvidos perto da casa. “Yuga? É você?”, ele se levantou olhando para a porta e janelas. 
Não dava para ver ninguém e logo os barulhos pararam, mas antes que Qiang Shi pudesse se sentar um soldado entrou na casa pela porta.  
 
“Encontrei você”, o soldado sorriu com maldade. 
 
“Não me leve de volta, por favor”, Qiang Shi escondeu a adaga atrás de si rapidamente e fez um olhar inocente como se fosse um coelhinho assustado. 
 
“Não vou te machucar, venha aqui”, o soldado começou a tirar a parte de baixo do traje. 
 
“Não vai?”, Qiang Shi se aproximou e intensificou seu olhar inocente.  
 
O soldado ficou perdidamente louco para possuir Qiang Shi e o agarrou rapidamente. “Deixe-me beijá-lo", ele segurou a cabeça dele sem nenhuma delicadeza. 
 
“Você tem que ser bonzinho comigo”, Qiang Shi fez um olhar de tristeza. 
 
“Eu vou deitar aqui”, o soldado sorriu e se deitou no chão frio. 
 
“Feche os olhos, querido”, Qiang Shi se sentou sobre ele. 
 
“Ouvi dizer que você é a prostituta preferida do imperador”, o soldado fechou os olhos. 
 
“Eu sou especial e você vai me ter, não é bom?”, Qiang Shi disse de um jeito provocante. 
 
Qiang Shi suspendeu a adaga bem alto e rapidamente a cravou na costela do soldado o fazendo gritar de dor. Qiang Shi saiu de cima dele e correu porta a fora já avistando Yuga se aproximar com dois coelhos mortos na mão. “Temos que fugir agora”, ele respirou bem fundo. 
 
“O que aconteceu? Da onde veio esse sangue?”, Yuga soltou os coelhos no chão.  
 
“Um soldado me achou e tentou fazer coisas comigo, mas eu o feri com a adaga que você me deu”, Qiang Shi olhou em volta com medo.  
 
“Vamos rápido”, Yuga pegou os joelhos do chão. 
 
A noite ainda estava fria, mas a luz da lua ajudava a iluminar um pouco o longo caminho pela frente.  
 
Wen Tai não conseguia dormir, a culpa e a saudade insistiram em ficar o lembrado o tempo todo de Qiang Shi, a cada segundo. Zhou Kun não deixou de cuidar dele nesse momento difícil e mesmo sabendo que o que aconteceu na noite anterior foi apenas o pagamento de uma dívida, ele não deixou de amar Wen Tai e talvez nunca deixe. 
 
“Alteza, coma alguma coisa, não quero que fique doente”, Zhou Kun colocou uma bandeja ao lado dele. 
 
“Alguma notícia de Qiang Shi?” 
 
“Ainda não”, Zhou Kun tentou passar a mão no rosto dele, mas o mesmo desviou. 
 
“Faça uma busca nos arredores da ponte onde encontrei Qiang Shi, talvez ele esteja por perto”, Wen Tai virou o rosto para longe da visão dele. 
 
“Sim, Alteza!” 
 
Zhou Kun chamou alguns soldados e juntos começaram a fazer a busca em volta do riacho. Na verdade, ele não fez nada para procurar por Qiang Shi e apenas deixou os outros soldados fazerem a busca sozinhos.  
 
Yuga havia ido buscar alguns gravetos para fazer uma fogueira e Qiang Shi ficou sentado embaixo de uma árvore seca. Ele começou a pensar em todos os momentos felizes que teve com Wen Tai, mas também estava pensando no quanto é difícil viver desejando a felicidade sem ao menos conseguir lutar por ela. Ele não consegue ser feliz.

 Ele não consegue ser feliz

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