passado sombrio

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2/11/2030

Edward Kaspbrak era um homem bem sucedido na vida, mentira. Ele tinha 41 anos, e um péssimo emprego, a vida dele estava pior que tudo. Ele tinha um único amigo, mas um especial que valia por vários. Stanley Uris! Stanley trabalhava em uma confeitaria bem famosa na cidade, tinha vários amigos e era bem conhecido, mas nunca deixava Eddie por trás, nem mesmo se esquecia do melhor amigo.

Edward trabalhava em um antiquário, muita gente o chama de ranzinza por ser muito chato com os clientes e grosso. Mal sabiam eles que aquele homem ranzinza era uma pessoa protetora, principalmente com as pessoas que ama.

Ele não teve uma infância nada fácil. Os pais eram super protetores e o faziam ficar em casa 24 horas por dia. O garoto nunca teve paz na escola, nem em casa.
Seu pai sempre foi muito preconceituoso com ele, mesmo não demonstrando nada, ele dizia que Edward era fraco e que garotos fracos eram bichinhas.

"Você vai para o inferno garoto desgraçado!"

Com apenas 10 anos, o pequeno garoto já escutava muito essas coisas. Uma vez, quase morreu. Enquanto tinha uma crise de asma o pai ria dele e dava cintadas no garoto. A "intenção" do pai era ensina-lo a ser uma pessoa forte, mas o que acabou dando foi um desmaio e uma ida ao hospital.

Felizmente, o homem morreu antes do aniversário de 11 anos dele, e isso foi um "presente" para o mesmo.

Aquelas lembranças assombravam o pequeno homem, porém tentava fazer com que elas não o abalassem.
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-Hey Eddie!- Stanley, que entrou na loja do amigo quebrando quase a porta, disse em um tom de voz alto enquanto balançava duas sacolas na mão.-Como você está?- Perguntava enquanto tirava duas máquinas redondas e pequenas da sacola.

-Stanley.. O que é isso?- Confuso, o homem perguntou enquanto segurava uma das maquinas, as observando por inteira.
-A minha mãe soube que você tem uma antiquário e pediu para você guarda-las, ela disse que é algo muito importante para ela e que ela já usou muito... Espero que não seja um vibrador... Bom, quero que guarde elas.
-Claro... Vou deixá-las lá no fundo, vem! Não gosto de ir lá sozinho.

Stanley acompanhou o amigo até o "porão do inferno". O porão tem esse nome porque os dois ficaram presos lá dentro quando não tinha a loja ainda, e o lugar era imundo. Foi um trauma para os dois.

Após guardar as duas máquinas, os dois saíram dali rapidamente, quase caindo um encima do outro. O desespero era tanto, que naquele momento não havia amizade.

Os dois se jogaram no chão e ficaram rindo por alguns segundos. A amizade dos dois era uma coisa linda, era como se eles se conhecessem há séculos! Eddie sentia uma conexão muito forte com Stanley, sendo que sempre que havia uma briga entre os dois, acabava em abraços e choros. Nada os separavam.

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