Movida por sua vingança, S/n acaba se jogando em sua própria cova, porém com muita sorte acaba sobrevivendo. Sem qualquer pista de seu passado, a mesma agora tem que lutar para recuperar suas memórias, que foram perdidas em meio a sua luta.
Mas que...
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●A vingança.
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P.o.v On S/n
"Saio correndo com tudo que tenho, mesmo sentindo minha mana se esgotar aos poucos, mesmo sabendo que estou a beira de um desmaio, mesmo sabendo que se continuar com isso apenas perderei minha vida, mesmo assim, não irei desistir, mesmo que tudo que eu consiga seja apenas arranhar aquela que trouxe tanto mal para meu reino, para meu irmão, para minha amiga e rainha.
Eu irei me vingar, nem que isso custe minha vida.
Crio uma proteção de runas, mas a mesma é facilmente destruída por aquele monstro. Só de olhar em seu rosto já sinto meu peito queimar em ódio, minha garganta se fechar diante da vontade de cair em lágrimas.
Como um ser pode ser tão repugnante assim?
Depois de mais um golpe dela, sinto minha visão escurecer e uma risada tomar a sala.
Minha vida foi realmente um fracasso. Não pude nem mesmo salvar minha rainha, não pude ser digna do título que tenho. Ao olhar para tudo que já sofri, ao olhar para a minha mais nova desilusão romântica, sinto que morrer não é nada de terrível. Parece na realidade apenas um alívio. Um prêmio. Um descanso depois de toda a agonia.
Se eu tivesse uma segunda chance gostaria de encontrar o amor verdadeiro, conseguir proteger todos que são importantes para mim, ser útil para o meu reino, e ser merecedora de tudo que conquistar. Porém nessa vida já é tarde. Esse é o meu fim, e devo aceita-lo, pois tudo isso foi culpa de minhas escolhas, e embora não goste dos resultados, não mudaria nada, pois pelo menos em meus últimos suspiros pude finalmente entender oque queria, e do fundo da minha alma, sei que isso vale a pena."
...
Acordo com o claro batendo em meu rosto. Abro meus olhos e pisco algumas vezes para me acostumar com a claridade, tendo então a visão de uma grande enfermaria, provavelmente a de um castelo, levando em conta o luxo de cada mínimo detalhe.
Tento recuperar em minhas de memórias como cheguei lá, mas nada. Tudo é apenas um branco imenso. Não consigo me lembrar de praticamente nada.
Assim que noto isso, começo a me agoniar, sentido uma imensa falta de ar, e uma vontade de chora, mas toda essa tempestade de sentimentos, é interrompida quando noto a palma de minha mão, nela tem cortes, não muito profundo, com um nome, e um número. Sendo eles S/n e 23.
Esse seria meu nome e minha idade?
Paro por um tempo para refletir, quando noto a presença de um homem alto de cabelos azuis.
-Vejo que acordou -ele fala com um sorriso simples em seus lábios - sou o médico e estou tratando seus ferimentos. Você estava a beira da morte, não sei como saiu viva dessa -ele vem até mim e pega alguns papéis -Sua mão tem algum feitiço, ela não esta sendo curada. Não sei ao certo o motivo disso, mas já retirei uma porção do seu sangue para fazer testes.
