━━ 𝐓𝐇𝐈𝐑𝐓𝐘 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓

158 26 13
                                    

𝐀𝐈𝐌𝐄𝐄

Enfim, hoje faz oficialmente um mês desde que eu voltei a Inglaterra, sozinha. Brooke (Alessia) e Cameron (Aisha), pediram suas transferências para a Califórnia, para assim, ficarem com Nate e Derek, e bem, eu não as julgo por isso.

Aproveitei as férias que todas as panteras tiram após concluírem uma missão e aluguei finalmente um apartamento para chamar de meu, e nesse último mês, me dediquei cem por cento à ele. Em parte foi apenas para ocupar a minha mente para não pensar em Samuel. Em situações como: "O que será que ele está fazendo agora?", ou "O que será que ele está pensando agora?" e também "Onde será que ele está agora?", e a última, mas não menos importante: "Será que ele ainda pensa em mim como eu penso nele?". E esses pensamentos acabavam comigo, se formavam em angústia em meu peito e eu só conseguia pensar nisso.

Me dediquei praticamente minha vida inteira para me tornar uma pantera, e de repente, por conta de um cara como ele, eu começo a me perguntar se tudo isso realmente vale a pena. Eu tinha total consciência de que minha missão poderia dar errado, ou poderia dar certo, mas em qualquer uma das condições ele descobriria tudo. E eu sabia que ele não aceitaria tão facilmente.

Sammy tinha problemas em confiar nas pessoas, e eu menti para ele durante meses. Eu o entendo, mas é o meu trabalho e eu não podia fazer nada para impedir.

Só queria que ele me entendesse, mas, de repente, não era mesmo para darmos certo.

Eu e as meninas nos falamos as vezes, e isso de certa forma é bom. Elas evitam falar sobre o Sam e de como elas estão felizes com seus novos e assumidos namorados, porém eu vejo suas publicações nas redes sociais sobre eles e com eles. Fico feliz por pelo menos elas terem conseguido e estarem felizes.

Derek e Nate não brigaram, muito pelo contrário, eles as agradecerem por termos salvado a vida deles, pois, de acordo com eles, Willian, mandaria os matar se não tivéssemos entrado naquele segundo. 

Enfim, nem tudo dá certo e está tudo bem, como minha mãe sempre me disse. 

E ela está bem, continua com seu trabalho dentro da instituição e três vezes por semana, pelo último mês, ela vem ver como eu estou. 

Levanto da escrivaninha após ouvir a campainha tocar. Fecho meu notebook e vou até o hall da sala de estar, abrindo a porta curiosa.

— Oi. — ele disse de início, sem jeito.

— O que você veio fazer aqui, Sam? — perguntei com um ar, só um pequeno ar, de esperança.

— A Cameron e a Brooke me deram seu endereço e... — ele olhou para baixo, ainda sem jeito, talvez um pouco envergonhado e sem jeito. — Eu vim.

— E veio por que, Sammy?

— Vim te pedir desculpas. — pela primeira vez desde que eu abri a porta, ele olhou para mim. — Vim te pedir desculpas por ter agido como um idiota arrogante. Não deveria ter te tratado daquela forma, eu só achei que como esse era o seu trabalho, você poderia ter sido honesta comigo desde o começo e ter me tirado daquele inferno antes. Fui egoísta e muito, muito, ignorante, e por isso, eu viajei por mais de dez horas de avião, com uma mãe e um bebê chorando a viagem inteira, só para vir até aqui, e falar olhando no seus olhos que eu sinto muito, que eu te amo e que fui um idiota por ter te deixado ir embora daquela forma. — ele solta todas as informações de uma só vez, como se só aquilo importasse e como se ele tivesse tirado um peso de sua costas. — Pronto, é isso. Eu te amo, Aimee.

— Laura.

— O que?

— Meu nome é Laura. Laura Scott. — eu respondi, dando um passo a frente, ficando mais perto dele.

— Eu acho Laura mais bonito do que Aimee. — ele diz, também, dando um passo a frente.

— Eu também acho. — e enfim, Sammy me envolve em seus braços e me beija.

Eu nem sei explicar como é sentir essa sensação de novo depois de semanas de angústia e saudade. A falta que eu senti de seu toque, seu cheiro, sua voz, sua presença e seu beijo.

— Eu te amo, Laura. — ele corrigiu baixo, ofegante do beijo. — E se você quiser, eu prometo te fazer feliz e te apoiar no seu trabalho. Eu prometo.

Não falo mais nada, apenas assenti com a cabeça, sorrindo, e ele, então, me abraça.

Separo o abraço rapidamente, deixando-o confuso.

— O que foi?

— Você comprou passagem para volta? — questiono.

— Não. Eu não sabia se você me mandaria embora ou se aceitaria ficar comigo, então não comprei. E também não trouxe nem uma mala, só essa mochila com uma muda de roupa. — ele respondeu sem entender o motivo da minha pergunta. — Por quê?

— Porque assim eu não preciso dar início a papelada de transferência às pressas. — respondo, com um sorriso de canto.

— Vai voltar para Los Angeles comigo? — ele pergunta claramente muito feliz.

— Claro! De início, eu odiei que a minha primeira missão importante fosse naquela cidade calorenta. Mas então eu conheci uma pessoa, que tem uma voz, que nossa, quando ele canta, sobe arrepios em partes do meu corpo que nem eu sabia que dava arrepios. E, cara, você tinha que ver aquele sorriso dele... — eu brinco, puxando seu colarinho,  consequentemente, o o trazendo para dentro. — Aí eu me vi perdidamente louca por ele, e agora Londres não tem mais graça.

— Não? — ele pergunta rindo e eu nego.

— Prefiro passar calor pelo resto da minha vida, se eu poder acordar todos os dias com aquele sorriso do meu lado. — admito, passando meus braços ao redor de seu pescoço, e ele, passa os seus pela minha cintura, me trazendo mais para perto dele. — Eu também te amo, Sammy.

Ele sorri, e então, me beija, dessa vez, dando impulso para eu cruzar minhas pernas em sua cintura, e me gira em seu colo.

·

e com isso, chega ao fim a melhor estória que eu já escrevi, e a menos valorizada. porém eu agradeço a quem acompanhou desde o começo e gostou dessa estória tanto quanto eu!

se você chegou até aqui, comente aqui o que achou ❤️

🎉 Você terminou a leitura de 𝐂𝐇𝐀𝐑𝐋𝐈𝐄'𝐒 𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋𝐒 · 𝒔𝒉𝒘, 𝒏𝒎𝒎, 𝒅𝒋𝒍 🎉
𝐂𝐇𝐀𝐑𝐋𝐈𝐄'𝐒 𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋𝐒 · 𝒔𝒉𝒘, 𝒏𝒎𝒎, 𝒅𝒋𝒍Onde histórias criam vida. Descubra agora