Prólogo | REVISADO

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"Porque eu preciso que você veja
Que você é o motivo."

- You are the Reason (Calum Scott).

- You are the Reason (Calum Scott)

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Em um futuro próximo...

— Por favor, não se aproxime desse jeito! — senti meu corpo arrepiar e minhas costas tremerem quando ela me prendeu contra a parede.

— Vai fazer o quê? Bater em mim? — disse ela, usando um tom de deboche e se aproximando mais em provocação — Responde! — Com o seu rosto muito próximo, pude sentir o seu forte hálito de whiskey. O cheiro de seu perfume se perdeu em meio ao cheiro amargo de cigarro que fedia em sua roupa, era difícil vê-la assim, tão vulnerável e fora de si.

— Você bebeu, com certeza usou drogas, bem que merecia levar umas palmadas! — falei sério, tentando não parecer afetado com a sua aproximação.

— Então me bate! — disse ela, continuando com o mesmo tom debochado, enquanto esbanjava o seu mais lindo sorriso, como se eu tivesse contado uma ótima piada. — Quero ver se você é capaz! — Ela envolveu seus braços ao redor do meu pescoço, pois estava tão bêbada que necessitava de um apoio para se manter em pé.

As palavras demoravam segundos para atingirem completamente a parte racional de meu cérebro, não conseguia pensar em mais nada a não ser no forte desejo de beijá-la. Seus lábios carnudos e rosados próximos aos meus, pareciam o convite perfeito para isso. O beijo que desejo há meses.

— Por quê me olha desse jeito? — perguntou séria, sem o tom gracejado de sempre, mas o sorriso ainda permanecia no rosto, "como ela fazia para ficar ainda mais bela, apenas em alguns segundos?"

— Como consegue ser tão perfeita? — Sequer percebi ter dito tais palavras em voz alta, até ouvir a sua resposta.

— Sempre me fiz essa mesma pergunta, mas sobre você! Como consegue ser tão perfeito? — disse ela, sem o sorriso que me fascinava e hipnotizava, ela estava séria, tanto quanto eu, mas dessa vez, minha atenção foi parar em seus olhos. Seus lindos olhos claros, um verdadeiro céu em sua íris, seus olhos grandes que irradiavam um brilho cintilante estavam perdidamente fixos em meus lábios. Então percebo que, "talvez compartilhamos do mesmo desejo".

" Poderá ela sentir o mesmo que eu? Toda a atração, o encanto e a paixão? Estive tão cego, acreditando que fosse impossível de ela me olhar com outros olhos, que só agora percebi este mútuo sentimento?"  Perdido em seus olhos e em meus pensamentos, despertei sentindo seus lábios contra os meus. Ela me beijou? "Sim, me beijou!" E eu não pude acreditar no que se sucedia... Eu conseguia ouvir meu coração bater forte contra meu peito, consegui sentir meus ouvidos pulsarem e meus pelos se arrepiarem, como se um fantasma tivesse passado por mim.

Ela afastou seus lábios dos meus delicadamente, e ao perceber que não havia correspondência em seu beijo, sua grande coragem se transformou em insegurança.

— Des-desculpa, não sei o que deu em mim — disse, envergonhada e cabisbaixa, desviando seu olhar do meu.

Eu ainda estava em choque, totalmente paralisado. Contudo, não podia deixá-la sentir-se culpada por algo que ambos desejávamos. Novamente, juntei nossos lábios e de imediato tive passagem para adentrar minha língua em sua boca. Nossas línguas pareciam dançar em sintonia e minha colossal ansiedade não me permitiu esperar para que eu sentisse mais de si, afinal de contas, a queria toda para mim.

Minha mão passeava por todo o seu pescoço, a impedindo de executar qualquer possível separação entre nós, não demorou para que toda a euforia do momento refletisse no enorme desejo de consumi-la, eu queria tê-la por completo. Ainda sem quebrar o beijo, a subi em meu colo, fazendo suas pernas se fecharem em minha cintura, para poder carregá-la para o meu quarto. Estava prestes a realizar o meu melhor sonho, minha fantasia mais erótica, todavia, meu coração pesou e todo o desejo se foi para dar lugar a culpa.

Aquilo era errado, não só por ela não estar em seu estado normal por conta da bebida, o que me tornava um aproveitador barato, mas sim por ser quem era.

Se tratava de Skylinn Collins, minha irmã mais nova.

E isso não é o pior, o pior é que eu a amo loucamente, como jamais amei outra mulher em minha vida. Porque no final...

"Não tem como não amá-la"

"Não tem como não amá-la"

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Motivos Para Não Amá-laOnde histórias criam vida. Descubra agora