- Alô? - falou João, quando atendeu o telefone.- Pastor João!
- Lucca, meu jovem. Bom dia!
Asha quando ouviu o ouviu, sentiu seu coração acelerar. Ela ficou olhando de modo discreto na direção do pai, pois não queria que ele soubesse que ela estava interessada no rapaz.
- Asha? Sim, está aqui do meu lado. - ela arregalou os olhos para o pai. - Vou passar pra ela. - ele lhe estendeu o telefone. - Lucca quer falar com você!
- Obrigada. - João sorriu para a filha e saiu em direção à cozinha. Asha respirou fundo e levou o telefone ao ouvido.
- Oi.
- Oi, Asha. Tudo bem?
- Sim, estou. E... e você? - perguntou ela trêmula.
- Ótimo. Na verdade eu liguei pra te convidar a dar uma volta comigo. Liguei pro seu celular, mas só dava caixa postal.
- Me desculpas, meu celular está sem carga. - ela passou a mão pelo rosto. - Uma volta?
- É. Pensei em irmos tomar um sorvete naquele parque onde nos encontramos. O que acha?
- Ahn... claro! A gente se encontra lá, então. Não se esqueça de levar autora, Bylli está com saudades dela.
- Sim, sim. Tenho achado autora meio triste talvez seja saudade também. - ele riu. - Até daqui a pouco, então. - falou ele e desligou. Asha pós o telefone no guincho e só então viu a imagem de sua mãe parada ao lado da porta.
- Mãe? Que susto. - ela levou a mão ao peito.
- Desculpe, meu amor. Mas vi que vai sair, é com o Lucca?
- Sim. Ele me chamou pra dar uma volta no parque. - disse Asha tímida. Helena abriu um sorriso de orelha a orelha.
- Fico feliz que estejam se dando bem, sempre sonhei com isso, desde a primeira vez em que vi Lucca, na igreja. Ele é um rapaz de ouro. Tem um coração enorme.
- Sim, ele é. - concordou Asha.
Helena se aproximou da filha e lhe puxou para um abraço.
- Se você sente algo por Lucca, ore a Deus e peça direção à Ele.
- O que a senhora quer dizer com isso? Eu não...
- Acha mesmo que não percebi, Asha? Sei que você gosta dele, e também sei que o sentimento é recíproco.
- Ele lhe falou isso? - questionou ela interessada. - Digo... ele falou isso pra senhora, sobre o sentimento ser recíproco?
Helena riu.
- Minha bonequinha, sua mãe já não é mais criança, sei muito bem quando duas pessoas se gostam. Vejo o brilho no olhar de ambos. Se sente realmente algo por ele, não tenha medo de viver esse sentimento, Asha. - ela beijou o rosto da filha e acariciou seu rosto. - Agora vá se arrumar, não deixe o rapaz a sua espera.
Asha sorriu abertamente para a mãe e correu em direção ao quarto. Pôs um vestido azul, e calçou uma sapatilha nude. Deixou os cabelos soltos. Desceu as escadas, pegou Bylli e saiu para fora. No caminho para o parque, Asha sentia seu coração bater num ritmo descompassado. Um frescor bateu em seu rosto, ela sorria para o vento.
Quando chegou à entrada do parque, Lucca estava a sua espera. Bylli correu em direção a aurora, ambos começaram a correr adentrando o parque. Lucca se aproximou de Asha com um sorriso cúmplice no rosto, ele também estava nervoso.
- Oi. - disse ela tímida.
- Oi. Você está linda! - ele se aproximou e lhe beijou o rosto, a deixando corada. Ele ficou a lhe olhar admirando o quanto ela era linda. - Estou feliz que tenha vindo.
- É. Eu também estou.
Eles começaram a caminhar, um ao lado do outro. Asha estava nervosa, a neve caia fracamente, tornando o ambiente perfeito para os dois. Ambos permaneceram calados, Lucca tinha algo importante para lhe falar e, estava esperando o momento perfeito para tal. Eles pararam numa banquinha de sorvete, Lucca comprou dois de chocolate com paçoca.
- Está uma delícia. - disse ela.
- Estaria melhor se hoje estivesse fazendo sol, mas, mesmo assim, está ótimo!
Ela balançou a cabeça. Lucca virou-se para ela e viu que ao lado de sua boca estava sujo.
- Espera! Tá sujo de chocolate aqui. - ele passou delicadamente o polegar direito em seu rosto, tirando todo resquício de sorvete. Asha o olhou em seu olhos, o verde que vinha dele era parecido com o verde esmeralda. Sentiu seu estômago vibrar, era como se aquele simples toque tivesse despertado as borboletas que moram lá.
- Sua mãe falava de você pra mim. Ela dizia que você era uma menina batalhadora, que sempre lutou pelos seus sonhos.
- Minha mãe sempre modesta. - falou Asha.
Ele parou de andar, jogou o resto do sorvete numa lixeira que havia ali perto. Enfiou as mãos no bolso e se virou para ela.
- Deus sempre disse-me que a pessoa pelo qual eu tenho orado todos esses anos, seria uma mulher guerreira, uma mulher sábia. - Asha colocou uma mecha de seu cabelo pra trás. - Eu nunca vi uma foto sua, sua mãe nunca me mostrou, é como se ela soubesse que iríamos nos conhecer naquele dia. Porém, acredito que tudo isso foi propósito de Deus.
Asha suspirou fundo, lágrimas já se formavam no canto de seus olhos. Lucca continouo.
- Quando te vi aqui naquele dia, eu senti que minha espera pela pessoa certa havia terminado. Desde aquele dia eu não consigo parar de pensar em você, na verdade eu já pensava em você desde a primeira vez que sua mãe falou de você pra mim. Acha que é possível se apaixonar por uma pessoa que você nunca viu? Só ouviu falar dela e quando você ver a pessoa, você sente que é por ela por quem é apaixonado. Por quem esperou por tanto tempo.
- Lucca... eu... - uma lágrima escorreu por seu rosto. Ele olhou pro céu e sorriu com os olhos brilhantes e molhadas pelas lágrimas.
- Hoje me vejo vivendo um momento realmente especial, descobrindo que esperar em Deus vale sim a pena. - ele voltou a lhe olhar. - Não sei se você sente o mesmo por mim, mas quero que saiba que eu estou apaixonado por você.
Asha arregalou os olhos para tal afirmação, seu coração parecia que havia parado de bater e tornou logo em seguida.
- Eu... - Asha engoliu em seco, queria falar mais sentia presa. Tinha medo de está sendo precipitada em revelar seus sentimentos.
- Estou disposto a conquistar seu coração. Dispostoa investir tempo em você, pois sei que é uma garota por quem vale a pena lutar.
Ela lembrou das palavras de sua mãe hoje mais cedo e sorriu. Ela não tinha porque ter medo. Lucca é um cara incrível. Porque fugir do amor, se ele é algo tão puro e simples.
- Lucca, eu também estou apaixonada por você!
Lucca sorriu diante de sua afirmação e não pensou dias vezes antes de a puxar para um abraço. Ele não iria lhe beijar, pois ainda não estavam namorando, precisava primeiro da bênção de seus pais. Iria fazer tudo da maneira correta!
#Boatarde
Oi, pessoal. Penúltimo capítulo do conto, espero que estejam gostando. Estou com o coração partido em deixar o Lucca e a Asha agora, queria eu escrever mais capítulos, mas como o desafio foi de apenas 6 capítulos. Enfim, que Deusos abençoe e lembre-se: VALE A PENA ESPERAR EM DEUS. NÃO SE APRESSE, NO MOMENTO CERTO A BÊNÇÃO VIRÁ. ❤
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A verdadeira luz do Natal
ContoAsha tem suas idealizações sobre o Natal, assim como quase todas as pessoas que conhecemos. Mas ao visitar os pais na velha cidade de Rochester, ela conhecerá, Lucca, um jovem cristão, temente a Deus, que lhe mostrará o verdadeiro significado do Nat...