Final ❤

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Asha

Quando planejei vim a Rochester, eu não tinha noção do que me aguradava aqui. A vida é mesmo imprevisível, nos faz viver o que nosso coração jamais ousou sonhar. Talvez seja por esse simples detalhe que o desconhecido nos atrai, as emoções às cegas são mais deliciosos de se viver.

- Asha, querida. Pegue as uvas passas pra mim, estão na porta de cima do armário. - pediu minha mãe, me tirando de meus devaneios.

- Uva passa? - suspiro fundo, demonstrando minha indignação. - Por quê as pessoas gostam tanto assim de comer essa coisa? Nem é isso tudo que falam. - faço o que ela me pediu.

- Obrigada. Asha, elas dão um gosto melhor ao arroz, devia experimentar hoje. Todo mundo merece uma segunda chance, até mesmo as uvas passas.

- Segunda chance? Nem pensar. Vou deixar passar essa, dona Helena. - digo balançando a cabeça aterrorizada. Ela rir de mim.

Já são cinco da tarde quando terminamos de preparar todas as comidas. Depois daquele momento pela manhã onde Lucca falou sobre seus sentimentos, eu não consigo parar de pensar nele. Não sei o que vai ser de nós apartir de agora, afinal, ele tem uma vida aqui e eu tenho a minha em, Charlotte. Como vamos lidar com isso, ainda é desconhecidos por nós.

Levanto da mesa e sigo para meu quarto, preciso começar a me arrumar. Eu sei que se o que sentimos um pelo outro for realmente verdadeiro, nós vamos encontrar uma solução para isso.

Depois de algumas horas de preparação, desço as escadas atraindo a atenção de todos na sala. Minha mãe convidou toda a família para a ceia, meus dois tios, Mark e Júlio, e também suas esposas. Alguns dos primos também vieram, e ums vizinhos também vieram cear com a gente.

- Asha, minha sobrinha linda. Quanto tempo! - falou tio Mark, me abraçando.

- Já faz um bom tempo em que não nos vemos, né. Por andou? Acho que não te vejo desde a Páscoa passada. - pergunto.

- África! Estou em missão lá, vim apenas para passar os festejos do fim de ano com vocês, mas quando tudo passar a gente volta no primeiro voo. - sorrio.

- Gosta mesmo de fazer esse trabalho missionário. - lembro de Lucca.

- Não me vejo fazendo outra coisa.

Depois de cumprimentar a todos, me sento no canto da sala e fico com os olhos presos na porta, até agora Lucca não chegou. Ele prometeu que viria.

- Boa noite. Entre! - disse mamãe, para alguém. Ergo a cabeça rápido e o vejo parado comprimentando meus tios.

Após alguns minutos, ele vem até onde estou. Sorrio sem graça, ele senta ao meu lado.

- Oi.

- Oi. - é notável o meu nervosismo. Estou me sentindo como se estivesse de volta ao colegial, falando com o cara que toda a escola arrasta uma asa. - Pensei que não fosse mais vim.

- Imagina! Prometi que viria, eu não furaria com vocês. Eu só me atrasei porque precisei ir até a casa do pastor, tinha algo a tratar com ele.

Sorrio amarela.

- Você está linda.

- Obrigado! Você também não está nada mal. - ele rir.

Lucca puxou assunto, contei a ele um pouco mais sobre minha galeria. Depois ele comentou sobre ter adorado a minha família, fiquei sem saber o que fazer quando ele me disse que havia perdido os pais muito cedo. Onze anos. Ele perdeu os pais com onze anos. 

- Deve ter sido duro pra você crescer sem ter o apoio dos seus pais. - falo.

- O irmãos da igreja foram essenciais na minha vida. - Lucca sorrir.

A verdadeira luz do NatalOnde histórias criam vida. Descubra agora