Parte 1

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Para quem leu o livro deve estar se perguntando: "Cadê a cena do sexo da sua chefe?". Vamos combinar que a vida sexual alheia não tem tamanha importância para estar aqui. Mas falando nela, que mala é minha chefe.
Sinceramente, no fim das contas vou ter que pensar igual à metade da empresa: que ela e Ferit, meu colega que se acha o máximo, têm um caso. Mas não. Não quero ser maliciosa e entrar na onda de todo mundo.
Desde janeiro eu trabalho na Art Life, uma empresa de arquitetura e urbanismo. Sou estagiária, e embora eu goste do meu emprego, muitas vezes me sinto explorada.
— Bom dia, Eda.
— Bom dia.
Ferit, além de ser meu colega, é um sujeito muito simpático. Desde meu primeiro dia no escritório, ele tem sido um amor comigo e nos damos muito bem. Quase todas no trabalho babam por ele, mas, não sei por quê, em mim ele não surte o mesmo efeito. Será que não gosto dos caras meiguinhos da voz mansa?
— Está sabendo que hoje à tarde tem reunião geral?
— Aham.
Por alguns instantes conversamos sobre minha faculdade, família. Logo minha chefe chega, rodeada por vários homens, como sempre. Ferit a vê e sorri. Eu fico quieta. Minha chefe é uma mulher muito elegante. Cá entre nós, uma mulher jovem poderosa, com olhos azuis que hipnotiza, solteira mas não solitária, e que dizem ter vários casos na empresa. Cuida-se como ninguém e vai todo dia à academia. Ou seja, ela gosta... que gostem dela.
— Eda — me interrompe Sra Selin — Falta muito?
Alguns minutos mais tarde, após tirar umas cópias dos novos projetos e finalizar uma apresentação, me dirijo à sala da minha chefe. Bato na porta e entro.
— Aqui está o contrato pronto do projeto do Hotel.
— Obrigada — responde secamente enquanto passa os olhos pelo documento.
Como de hábito, fico parada diante dela à espera de suas ordens. O cabelo da minha chefe é lindo, tão cuidado. Nada a ver com meu cabelo castanho e liso que costumo prender num rabo de cavalo. O celular toca e antes que ela me olhe eu atendo.
— Celular da senhora Selin Atakan. Quem fala é a estagiária, senhorita Yildiz. Em que posso ajudá-lo?

— Bom dia, senhorita Yildiz — responde uma voz rouca de homem

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— Bom dia, senhorita Yildiz — responde uma voz rouca de homem. — Serkan Bolat. Eu gostaria de falar com sua chefe.
Ao reconhecer aquele nome, reajo depressa.
— Um momento, senhor Bolat.
Minha chefe, ao escutar aquele sobrenome, larga os papéis que até então segurava e, após literalmente arrancar o celular das minhas mãos, diz com um sorriso encantador nos lábios: — Serkan... que bom você ter ligado! — Depois de um breve silêncio, continua: — Claro, claro. Ah! Mas você já chegou em Istambul?... — Então solta uma gargalhada superfalsa e sussurra:

 — Então solta uma gargalhada superfalsa e sussurra:

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