cores

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Branco, era a cor da neve que caía do céu na manhã fria de um rigoroso inverno, a cor das nuvens no verão, do algodão na primavera. A cor da neblina numa madrugada de outono.

Branco era a cor que cobria o chão neste dia tão frio, acompanhada por belos tons de vermelho. O mesmo vermelho das rosas, dos beijos, dos corações e do sangue, que em contraste ao branco, não combinava muito com o azul do céu, mas deixava um belo tom na palidez da pele.

O marrom que cobria as árvores, agora nos pés manchando o branco, não tanto quanto o vermelho, mas o suficiente para fazer um belo estrago na combinação de cores, se misturava ao roxo que pintava a palidez, e ao agora negro das íris de quem antes usava um belo castanho escuro no olhar. O amarelo tomando conta da antes viva pele, depois com tão pálida cor, agora se unia ao roxo formando um estranho tom de verde, deixando cada vez mais monótona a aparência de tão belo corpo.

Um ambiente tão colorido e ao mesmo tempo tão vazio, tantas combinações formando um cenário tão triste. Esta arte não foi suficiente, pensei comigo finalmente ter a criação perfeita. Talvez seja isso, eu devo usar o laranja.

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