As folhas das árvores começavam caíam lentamente sobre as ruas tranquilas de Konoha, queria que o Umino estivesse alí para poderem aproveitar o recente clima de inverno. Suspirou estava divagando demais, virou esquina avistando a floricultura dos Yamaka, pegou os girassóis expostos na frente da loja e entrou encontrando Sai e Ino conversando sobre o balcão.
- Kakashi-sama, eu estava mesmo te esperando para poder fechar a floricultura, você tem vindo todos os dias no último mês. Viu, Sai? Eu disse que não podia fechar.
- Desculpa pela inconveniência, Ino. Você não precisava ter ficado com a floricultura aberta... Mas obrigado.
A loira sorriu e pagou pelas flores deixando o estabelecimento, voltando as ruas gelidas de Konoha já podia se ver algumas crianças brincando e aproveitando os clima fresco e as folhas espalhadas pelo chão, aquilo realmente aquecia seu coração nem que fosse apenas um pouquinho. Mudou o curso de seu caminho indo em direção ao hospital.
Assim que abriu a porta do quarto pode ver o loiro que nos últimos dias havia o evitado, entrou em silêncio indo até a cômoda e trocando as flores do dia anterior pelas novas aquela havia sido a sua rotina durante todo o último mês enquanto o Umino não acordava, se virou ao acabar de jogar as antigas flores fora o loiro estava em silêncio enquanto segurava a mão do Iruka o silêncio naquele quarto era irritantemente desconfortável, sabia que o loiro estava bravo pelo o que havia acontecido não o culpava havia mentindo para todos da vila e ido em uma missão onde ao seu companheiro voltara extremamente ferido e sobrevivido por um milagre, naquele momento vendo o Umino todos os dias naquela cama de hospital sem se mexer também se culpava.
A porta se abriu e a rosada se adentrou na sala indo até o Umino o checando mais uma vez.
- Já se passou um mês, ele vai ficar bem não vai Sakura? - o loiro tinha um tom de voz receoso e hesitante como se não soubesse oque fazer se a resposta fosse não -
A mesma ficou em silêncio e passou seus olhos devagar entre os dois na sala soltando um longo suspiro deixando por fim seu olhar em Iruka que tinha seu corpo em um estado de coma.
- Eu não sei... Ele já deveria ter acordado, seu corpo está estável e ainda assim não saí de seu estado de coma. Eu sinto muito... Eu não sei dizer.
O loiro saíu do quarto rapidamente, foi atrás dele por mais que soubesse que não era a pessoa certa para conversar com ele naquele momento se sentou no banco ao seu lado, o mesmo tinha seu rosto coberto pelas suas mãos, suspirou Iruka era bom naquilo em acalmar as pessoas, em entender sua dor e acima de tudo era ótimo em enteder Naruto.
- Ele vai ficar bem - engoliu em seco, tentando controlar suas emoções que tentavam toma-lo naquele momento - Iruka é forte, ele lutou contra todos os capangas naquele dia e os venceu. Não podemos subestima-lo nesse momento.
O Loiro encostou as costas no banco secando suas lágrimas, seu olhar estava longe e pensativo.
- Eu queria poder culpa-lo Kakashi-sensei, mas isso deixaria Iruka-sensei triste... Eu sei que o que aconteceu não foi culpa sua e que você deu sua vida para traze-lo de volta fez com que uma viagem de três dias levassem apenas algumas horas.
O loiro riu.
- Ele estava tão feliz... Você deveria ver quando vocês começaram a sair. Iruka-sensei estava radiante eu sabia que algo havia mudado, quando fui a casa dele no dia que vi vocês dois por lá eu ia perguntar o porque, eu fiquei feliz porque Iruka sensei estava feliz. Ele é como um pai pra mim, e ele te ama e eu sei que mesmo que não houvesse necessidade ele pularia na frente de várias kunais por você. E você também deve estar sofrendo como eu ou até mais é injusto que eu o culpe.
Sorriu realmente não esperava aquelas palavras do loiro, havia se preparado para gritos ou até mesmo alho pior ainda assim o loiro fez o possível para ser compreensível.
- Acho que isso nos torna indiretamente uma família, ttebayo. - o loiro riu - Isso me deixa feliz.
- É - riu também - Acho que sim. Obrigado, Naruto pela sua compreensão. Acabando que foi você quem me deu palavras reconfortantes.
O loiro se levantou, com seu animo sorridente como sempre.
- Eu tenho que ir, eu vou ao clã Hyuga hoje. Tenho que me arrumar, mas não hesite em me chamar se Iruka-sensei acordar ttebayo!
O loiro foi embora, uma “família” suspirou rindo por fim nunca havia pensado naquilo... Iruka ficaria feliz quando contasse a ele sobre aquilo sabia o quanto a aprovação do loiro era importante para ele. Se levantou voltando ao quarto e se sentou ao lado do Umino, hoje não teria tanto tempo para conversar com ele. Logo teria que voltar ao posto de hokage e voltar a seus papéis infinitos, pegou a mão do mesmo estava gelada como havia estado nos últimos dias.
- Eu preciso de você aqui, Iruka. Eu sei que talvez seja pedir muito de você mas eu sei que você consegue... Hoje Naruto disse que somos como uma família eu sei o quanto isso deixaria você feliz, na verdade isso também alegrou o meu dia.
Riu e suspirou esperava que ele pudesse ouvir. Se levantou curvando se um pouco na direção do Umino e juntou seus lábios naquele fim de tarde. Se afastou do mesmo ajeitando um pouco de seu cabelo.
- Eu tenho que ir agora, eu prometo voltar mais tarde.
Parou de preencher os papéis ao ver Yamato cochilando de pé ainda que segurasse mais pastas de documentos, olhou o relógio já eram 02:36 estava mesmo na hora de parar. Dispensou Yamato e saíu logo em seguida, não tinha vontade de ir pra casa aonde ficaria sozinho novamente. Suspirou mudando o caminho não era a primeira vez que o fazia ainda assim era vergonhoso.
Subiu o prédio sem muito esforço e abriu a janela a fechando logo em seguida e se virou vendo Iruka ainda desacordado, se deitou ao lado do mais novo abraçando o seu corpo sairia um pouco antes do amanhacer assim ninguém o veria, afundou o rosto no pescoço do mais novo seu cheiro doce não estava mais alí, seu corpo estava gelado mesmo que estivesse coberto. Sentiu uma lágrima escorrer por seu rosto e o abraçou com força precisava dele alí, agora o mais rápido que pudesse queria sentir seu corpo quente, ouvir sua risada mais uma vez, sentir sua língua quente sobre a dele. Se estava tudo bem porque ele não voltava?!
- Por favor, Iruka. Se passar muito tempo vão querer desligar seus aparelhos... Eu não vou conseguir permitir que eles façam isso eu preciso que você volte.
»»——⍟——««
Abriu os olhos devagar encarando o teto por algum tempo antes de olhar a janela o nascer do sol começava, sentia uma forte dor de cabeça como se alguém batesse em sua cabeça, o cheiro de cloro forte começava a penetrar suas narinas odiava àquilo, engoliu em seco sentia sede e fome como se não houvesse comido a dias não era exatamente mentira não havia comido muito nos últimos dias tirou os braços do outro e se sentou esfregando os olhos, e se inclinou para beija-lo e ao se afastar viu seus olhos abertos, suas bochechas e seu rosto recuperavam a cor, voltou seus lábios ao do mesmo finalmente podendo sentir sua língua contra a dele novamente em um beijo mais que necessitado. Se separou rapidamente do mais novo sentindo as lágrimas tomarem conta de seu rosto. Havia tido o mesmo sonho milhões de vezes era sempre a mesma coisa desde de que o Umino havia sido hospitalizado.
- O que foi, Kakashi?
- Isso tudo, nada disso é real. É tudo um sonho meu para amenizar a dor que estou sentindo. É TUDO UM MALDITO SONHO! Quando eu acordar você estará do meu lado mais desacordado e eu terei que novamente lidar contra a dura realidade. Eu não aguento mais. Eu te quero tanto de volta! Eu já não consigo mais separar a ilusão da realidade! Eu não posso suportar voltar pra lá mais uma vez sem você Iruka.
- Kakashi - o Umino o chamou em um tom baixo, continuava deitado - Eu estou aqui.
✧༺♥༻✧
Espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo. :)
![](https://img.wattpad.com/cover/248620033-288-k592310.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
E se eu dissesse que te amo? ( KakaIru) Kakashi e Iruka.
RomanceDepois de tantos anos de guerra, de ver seus alunos crescidos e seguindo com suas vidas Kakashi se vê naquela sala repleta de papéis mas que parecia vazia, seu peito estava vazio mas porquê? A sensação que lhe consumia aos I poucos parece simplesmen...