1995: VAGALUME

464 84 223
                                    

Olá 💜

Bom aqui está o capítulo da minha mais nova favorita

Se juntou com opium e overlord pra vcs terem uma noção 😷 vamos ver se vou conseguir escrever

Pelo roteiro a partir do 3 a história engata eu juro, e a história é curta, menos de 10

Obs: muitos sonhos se tornando realidade. Livro físico de DPPA, de OPIUM e o comic de OVERLORD. Muito obrigado por tudo.

Twitter: escrevegab

🏳️‍🌈

💜

Levou uma hora até que chegássemos ao aeroporto.

Não estava vazio, porque as pessoas viajavam também naquele horário. Eu não costumava falar muito, responder e perguntar muitas coisas, — minha mãe me xingava por isso na época de reuniões familiares — pelo menos foi o que pensava até então. Mas ele parecia tão calmo, e perguntava coisas tão sutis que não me incomodava responder e até perguntar de volta em algum ponto. Não me lembro de nada muito marcante sobre o qual tenhamos falado naquela noite, marcante foi a noite em si, o fato dele ter me convidado para passear, e me feito esfriar um pouco a cabeça. Quando minha avó falava que eu precisava relaxar, talvez fosse disso que ela estivesse falando.

Quando Jimin me deixou em casa, eu entrei quieto, sabendo que todos já estariam dormindo.

Eu ainda estava com vontade de sorrir um pouco e a sensação disso era boa. Nós nos despedimos normalmente com algo como, "te vejo por aí", "te vejo depois".

Desde que saí do colégio, perdendo o contato com meus antigos colegas de sala, dar uma volta assim com alguém casualmente não era algo que eu estava acostumado a fazer. Para falar a verdade meus antigos colegas sequer eram tão boa companhia, achavam que as palavras negativas que diziam sobre os outros acabava colocando—os acima deles ou coisa assim.

Eu sabia algumas coisas sobre ele. Aparentemente adorava aquele Corvette, tinha escolhido o modelo e a cor. Foi um presente do pai, de quem ele falava com certo carinho, mas talvez com saudade, eu não soube identificar bem.

Cheguei a pensar que ele tinha falecido, mas Jimin disse que ele está viajando muito ultimamente, por conta da empresa. Eles têm uma filial, justamente uma de carros, talvez daí venha toda essa coisa. Eu só sabia que modelo era porque ele passava o tempo inteiro na televisão, e era o carro do ano.

A maior parte da cidade era plana, então carros que corriam bastante eram os favoritos. Eu percebi pelas roupas dele, pelo bendito Corvette também, que era uma pessoa rica, mas ele não falava como se fosse uma, nem parecia ser arrogante.

Entrei no meu quarto que ficava nos fundos junto com a cozinha e os outros dois quartos da casa. Não era grande, e não podíamos decorar, por ser uma casa alugada, cheia de burocracias de contrato. Minha mãe reclama sobre o quadro que meu pai pregou na parede da sala até hoje, e sobre como vamos ter que reformar e pintar aquela parede quando formos sair.

Mas faz mais de sete anos que vivemos nessa mesma casa, então eu sinceramente não acho que vá acontecer.

As paredes brancas, minha cama de solteiro, um armário, a mesinha de canto eram os móveis que cabiam ali.

Fechando a porta deixei a mochila no chão me jogando no colchão, e me virando verificando o relógio. Era para ter sido um passeio curto, mas entre os percursos de carro e o tempo que ficamos no aeroporto vendo os aviões saindo, beirava as quatro da manhã. Pensando bem, percebi que Jimin tinha ido atrás de mim, depois do que aconteceu no bar, mesmo que estivesse no meio de uma comemoração com os amigos.

We fell in 1999 | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora