Apatia.

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Os três príncipes encaravam aquele ser pequeno, pálido e com profundas marcas escuras ao redor dos olhos, que piscavam lentamente, esboçando uma expressão tediosa.

Eles ficaram confusos, ela era a última fêmea que conseguiram capturar e de todas, tinha uma aparência doentia, além de ser muito pequena. Certamente seria a primeira a morrer, mas eles não tinham tempo para escolherem outra, pegaram o suficiente.

Para a surpresa de todos, ela sequer questionou, aceitando ser levada para a cela, depois que SeHun disse que aquela era uma nave de EXOPlanet. A jovem marciana não chorou, gritou ou fez confusão, se encostando nas grades em silêncio.

Ela não queria saber quem eram ou suas intenções, pois morreria em algum momento da viagem e aquilo era lucro, pra ela, que já desejava aquilo.

Virou para dentro de sua cela e viu algumas mulheres alienígenas, aglomeradas em um canto, chorando e outras gritando em suas respectivas línguas planetárias. A jovem nunca tinha visto de perto tantas variedades de mulheres alienígenas.

Filha de mãe terráquea e pai marciano, não conhecia tão bem outras espécies, algumas em suas sessões de autógrafos, mas não tantas. Aquelas mulheres com certeza tinham família e foram capturadas por aqueles homens gigantes, sem esperança de voltar.

— Você não parece assustada! — sua atenção se voltou para uma alienígena que se parecia muito com sua personagem, azul, longos cabelos negros e mãos nos lugares dos pés, possivelmente era do planeta 51, de onde ela se inspirou por achar os habitantes fascinantes.

A mulher azul lhe encarou com aquelas orbes totalmente negras, ela falava sua língua, devia ser uma diplomada, muito rara por sinal.

— Você é de Basun? — a jovem assentiu ao ouvir o nome original de seu planeta. — Não está com medo? Os gigantes do quadrante 076 são conhecidos por serem implacáveis.

— Não sei quem são e se soubesse, não faria diferença... morrer ou não.... não importa muito. — murmurou mais para si do que para quem a ouvia.

A nave seguiu na velocidade da luz, para o planeta habitado por aqueles homens gigantes. Os EXOrdianos eram conhecidos por serem gigantes, os maiores em toda galáxia, por isso eram temidos.

Os três príncipes receberam a missão de conseguir o mais rápido possível, fêmeas para o príncipe ChanYeol, que estava em confinamento em uma cúpula úmida, enquanto seu cio lunar não acabava.

Com a rejeição das outras fêmeas de sua raça, os outros príncipes e amigos, precisaram rasgar o universo atrás de outras fêmeas para copular. Eles conseguiram algumas delas, inclusive uma pertencente ao quadrante do sistema solar 9.

Todas elas foram encaminhadas até o palácio de fogo, para exames e logo depois seriam jogadas na cúpula. A jovem escritora após sair da nave, surpreendeu-se com o Palácio vermelho, que era coberto por chamas.

Por uma das janelas, pôde visualizar o céu daquele planeta, que era ainda mais estrelado, com três luas que estavam se unindo. Ela ficou maravilhada com aquele lugar, por um momento se viu descrevendo-o no seu computador. 

Esquece, estou aqui para morrer. 

Pensou consigo mesma, lembrando que era seu desejo, acabar com tudo, não tinha realmente uma vida para que quisesse viver. Então acompanhou as outras mulheres até uma sala de exames.

Uma a uma foram examinadas, precisavam ser de boa saúde, pois eles não queriam que um príncipe importante pegasse alguma doença interestelar. Na vez da escritora, o gigante lhe encarou curioso, pois ela era muito pequena, comparada às outras.

Príncipe do fogo (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora