The strange boy | Lee Felix | Stray Kids | Felix

03

- Jijico! - Hannah o chama assim que acorda, os dois haviam pegado no sono logo depois de almoçar. - Anda Han, acorda! - Ela sacode o rapaz que é quase jogando para fora da cama e com um barulho alto ele acorda.

- O que foi isso?

- Eu não sei... - Hannah estava tão assustada quanto ele mas os dois decidiram levantar da cama e seguir aquele barulho. Desceram as escadas na ponta dos pés e quando passaram pela porta da frente, Jisung pegou o cabide de casacos quase fazendo Hannah ter um ataque de risos. Já estava escuro do lado de fora e o som vinha da garagem.

- Espero que seja um animal pequeno.

- Pelo barulho com certeza não é um animal pequeno. - Hannah abriu a garagem com o controle remoto e um forte clarão atingiu os olhos dos dois.

- Que merda é essa? - Jisung tapou os olhos com as mãos mas logo a forte luz diminuiu e um garoto caiu no chão. - É um alienígena?

- É um garoto bocó. - ela diz e se aproxima do rapaz caído no chão, sua pele era pálida como a neve e os seus cabelos no mesmo tom, mas de onde é que ele surgiu? - Chamamos a ambulância?

- Não sei, chamamos?

- E se ele partiu algum osso? - ela checou a pulsação do rapaz que por sorte ainda estava respirando, mas como ele havia entrado na garagem sem abrir o portão?

- Ele tá machucado, vou pegar algumas coisas no seu banheiro. - Jisung diz e saiu correndo com o cabide antes mesmo que ela pudesse concordar em ficar ali sozinha.

Hannah colocou a cabeça do rapaz sobre suas pernas sentada no chão e afastou os cabelos que cobriam o seu rosto, ele tinha um machucado no canto da cabeça e um lábio partido, talvez não precisasse ir ao hospital se ela conseguisse dar conta daquilo, mas e toda aquela luz?

- Eles correram... - ele sussurrou um pouco atordoado e ainda de olhos fechados. - Para onde foram?

- Ei relaxa, não tem ninguém aqui. - ela disse então ele abriu os olhos, mas não eram olhos comuns, eram completamente brancos e ele olhava para o teto como se estivesse hipnotizado. Novamente ele fechou os olhos e quando abriu a cor natural estava ali viva.

- Onde estou? - ele se senta rapidamente e passa a mão em sua cabeça resmungando algo.

- Na garagem da minha casa.

- Onde estão eles? - O rapaz ficou de pé com muita dificuldade e Hannah o acompanha para tentar acalmar.

- Não tem ninguém aqui. - ela diz mais uma vez.

- Achei a caixa de pri... - Jisung aparece em frente à garagem e antes que possa terminar a sua frase, o garoto de cabelo branco ergue sua mão e o arremessa para longe e em seguida voa em direção a ele.

- Ei o que está fazendo! - Hannah corre para tentar ajudar o amigo. - Larga ele! - Mais quem diabos ele achava que era? Antes que ela pudesse chegar mais perto, ele a faz desviar o caminho a arremessando de encontro à árvore no quintal da vizinha.

- Você é louco? - Jisung diz - Me larga! - Ele acerta um soco no rapaz mais logo se arrepende já que viu os seus olhos ficarem brancos novamente  e em seguida apagou graças a Hannah que lhe bateu na cabeça com o latão de lixo.

Ele caiu para o lado e Jisung levantou-se o mais rápido que conseguia.

- Vamos deixar ele ai, talvez ele da sorte e um caminhão passe por cima dele. - Hannah revirou os olhos e pegou nas duas mãos do garoto começando a arrasta-lo pela rua, por sorte não havia ninguém acordado aquela hora.

- Tá maluca? O que vai fazer com ele? Viu o que ele faz?

- Vi e por isso você tem que me ajudar a levar ele para dentro. - ele respirou fundo e agarrou as pernas do rapaz.

No porão, ele estava amarrado por uma corda grossa em uma das colunas ali, talvez aquilo não fosse o suficiente para segura-lo mas Hannah decidiu tentar ainda assim.

- E quando sua mãe chegar?

- Eu tranco a porta e falo que perdi a chave.

- E se ele gritar?

- Tenho fita por aqui em algum lugar.

- Isso é crime, nós vamos ser presos.

- Não vamos se não souberem.

- Onde estou? - Mais uma vez o garoto pergunta ao recuperar à consciência.

- Eu vou começar bem de vagar. - Hannah diz e se senta em frente à ele. - Mim ser H-a-n-nah. - ela soletra. - Hannah. Mim querer ajudar você. - Enquanto falava, fazia gestos com as mãos para que ficasse ainda melhor para entender mas o garoto começou a rir daquilo.

- Viu? Ele é lunático. - Jisung diz - Vamos chamar a emergência e dizer que vimos ele na rua.

Hannah respira fundo e ignora o amigo.

- Qual o seu nome?

- Felix. - o garoto responde.

- Você é uma ameaça?

- Não sei, depende de quem quer saber.

- Eu estou no ensino médio não no fbi.

- Não sou uma ameaça para você. - ele diz e logo Hannah viu a corda se soltar.

Ela não sabia o que dizer e Jisung muito menos, os dois estavam surpresos e mas nada assustados.

- Desculpe por machucar vocês.

- Tudo bem, mas o que estava fazendo? Como foi parar na minha garagem?

- Estava perseguindo uns caras mas não consegui lidar com eles então, acabei atravessando para dentro da sua garagem para me salvar.

- Espera aí... - Jisung abre a boca. - Você é o cara do jornal? Que evitou os roubos e essas coisas? - Felix assentiu.

- Eu preciso ir embora agora. - ele diz e levanta-se. - Mas uma vez me desculpem por machucar vocês.

- Tá tudo bem já passou. - Jisung disse e Hannah olhou para ele rindo.

Felix acenou para eles e atravessou o teto do porão. Hannah e Jisung se entreolham por alguns segundos até começarem a se beliscar para ter certeza de que aquilo era mesmo real e felizmente era muito real.

À mãe de Hannah logo chegou e Jisung pediu para dormir ali naquela noite.