O Amor

568 41 35
                                    

Eu não tenho nada de especial para falar, apenas que estou cansada.
O dia que seria para ser minha folga acabou em um passei no shopping onde gastei mais do que tinha (E ainda não terminei de comprar os presentes pra a família 😪)
Enfim, sem enrolar mais,
Boa leitura.


“Você envolve meu cabelo com os dedos e puxa, É assim que você tira música de mim

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

“Você envolve meu cabelo com os dedos e puxa, 
É assim que você tira música de mim.”
— Preliminares

O contato esfomeado das bocas colidindo, encaixando-se e movendo, permitia as salivas misturarem e escorrerem pela lateral dos nossos lábios em favor da limitação naquele espaço pequeno que existia entre nossas línguas, se entrelaçando de forma decadente e, por mais, desnorteante. Suas mãos, deslizando pela minha camisa e desesperadas pelo contato quente da minha pele sob seus dígitos, procuravam por uma brecha no tecido  para enfim saciar seu tato esfomeado e me enlouqueciam o senso com a facilidade de quem respira para viver. 

O suor que surgia em nossos corpos se devia ao local fechado e apertado onde estávamos — um canto escuro e improvisado que guardava os produtos e equipamentos de limpeza da escola, mas que naquele momento compartilhava o pouco espaço com nossos corpos necessitados — e se fazia presente em mim como uma fina camada que brilhava pela pouca, quase nula, claridade do dia que vinha do corredor barulhento de alunos a transitar por ali no intervalo. 

Os sons próximos eram o alerta excitante do perigo para nossos corpos, eram o revirar delicioso em nossos interiores de saber fazer algo tão impróprio e sujo em plena luz do dia. Eram a deliciosa satisfação de fazer algo proibido sob a cotidianidade de tantas pessoas enquanto elas não podiam sequer imaginar o que de fato acontecia ali, sob seus narizes; todas estando tão ocupadas em suas próprias bolhas de ambição para sequer notar qualquer outra coisa que se desenrolava ao seu redor. 

O estalar alto das nossas bocas se separando, ao enfim terminar aquele beijo trouxe uma descarga elétrica para meu corpo que zunia com a corrente incessante de prazer que me dominava. Meu corpo inteiro vibrou com o desejo embriagante por mais dele: mais dos lábios rosados, molhados e inchados, da carne sardenta, que tremia na mesma intensidade que a minha pela fome dominante em nossos corpos, mais da sensação animalesca de prazer que nosso contato transmitia e que nos entorpecia como uma droga no organismo. 

Minhas mãos apertaram a cintura alheia desejando mais contato, buscando aumentar a fricção entre nossas ereções, presas em nossas peças de roupas de forma sufocante. Meu quadril ondulou contra os do esverdeado, que apertava de forma firme a curva da minha cintura, quando ele finalmente achou a barra da camisa que cobria meu corpo, oferecendo-lhe a brecha perfeita para o contato direto de nossas peles. 

Sua mão livre alcançou os fios do meu cabelo fechando-se sobre eles e puxando-os com força para trás em busca de expor meu pescoço desnudo para seus lábios gulosos que devoraram minha pele no segundo seguinte. Não pude conter o gemido que me escapou pelo toque bruto e excitante, aquele ato indecoroso me mostrava claramente o ser depravado em que ele se transformava quando necessitado e rendido ao prazer. 

– Deku — seu nome flutuou pelo curto espaço junto do suspiro pesado quando mais um puxão foi dado junto de um movimento vulgar de seu quadril em minha direção. 

Seus lábios percorreram meu pescoço deixando estalos molhados para trás conforme subia em direção ao lóbulo da minha orelha, prendendo-o em seus dentes e percorrendo o espaço com sua língua travessa antes de dizer:

— Quero te ouvir muito mais, Kacchan 

Sua voz baixa e necessitada em meu ouvido deixava que suas palavras queimassem e marcassem meu ser com a promessa de que muito mais daquela perversão estaria por vir. Um sorriso satisfeito e lascivo tomou minha face ao antecipar o prazer que eu sentiria e a forma que eu não me importaria de cantar a desastrosa sinfonia de gemidos que ele queria se em troca eu recebesse mais do corpo e toques do esverdeado. 

Outros jeitos de usar a boca (KatsuDeku - BakuDeku)Onde histórias criam vida. Descubra agora